“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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31 de ago. de 2009

RAUL JULIÁ - Arte Tumular - 275 - Buxeda Cemitério ,San Juan, Porto Rico, E.U.A.


 

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Túmulo: vista geral

Detalhe da escultura

Lápide

Detalhe da lápide

Vista lateral

Vista posterior
ARTE TUMULAR
Num grande terreno do cemitério uma base tumular em mármore branco com o seu nome e datas e de sua família sepultadas no mesmo local. Na cabeceira tumular demarcando o local, erque-se sobre numa base central uma escultura da “Pietà” , ladeada por outras duas bases menores. Atrás da escultura erque-se uma base maior com uma cruz no alto. Simetricamente, há cerca de 4 metros da base tumular, um de cada lado em posição obliqua a lápide tumular, um banco com um vaso de flores, também em mármore.
LOCAL: Buxeda Cemitério ,San Juan, Porto Rico, E.U.A.
Fotos: J.Ayala e Guilherme Primo
Descrição tumular:HRubiales

PERSONAGEM
Raúl Rafael Carlos Juliá y Arcelay (San Juan, Porto Rico, 9 de março de 1940 - Manhasset, EUA, 24 de outubro de 1994) foi um ator porto-riquenho.
Morreu aos 54 anos de idade.
BIOGRAFIA
Era o mais novo de quarto irmãos. Seu irmão, Carlos Rafael, morreu em um acidente de carro em 1960. Sua mãe era uma mezzo-soprano que abandonou sua próspera carreira de cantora para se dedicar ao marido. Seu pai tinha um restaurante chamado "La Cueva del Chicken Inn", o primeiro a servir a pizza em Porto Rico.
O êxito nos negócios da família Julia fez com que Raúl e seus irmãos tivessem uma excelente educação. Estudou no Colégio Espíritu Santo de Hato Rey terminou seus estudos no Colégio San Ignacio de Loyola de Rio Piedras, dirigido pelos Jesuitas. Começou seus estudos acadêmicos na Universidade de Fordham, porém, com a morte de seu irmão em um acidente de carro, resolveu terminar seus estudos na Universidade dePuerto Rico licenciando-se em Arte. Foi membro da Phi Sigma Alpha durante a faculdade. A descoberta de seu talento foi pelo ator Orson Bean enquanto Raúl se apresentava em uma boate em San Juan. Com o incentivo, Raúl mudou-se para Manhattan em 1964 e imediatamente conseguiu trabalhos como pequenas atuações. Em 1966, passou a atuar em peças de Shakespeare, como Rei Lear em 1973 e Otelo em 1979. Raúl também participou de musicais como Dois Cavalheiros de Verona em 1971, Príncipe dos Mendigos em 1976 (gerando mais tarde um filme) e do premiado Nine em 1982.
Seu sucesso no teatro fez com que ele trabalhasse no cinema, onde ficou mais conhecido como O Beijo da Mulher Aranha (1985) e o filme de maior reconhecimento de seu trabalho que foi a Família Addams (1992) e Família Addams 2 (1993) .
Foi casado com Magda Vasallo em 1965, divorciando-se em 1969, e no dia 28 de Junho de 1976 casou-se com Merel Poloway, com quem teve dois filhos, Raúl Sigmund Julia (1983) e Benjamin Rafael Julia (1987).
MORTE
Sua saúde fragilizou-se em 1993 em decorrência de um câncer no estômago, mas ele continuou atuando, fazendo o ativista brasileiro Chico Mendes em Amazônia em Chamas (1994).
No dia 16 de outubro de 1994, Raúl Julia sofreu um sério derrame cerebral, caindo em um profundo coma e vindo a falecer no dia 24 de outubro daquele ano,aos 54 anos. Seu corpo foi transportado a Porto Rico, onde foi enterrado.
Fonte: Wikipédia
Formatação e pesquisa:HRubiales

30 de ago. de 2009

STAN LAUREL-Arte Tumular - 274- Forest Lawn Memorial Park (Hollywood Hills) ,Los Angeles,Los Angeles County California, USA







