“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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10 de fev. de 2018

ARACY CARVALHO GUIMARÃES ROSA - Arte Tumular - 1093 - Cemitério São João Batista, Mausoléu da ABL, Rio de Janeiro, Brasil



ARTE TUMULAR
Placa de mármore com o seu nome e datas em bronze, encerrando a gaveta onde estão os seus restos mortais. Ela foi sepultada junto do marido.

LOCAL: Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, Brasil
                Mausoléu da Academia Brasileira de Letras. 
Fotos: Emanuel Messias
Descrição tumular: Helio Rubiales





PERSONAGEM
Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa (Rio Negro, 5 de dezembro de 1908 — São Paulo, 28 de fevereiro de 2011) foi uma poliglota brasileira que prestou serviços ao Itamaraty (o Ministério das Relações Exteriores do Brasil), tendo sido agraciada pelo governo de Israel com o título de "Justa entre as Nações", por ter ajudado muitos judeus a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas.
Morreu aos 102 anos.



HOMENAGEM NO JARDIM DOS JUSTOS
A homenagem de inclusão do nome de Aracy de Carvalho no Jardim dos Justos entre as Nações do Yad Vashem (Museu do Holocausto), em Israel, foi prestada em 8 de julho de 1982, ocasião em que também foi homenageado o embaixador Souza Dantas. Ela é uma das pessoas homenageadas também no Museu do Holocausto de Washington (EUA). É conhecida pela alcunha de O Anjo de Hamburgo.


SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Foi casada com o escritor João Guimarães Rosa.
Com o seu marido Guimarães Rosa

Paranaense, nasceu em Rio Negro, filha de pai português e mãe alemã e ainda criança foi morar com os pais em São Paulo.

Em 1930, Aracy casou-se com o alemão Johann Eduard Ludwig Tess, com quem teve o filho Eduardo Carvalho Tess, mas cinco anos depois se separou, indo morar com uma irmã de sua mãe na Alemanha.

Por falar quatro línguas (português, inglês, francês e alemão), conseguiu uma nomeação no consulado brasileiro em Hamburgo, onde passou a ser chefe da Seção de Passaportes. No ano de 1938, entrou em vigor, no Brasil, a Circular Secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país. Aracy ignorou a circular e continuou preparando vistos para judeus, permitindo sua entrada no Brasil. Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas. Para obter a aprovação dos vistos, Aracy simplesmente deixava de pôr neles a letra "J", que identificava quem era judeu.

 Desse modo, Aracy pode ter livrado muitos judeus da prisão e da morte.

 Ainda na Alemanha, Aracy casou-se com João Guimarães Rosa, à época cônsul adjunto. Os dois permaneceram na Alemanha até 1942, quando o governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com aquele país e passou a apoiar os Aliados da Segunda Guerra Mundial. Seu retorno ao Brasil, porém, não foi tranquilo. Ela e Guimarães Rosa ficaram quatro meses sob custódia do governo alemão, até serem trocados por diplomatas alemães. Aracy e Guimarães Rosa casaram-se, então, no México, por não haver ainda, no Brasil, o divórcio. O livro de Guimarães Rosa "Grande Sertão: Veredas", de 1956, foi dedicado a Aracy.

 Sua biografia inclui também ajuda a compositores e intelectuais durante o regime militar implantado no Brasil em 1964, entre eles Geraldo Vandré, de cuja tia Aracy era amiga.

 Aracy enviuvou no ano de 1967 e não se casou novamente.

MORTE
Sofria de Mal de Alzheimer e morreu no dia 28 de fevereiro de 2011 em São Paulo, de causas naturais, aos 102 anos. Foi sepultada no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, ao lado de seu marido, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

Fonte- pt.wikipedia.org
Formatação - Helio Rubiales

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