“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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11 de fev. de 2018

LOUIS IX (SÃO LUIS) - Arte Tumular- 1194 - Cathedral of Monreale Monreale, Città Metropolitana di Palermo, Sicilia, Italy







Precedido por:
Luís VIII
Armas da dinastia capetiana
Rei de França

1226 - 1270
Sucedido por:
Filipe III
Armas do condado de Artois
Conde de Artois

1226 – 1237
Sucedido por:
Roberto I




ARTE TUMULAR
Em um dos lados da Catedral de Palermo, erguer-se um altar onde foram depositadas partes do seu corpo. Encimando o altar, entre duas colunas de mármore, destaca-se um quadro do rei.

LOCAL-   Cathedral of Monreale Monreale, Città Metropolitana di Palermo, Sicilia, Italy
Fotos - Findagrave
Descrição tumular- Helio Rubiales



PERSONAGEM

Luís IX (Poissy, Île-de-France, Reino da França, 25 de abril de 1214 – Tunes, Reino Haféssida, 25 de agosto de 1270), comumente chamado de São Luís, foi o Rei da França de 1226 até sua morte e um santo da Igreja Católica.
Morreu aos 56 anos



SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Era filho do rei Luís VIII e da rainha Branca de Castela, que governou o reino como regente até São Luís adquirir a maioridade.

Foi o 42º rei da França, a contar de Clóvis I, e o nono rei da dinastia capetiana a ocupar o trono da França. Quando adulto, Luís enfrentou conflitos recorrentes com poderosos nobres, consolidando a supremacia real levada a cabo por seu avô Filipe Augusto, além de ter derrotado o rei Henrique III de Inglaterra em suas tentativas de restaurar o Império Plantageneta.

Após anexar a maior parte das antigas terras inglesas na França, assinou um tratado com a Inglaterra colocando fim aos cem anos de rivalidade franco-inglesa. Foi um rei reformador e lançou as bases da justiça real francesa, na qual o rei era o juiz supremo a quem qualquer pessoa era capaz de apelar para buscar a emenda de um julgamento. Ele proibiu julgamentos por provação, tentou impedir as guerras privadas que estavam assolando o país e introduziu a presunção de inocência no processo criminal.

Era admirado por seus súditos e por toda a Europa como um rei extremamente justo. Chegava a ficar várias vezes na semana sob um carvalho no Castelo de Vincennes ouvindo os apelos e pedidos de seus súditos de todas as classes. Suas ações foram inspiradas nos valores cristãos, sendo ele um homem extremamente devoto da fé católica, punindo a blasfêmia, jogos de azar, empréstimos de interesse e prostituição, comprando relíquias de Cristo para construir a Sainte-Chapelle e tentando converter os judeus franceses.

Construiu inúmeros hospitais, leprosários, orfanatos e escolas e era notadamente conhecido pela sua caridade e cuidado com os pobres e doentes.  Foi casado com a rainha Margarida da Provença, cujo casamento se celebrou em 1234 e com ela teve onze filhos, dentre os quais o rei Filipe III de França, que o sucedeu. Através de sua vasta prole, os descendentes de São Luís chegaram a quase todos os tronos da Europa e América, incluídas as dinastias posteriores que reinaram na França, Espanha, Áustria, Sacro Império Romano-Germânico, Alemanha, Inglaterra, Escócia, Suécia, Noruega, Dinamarca, Hungria, Portugal, Bélgica, Grécia, Bulgária, Itália, Holanda, Polônia, Romênia, Rússia, México e Brasil, sendo que todos os atuais monarcas europeus são descendentes dele.

 Em todas as épocas posteriores da história da França, marcada por conflitos, guerras e revoluções, seu governo foi lembrado com nostalgia pelos franceses como "o bom tempo de Meu Senhor São Luís" ou como o "século de ouro de São Luís", deixando uma imagem imensamente positiva aos olhos da história e do imaginário popular francês.

MORTE
Morreu no norte da África em 25 de agosto de 1270 e foi canonizado como santo pelo papa Bonifácio VIII em 11 de julho de 1297.

TRANSLADO DOS RESTOS MORTAIS
Na Oitava Cruzada que participava na Tunisia, doenças  que corriam pela cidade,   atingiram também o exército francês. Luís IX viu morrer seu filho João Tristão, nascido durante o seu cativeiro no Egito, e pouco depois morreria ele mesmo, a 25 de agosto de 1270, precisamente 22 anos após a sua partida para a Sétima Cruzada. Tradicionalmente tem sido aceite que fora vitimado pela peste bubônica, mas estudos recentes indicam a sua morte por disenteria.

O corpo de Luís IX foi colocado sobre um leito de cinzas, em sinal de humildade, e os braços em cruz, à imagem de Jesus Cristo. Este falecimento marcaria o fim da cruzada, a que se seguiriam mais mortes na família real. Isabel de Aragão, esposa de Filipe III de França, morreria na Sicília durante a viagem de regresso à França. Afonso III de Poitiers e a sua esposa Joana de Toulouse morreriam no intervalo de três dias, na Itália.

 O cadáver do rei foi levado para França pelo seu filho e sucessor Filipe, com excepção das entranhas: algumas destas foram enterradas na atual Tunísia, onde ainda é possível hoje em dia visitar um túmulo de São Luís; outras foram destinadas à abadia de Monreale, na Sicília, a pedido do seu irmão Carlos I da Sicília.

O resto do seu corpo, depois de uma estadia na Basílica de São Domingos em Bolonha e de uma paragem em Lião, foi transladado para a necrópole real da abadia de Saint-Denis. O seu túmulo na França era um magnífico monumento de bronze dourado concebido no final do século XIV. Foi fundido durante as guerras francesas de religião, quando o corpo do rei santo desapareceu. Só foi recuperado um dedo, mantido atualmente em Saint-Denis.

 As relíquias conservadas na Sicília foram ainda transportadas para a Tunísia para a consagração da catedral São Luís de Cartago no final do século XIX e, por fim, aquando da independência deste país, devolvidas à França, onde foram depositadas na Sainte-Chapelle.

Fonte - pt.wikipedia.org
Formatação - Helio Rubiales

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