Túmulo

Placa comemorativa

Local do túmulo

"O Gordo e o Magro"
ARTE TUMULAR
Ao lado da escadaria central, próximo a um muro de placas de granito, uma placa de mármore branco gravada em baixo relevo identifica o seu túmulo, com o seu nome e datas e a frase:
“O mestre da comédia”
”Seu gênio na arte do humor trouxe alegria ao mundo que ele amava”
Logo abaixo, uma placa de bronze no solo ladeada por grama.
LOCAL:Forest Lawn Memorial Park (Hollywood Hills) ,Los Angeles,Los Angeles County
California, USA
Plot: George Washington Section, 2nd Terrace, 91
Fotos:Mary Milha-minter, Jin Tripton e AJ Marik
Descrição tumular:HRubiales

PERSONAGEM
Stan Laurel, nascido Arthur Stanley Jefferson, (Ulverston, 16 de junho de 1890 — Santa Mônica, Califórnia, 23 de fevereiro de 1965) foi um ator cômico, escritor e diretor norte-americano nascido na Inglaterra.
Morreu aos 74 anos de idade
BIOGRAFIA
É famoso principalmente por seu trabalho com Oliver Hardy, com o qual formou a dupla cômica: O Gordo e o Magro. A estrela de Laurel na Calçada da Fama é situada na 7021 Hollywood Blvd, Los Angeles, Califórnia.
MORTE
Faleceu vítima de um ataque cardíaco, aos 74 anos.
Fonte:Wikipédia
Formatação e pesquisa:HRubiales

OLIVER HARDY - Arte Tumular - 273 - Pierce Brothers Valhala Memorial Park ,North Hollywood ,Condado de Los Angeles,Califórnia, E.U.A.











Placa de bronze no solo (túmulo)

Placa comemorativa na parede


"O Gordo e o Magro"
ARTE TUMULAR
Sepultado no solo onde é identificado por uma placa de bronze com o seu nome e datas. No local lado a lado, existem oputras sepulturas. Uma parede de placas de granito cerca o local. Na parede leste, há uma placa comemorativa com o seu nome, datas e a frase “ O Gênio da Comédia”
LOCAL:Pierce Brothers Valhala Memorial Park ,North Hollywood ,Condado de Los Angeles,Califórnia, E.U.A.
Lote: Jardim da Esperança, Lote 48
Fotos: AJ Marik e Guilherme Primo
Descrição tumular:HRubiales

PERSONAGEM
Oliver Hardy (nascido como Norvell Hardy ,18 de janeiro de 1892, em Harlem, Georgia – falecido em 7 de agosto de 1957, em Hollywood, Califórnia), , foi um um comediante estadunidense. O nome Oliver era o nome de seu pai, e foi adotado posteriormente, por ele.
Morreu Aos 65 anos de idade.
BIOGRAFIA
Os pais dele foram de descendentes inglês e escocês. Seu pai, Oliver, foi um veterano dos Estados Confederados da América ferido na Batalha de Antietam no dia 17 de setembro de1862. Seu papel mais notável é o Gordo, do seriado, conhecido no Brasil como “ O Gordo e o Magro.”
Fez mais de quatrocentos filmes curtas e longas metragens, dos quais cerca de duzentos com Stan Laurel, seu parceiro que faleceu poucos anos após, pois nunca conformou-se com a morte de Oliver.
Em 1951, a dupla produziu o último filme Utopia/Atoll K, que marcou a despedida do seriado "O Gordo e O Magro", que não filmava há seis anos, é considerada um pouco amarga para alguns pela aparência debilitada de Laurel, mas hoje é uma relíquia pela despedida da dupla. O mais importante: fez e fará muita gente feliz e dar boas gargalhadas.
MORTE
Morreu vítima de trombose cerebral
Fonte:Wikipédia
Formatação e pesquisa:HRubiales

29 de ago. de 2009

DONA INÊS DE CASTRO - Arte Tumular - 272 - Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, Alcobaça, Portugal






Precedida por:
Beatriz de Castela
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Rainha de Portugal

