Pedro I de Portugal Casa de Borgonha Ramo da Casa de Capeto 8 de abril de 1320 – 18 de janeiro de 1367 | ||
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Precedido por Afonso IV | Rei de Portugal e Algarve 28 de maio de 1357 – 18 de janeiro de 1367 | Sucedido por Fernando I |
TÚMULOS PROFANADOS
Fotos: Wikimédia,
Augusta Pablo Trindade Ferreira
Descrição tumular: Helio Rubiales
D. Pedro I | |
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Cru, Cruel, ou Justiceiro | |
Representação do Rei Pedro I de Portugal na Sala dos Reis, Quinta da Regaleira, Sintra, Portugal. | |
Rei de Portugal e Algarve | |
Reinado | 28 de maio de 1357 a 18 de janeiro de 1367 |
Antecessor(a) | Afonso IV |
Sucessor(a) | Fernando I |
Nascimento | 8 de abril de 1320 |
Coimbra, Portugal | |
Morte | 18 de janeiro de 1367 (46 anos) |
Estremoz, Portugal | |
Sepultado em | Mosteiro de Alcobaça, Alcobaça, Portugal |
Nome completo | Pedro Afonso |
Cônjuge | Constança Manuel Inês de Castro |
Descendência | Maria, Princesa de Aragão Fernando I de Portugal João, Duque de Valência de Campos Dinis, Senhor de Cifuentes Beatriz, Condessa de Albuquerque João I de Portugal |
Casa | Borgonha |
Pai | Afonso IV de Portugal |
Mãe | Beatriz de Castela |
Religião | Catolicismo |
D. Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de Abril de 1320 - Estremoz, 18 de Janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Mereceu os cognomes de O Justiceiro (também O Cruel, O Cru ou O Vingativo), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro, ou de O-Até-ao-Fim-do-Mundo-Apaixonado, pela afeição que dedicou àquela dama galega. Era filho do rei Afonso IV e sua mulher, a princesa Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.
Morreu aos 46 anos de idade.
BIOGRAFIA
No século XIV, D. Afonso IV, rei de Portugal, combinou o casamento de seu filho Pedro, herdeiro do trono de Portugal, com D. Constança, nobre senhora de Castela.
A entrada de D. Constança em Portugal fez-se no meio de grande comitiva de gente ilustre. Houve música, danças e poesia de trovadores. Na companhia da jovem princesa viera de Castela uma linda moça, dama de honor de linhagem fidalga, que se chamava Inês. Inês de Castro vivia na corte com D. Constança e D. Pedro, desfrutando os lazeres do dia a dia, a leitura, a música e as danças, a poesia trovadoresca. A sua elegância e beleza encantadora fizeram com que o príncipe D. Pedro reparasse nela e, em breve, se apaixona-se. Os encontros deles tornavam-se cada vez mais frequentes.
D. Constança vivia cada dia mais angustiada e triste e acabou por falecer de parto. D. Pedro ficou livre para cair nos braços de Inês.
A força do amor era tão intensa que D. Pedro mandou vir Inês de Castro para Coimbra. D. Pedro e D. Inês passaram a habitar nos paços de Santa Clara, na margem esquerda do rio Mondego. Aqui nasceram e brincaram felizes os seus filhos, por entre a ternura dos pais, o verde das flores e o azul do céu.
Entretanto, em Lisboa, D. Fernando, filho de D. Pedro e D. Constança, ia sendo educado para um dia ser rei. O que aconteceria se D. Inês, fidalga castelhana, viesse a ser rainha? Era bem possível que um dos seus filhos viesse a ser rei de Portugal, ainda que fosse necessário matar o legítimo herdeiro do reino... Seria então fácil a nobreza castelhana tomar o poder e Portugal perder a independência.
No início de 1355, o príncipe D. Pedro não podia imaginar o que estava a ser tramado contra a sua bela Inês. Por isso, partiu para mais uma caçada por montes e florestas, com os seus amigos. No dia 7 de Janeiro, ao cair da noite, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do Rei e conselheiros. Rodeada dos seus 3 filhos, Inês implorou ao Rei que lhe poupasse a vida em consideração pelos seus netos. Apesar dos apelos lancinantes, quando o luar chegou, Inês estava morta.
Uma vez coroado rei, em 1357, Pedro anunciou o casamento com Inês, realizado em segredo antes da sua morte, e a sua intenção de a ver lembrada como Rainha de Portugal. Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-o como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte. De seguida, ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados nas naves laterais do mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam...
Como rei, Pedro revelou-se um bom administrador, corajoso na defesa do país contra a influência papal (foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio, que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no País sem a sua autorização expressa), e justo na defesa das camadas menos favorecidas da população. Na política externa, Pedro participou ao lado de Aragão na invasão de Castela.
D. Pedro reinou durante dez anos, conseguindo ser extremamente popular, ao ponto de dizerem as gentes «que taaes dez annos nunca ouve em Purtugal como estes que reinara el Rei Dom Pedro».(português arcaico)
Fonte:
Wikipédia
Ferreira, Augusta Pablo Trindade, Mosteiro de S.Maria de Alcobaça, Elo-Publicidade, Artes Gráficas Ltda. IPPAR, 1993,P.1 A 17 (texto e fotos)
Formatação e pesquisa:Helio Rubiales
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