(proclamada postumamente em 1360)
Sucedida por:
Leonor Teles de Meneses





Detalhe

Túmulo

Túmulo

Túmulo na nave transversa

Nave central

Planta do Mosteiro e anexos

Mosteiro
ARTE TUMULAR
Os túmulos são considerados uma das maiores esculturas tumulares da idade média. Esplendidamente decorado, todo em mármore, é uma obra prima da escultura gótica.. É uma base tumular retangular, apoiada sobre seis serviçais.com aspectos de gárgulas. Nas quatro laterias estão esculpidas cenas que ilustram a história de Portugal e bíblicas.. Apesar da iconografia ser muito extensa causa dúvidas quanto a procedência da representação. Sobre a laje de cobertura, há uma espetacular escultura de D. Inês de Castro deitada,destacando a sua coroa de rainha, apresentando um aspecto de tranqüilidade e com as mãos apoiadas no ventre onde segura um crucifixo do rosário no seu pescoço., escultura essa bem ao estilo medieval. Rodeando o corpo, estão seis anjos, três de cada lado.

TÚMULOS PROFANADOS
No dia 1 de Agosto de 1569, o rei D. Sebastião I (1554-1578), cujo tio era o cardeal D. Henrique, abade de Alcobaça, mandou abrir os túmulos. De acordo com os relatos de dois monges presentes, enquanto os túmulos eram abertos, o rei recitava textos alusivos ao amor de D. Pedro e de D. Inês.
Durante a Invasão Francesa do ano de 1810 os dois túmulos não só foram danificados de forma irreparável, como ainda foram profanados pelos soldados. O corpo embalsamado de D. Pedro foi retirado do caixão e envolvido num pano de cor púrpura, enquanto a cabeça de D. Inês, que ainda continha cabelo louro, foi atirado para a sala ao lado, para junto dos outros sarcófagos. Os monges reuniram posteriormente os elementos dos túmulos e voltaram a selá-los.
Após o ano de 1810, os túmulos foram sendo colocados em vários sítios da igreja, para voltarem à sua posição inicial no transepto, frente a frente, em 1956. Agora, os túmulos são o destino de muitos apaixonados, que muitas vezes os visitam no dia do seu casamento, para fazerem juras de amor eterno e de fidelidade defronte aos dois túmulos.
LOCAL: Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, Alcobaça, Portugal
Fotos: Wikimédia,
Ferreira, Augusta Pablo Trindade.
Descrição tumular: Helio Rubiales

PERSONAGEM
Inês de Castro (Galiza, 1320 ou 1325 - Coimbra, 7 de Janeiro de 1355), uma nobregalega, foi amada pelo futuro rei Pedro I de Portugal, de quem teve quatro filhos. Foi executada às ordens do pai deste, Afonso IV.
Morreu aos 30 anos de idade
Inês de Castro
Rainha de Portugal (póstumo)
Estátua jacente do túmulo de D. Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça (c. 1360).
CônjugePedro I de Portugal
DescendênciaAfonso
Beatriz, condessa de Alburquerque
João, duque de Valência de Campos
Dinis, senhor de Cifuentes
CasaCastro (por nascimento)
Borgonha (por casamento)
Nome completoInês Pires de Castro
Nascimento1320 ou 1325
 Galiza
Morte7 de janeiro de 1355
 Santa ClaraCoimbra
EnterroMosteiro de Alcobaça
PaiPedro Fernandes de Castro
MãeAldonça Lourenço de Valadares
BIOGRAFIA
Inês de Castro era filha natural de Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei Afonso XI de Castela, e de uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de Sancho IV de Castela, era um dos fidalgos mais poderosos do reino de Castela.
Em 1339 teve lugar o casamento do príncipe Pedro, herdeiro do trono português com Constança Manuel, filha de João Manuel de Castela, príncipe de Vilhena e Escalona, duque de Peñafiel, tutor de Afonso XI de Castela, e neto do rei Fernando III de Castela.

ROMANCE COM D.PEDRO
Mas seria uma das aias de Constança, D. Inês de Castro, por quem D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance começou a ser comentado e mal aceite na corte e pelo próprio povo.
Sob o pretexto da moralidade, rei D. Afonso IV não aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia com João Manuel de Castela, mas também devido à amizade íntima de D. Pedro com os irmãos de D. Inês - Fernando de Castro e Álvaro Pirez de Castro. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. Assim, em 1344 o rei mandou exilar Inês no castelo de Alburquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre Pedro e Inês que, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência.
Em Outubro do ano seguinte, Constança morreu ao dar à luz o futuro rei Fernando I de Portugal. Viúvo, Pedro mandou Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos em sua casa, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o rei e o infante.
D. Afonso IV tentou remediar a situação casando novamente o seu filho com uma dama de sangue real. Mas Pedro rejeitou este projeto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher Constança e que não conseguia ainda pensar num novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento destes veio agudizar a situação: Durante o reinado de D. Dinis, D. Afonso IV sentira-se em risco de ser preterido na sucessão ao trono devido aos filhos bastardos do seu pai. Agora circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para os filhos de Inês de Castro.
Entretanto, o reino de Castela encontrava-se em grave agitação com a morte de Afonso XI e a impopularidade do reinado de D. Pedro I de Castela, cognominado o Cruel. Os irmãos de Inês sugeriram a Pedro que juntasse os reinos de Leão e Castela a Portugal, uma vez que o príncipe português era, por sua mãe, neto de D. Sancho IV de Castela. Em 1354 convenceram-no a pôr-se à frente da conjuração, na qual Pedro se proclamou pretendente às coroas castelhana e leonesa. Foi novamente a intervenção enérgica de Afonso IV de Portugal que evitou que tal sucedesse. O rei mantinha uma linha de neutralidade, abstendo-se de intervir na política de outras nações, o que lhe permitia paz e respeito com os reinos vizinhos.

ASSASSINATO DE D. INÊS
Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e se instalado no Paço de Santa Clara. Mandado construir pela avó de Pedro, a Rainha Santa Isabel, foi neste paço que esta rainha vivera os últimos anos, deixando expresso o desejo que se tornasse na habitação exclusiva de reis e príncipes seus descendentes, com as suas esposas legítimas.
Haviam boatos de que o príncipe tinha se casado secretamente com Inês. Na família real, um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega. Na tentativa de saber a verdade, o rei ordenou dois conselheiros seus dizerem a Pedro que ele podia se casar livremente com Inês se assim o pretendesse. D. Pedro percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se com Inês.
A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e do povo e, aproveitando a ausência de Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem Inês de Castro em Santa Clara. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.
A morte de Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. Após meses de conflito, a rainha D. Beatriz conseguiu intervir para selar uma paz em Agosto de 1355.

RAINHA PÓSTUMA
Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal em 1357. Em Junho de 1360 fez a declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com Inês, em 1354, «em dia que não se lembrava». As palavras do rei e do seu capelão foram as únicas provas desse casamento.
De seguida perseguiu os assassinos de Inês, que tinham fugido para o reino de Castela, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados (segundo a lenda, o rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e posteriormente seria perdoado pelo rei no seu leito de morte.
A tétrica cerimónia da coroação e do beija mão à rainha morta, que D. Pedro teria imposto à sua corte e tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, terá provavelmente sido inserida nas narrativas do final do século XVI, depois da popularização do episódio d'Os Lusíadas. D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, para onde transladou o corpo da sua amada Inês. Juntar-se-ia a ela em 1367 e os restos de ambos jazem juntos até hoje, frente a frente, para que, segundo a lenda «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final».

DESCENDÊNCIA
Da relação de D. Inês com o infante D. Pedro de Portugal nasceram:
Afonso de Portugal (morto em criança), Beatriz, princesa de Portugal e condessa de Alburquerque (1347-1381), João, príncipe de Portugal e duque de Valência de Campos (1349-1387) e Dinis, infante de Portugal e senhor de Cifuentes (1354-1397)
Fonte:
Wikipédia
Ferreira, Augusta Pablo Trindade, Mosteiro de S.Maria de Alcobaça, Elo-Publicidade, Artes Gráficas Ltda. IPPAR, 1993,P.1 A 17 (texto e fotos)

DOM PEDRO I de PORTUGAL-Arte Tumular-271- Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, Alcobaça. Portugal




Pedro I de Portugal
Casa de Borgonha
Ramo da Casa de Capeto
8 de abril de 1320 – 18 de janeiro de 1367
Precedido por
Afonso IV
Brasão de armas do reino de Portugal (1247).svg
Rei de Portugal e Algarve
28 de maio de 1357 – 18 de janeiro de 1367
Sucedido por
Fernando I


Detalhe

Túmulo

Detalhe do esquife

Nave transversa (transepto) do Mosteiro onde estão os túmulos
No primeiro plano é o de D. Ines, do outro lado da nave é o de D.Pedro I

Nave central do Mosteiro

Planta do Mosteiro e anexos

Mosteiro de Alcobaça
ARTE TUMULAR
Os túmulos são considerados uma das maiores esculturas tumulares da idade média. Esplendidamente decorado, todo em mármore, é uma obra prima da escultura gótica.. É uma base tumular retangular, apoiada sobre seis cabeças de leão que tem como significado a vigilância tumular. Nas quatro laterias estão esculpidas cenas que ilustram a história de Portugal e bíblicas. Na parte frontal claramente se vê um cenáculo do Juízo final. Apesar da iconografia ser muito extensa causa dúvidas quanto a procedência da representação.Sobre a laje de cobertura, há uma espetacular escultura do rei deitado com sua coroa, bem ao estilo medieval. Rodeado por seis anjos , três de cada lado que cuidam do morto. Note a presença da escultura de um cão aos seus pés.

TÚMULOS PROFANADOS
No dia 1 de Agosto de 1569, o rei D. Sebastião I (1554-1578), cujo tio era o cardeal D. Henrique, abade de Alcobaça, mandou abrir os túmulos. De acordo com os relatos de dois monges presentes, enquanto os túmulos eram abertos, o rei recitava textos alusivos ao amor de D. Pedro e de D. Inês.
Durante a Invasão Francesa do ano de 1810 os dois túmulos não só foram danificados de forma irreparável, como ainda foram profanados pelos soldados. O corpo embalsamado de D. Pedro foi retirado do caixão e envolvido num pano de cor púrpura, enquanto a cabeça de D. Inês, que ainda continha cabelo louro, foi atirado para a sala ao lado, para junto dos outros sarcófagos. Os monges reuniram posteriormente os elementos dos túmulos e voltaram a selá-los.
Após o ano de 1810, os túmulos foram sendo colocados em vários sítios da igreja, para voltarem à sua posição inicial no transepto, frente a frente, em 1956. Agora, os túmulos são o destino de muitos apaixonados, que muitas vezes os visitam no dia do seu casamento, para fazerem juras de amor eterno e de fidelidade defronte aos dois túmulos.
LOCAL: Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, Alcobaça. Portugal
Fotos: Wikimédia,
Augusta Pablo Trindade Ferreira
Descrição tumular: Helio Rubiales
D. Pedro I
Cru, Cruel, ou Justiceiro
Representação do Rei Pedro I de Portugal
na Sala dos Reis, Quinta da Regaleira,
SintraPortugal.
Rei de Portugal e Algarve
Reinado28 de maio de 1357
18 de janeiro de 1367
Antecessor(a)Afonso IV
Sucessor(a)Fernando I
 
Nascimento8 de abril de 1320
 CoimbraPortugal
Morte18 de janeiro de 1367 (46 anos)
 EstremozPortugal
Sepultado emMosteiro de AlcobaçaAlcobaçaPortugal
Nome completoPedro Afonso
CônjugeConstança Manuel
Inês de Castro
DescendênciaMaria, Princesa de Aragão
Fernando I de Portugal
João, Duque de Valência de Campos
Dinis, Senhor de Cifuentes
Beatriz, Condessa de Albuquerque
João I de Portugal
CasaBorgonha
PaiAfonso IV de Portugal
MãeBeatriz de Castela
ReligiãoCatolicismo
PERSONAGEM
D. Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de Abril de 1320 - Estremoz, 18 de Janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Mereceu os cognomes de O Justiceiro (também O Cruel, O Cru ou O Vingativo), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro, ou de O-Até-ao-Fim-do-Mundo-Apaixonado, pela afeição que dedicou àquela dama galega. Era filho do rei Afonso IV e sua mulher, a princesa Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.
Morreu aos 46 anos de idade.


BIOGRAFIA
No século XIV, D. Afonso IV, rei de Portugal, combinou o casamento de seu filho Pedro, herdeiro do trono de Portugal, com D. Constança, nobre senhora de Castela.
A entrada de D. Constança em Portugal fez-se no meio de grande comitiva de gente ilustre. Houve música, danças e poesia de trovadores. Na companhia da jovem princesa viera de Castela uma linda moça, dama de honor de linhagem fidalga, que se chamava Inês. Inês de Castro vivia na corte com D. Constança e D. Pedro, desfrutando os lazeres do dia a dia, a leitura, a música e as danças, a poesia trovadoresca. A sua elegância e beleza encantadora fizeram com que o príncipe D. Pedro reparasse nela e, em breve, se apaixona-se. Os encontros deles tornavam-se cada vez mais frequentes.
D. Constança vivia cada dia mais angustiada e triste e acabou por falecer de parto. D. Pedro ficou livre para cair nos braços de Inês.
A força do amor era tão intensa que D. Pedro mandou vir Inês de Castro para Coimbra. D. Pedro e D. Inês passaram a habitar nos paços de Santa Clara, na margem esquerda do rio Mondego. Aqui nasceram e brincaram felizes os seus filhos, por entre a ternura dos pais, o verde das flores e o azul do céu.
Entretanto, em Lisboa, D. Fernando, filho de D. Pedro e D. Constança, ia sendo educado para um dia ser rei. O que aconteceria se D. Inês, fidalga castelhana, viesse a ser rainha? Era bem possível que um dos seus filhos viesse a ser rei de Portugal, ainda que fosse necessário matar o legítimo herdeiro do reino... Seria então fácil a nobreza castelhana tomar o poder e Portugal perder a independência.
No início de 1355, o príncipe D. Pedro não podia imaginar o que estava a ser tramado contra a sua bela Inês. Por isso, partiu para mais uma caçada por montes e florestas, com os seus amigos. No dia 7 de Janeiro, ao cair da noite, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do Rei e conselheiros. Rodeada dos seus 3 filhos, Inês implorou ao Rei que lhe poupasse a vida em consideração pelos seus netos. Apesar dos apelos lancinantes, quando o luar chegou, Inês estava morta.
Uma vez coroado rei, em 1357, Pedro anunciou o casamento com Inês, realizado em segredo antes da sua morte, e a sua intenção de a ver lembrada como Rainha de Portugal. Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-o como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte. De seguida, ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados nas naves laterais do mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam...
Como rei, Pedro revelou-se um bom administrador, corajoso na defesa do país contra a influência papal (foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio, que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no País sem a sua autorização expressa), e justo na defesa das camadas menos favorecidas da população. Na política externa, Pedro participou ao lado de Aragão na invasão de Castela.
D. Pedro reinou durante dez anos, conseguindo ser extremamente popular, ao ponto de dizerem as gentes «que taaes dez annos nunca ouve em Purtugal como estes que reinara el Rei Dom Pedro».(português arcaico)
Fonte:
Wikipédia
Ferreira, Augusta Pablo Trindade, Mosteiro de S.Maria de Alcobaça, Elo-Publicidade, Artes Gráficas Ltda. IPPAR, 1993,P.1 A 17 (texto e fotos)
Formatação e pesquisa:Helio Rubiales

28 de ago. de 2009

ALEXANDER SOLJENITSIN-Arte Tumular - 270-Mosteiro Donskoi Cemitério ,Moscou, Rússia










Túmulo

Sepultamento


Mosteiro
ARTE TUMULAR
Foi sepultado no solo. Uma base tumular em granito marrom com uma cruz na cabeceira. Sobre a base está gravado o seu nome e datas.
LOCAL: Mosteiro Donskoi, Cemitério, Moscou, Russia
Fotos: AJ Marik, Tom Shults
Descrição tumular:HRubiales

PERSONAGEM
Alexander Issaiévich Soljenítsin (em russo Александр Исаевич Солженицын;Kislovodsk, 11 de dezembro de 1918 — Moscou, 3 de agosto de 2008) foi um escritor,dramaturgo e historiador russo. Suas obras conscientizaram o mundo quanto aosgulags, sistema de campos de trabalhos forçados existente na União Soviética. Foi expulso de sua terra natal em 1974, e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1970.
BIOGRAFIA
Alexander Soljenítsin nasceu em Kislovodsk, pequena cidade do sul da Rússia, na região localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, filho póstumo de Isaac Soljenítsin, um oficial do exército czarista, e de sua jovem viúva, Taisia Soljenítsina. O seu avô materno havia superado suas origens humildes e adquirido uma grande propriedade na região de Kuban, nos sopés da grande cadeia de montanhas do Cáucaso. Durante a Primeira Guerra Mundial, Taisia fora estudar em Moscou, onde conhecera seu futuro marido. (Soljenítsin relataria vividamente a história de sua família em suas obras "Agosto de 1914" e "A Roda Vermelha".)
Em 1918 Taisia se encontrou grávida, mas pouco depois receberia notícia da morte de seu marido em um acidente de caça. Esse fato, o confisco da propriedade de seu avô pelas novas autoridades comunistas, e a Guerra Civil Russa sendo disputada ao redor, levaram às circunstâncias bastante modestas da infância de Aleksandr. Mais tarde ele diria que sua mãe lutava pela mera sobrevivência, e que os elos de seu pai com o antigo regime tinham que ser mantidos em segredo. O menino exibia conspícuas tendências literárias e científicas, que sua mãe incentivava como bem podia. Esta viria a falecer aos fins de 1939.
Soljenítsin estudou matemática na Universidade Estatal de Rostov, ao mesmo tempo cursando por correspondência o Instituto de Filosofia, Literatura e História de Moscou. Durante a Segunda Guerra Mundial participou de ações importantes como comandante de uma companhia de artilharia do Exército Soviético, obtendo a patente de capitão e sendo condecorado em duas ocasiões.
PRISÃO E INÍCIO DEA CARREIRA LITERÁRIA
Algumas semanas antes do encerramento do conflito, já havendo alcançado território alemão na Prússia Oriental, foi preso por agentes da NKVD por fazer alusões críticas a Stalin em correspondência a um amigo. Foi condenado a oito anos em um campo de trabalhos forçados, a serem seguidos por exílio interno em perpetuidade.
A primeira parte da pena de Soljenítsin foi cumprida em vários campos de trabalhos forçados; a "fase intermediária", como ele viria a referir-se a esta época, passou-a em uma sharashka, um instituto de pesquisas onde os cientistas e outros colaboradores eram prisioneiros. Dessas experiências surgiria o livro "O Primeiro Círculo", publicado no exterior em 1968. Em 1950 foi enviado a um "campo especial" para prisioneiros políticos em Ekibastuz, Cazaquistão onde trabalharia como pedreiro, mineiro e metalúrgico. Esta época inspiraria o livro "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich". Enquanto neste campo retiraram-lhe um tumor, mas seu câncer não chegou a ser diagnosticado.
A partir de março de 1953, iniciou a pena de exílio perpétuo em Kol-Terek no sul do Cazaquistão. O seu câncer, ainda não detectado, continou a espalhar-se, e ao fim do ano Soljenítsin encontrava-se próximo à morte. Porém, em 1954 finalmente recebeu tratamento adequado em Tashkent, Uzbequistão, e curou-se. Estes eventos formaram a base de "Repartição do Câncer".
Durante seus anos de exílio, e após sua soltura e retorno à Rússia européia, Soljenítsin, enquanto lecionava em escolas secundárias durante o dia, passava as noites escrevendo em segredo. Mais tarde, na breve autobiografia que escreveria ao ganhar o Prêmio Nobel de literatura, relataria que "durante todos os anos até 1961, eu não apenas estava convencido que sequer uma linha por mim escrita jamais seria publicada durante a minha vida, mas também raramente ousava permitir que os meus íntimos lessem o que eu havia escrito por medo que o fato se tornasse conhecido".
MORTE
Soljenítsin morreu em Moscou em 3 de agosto de 2008, segundo seu filho, em conseqüência de uma insuficiência cardíaca aguda
Fonte : Wikipédia
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