Precedido por Jair Dantas Ribeiro | Ministro da Guerra do Brasil 1964 — 1966 | Sucedido por Ademar de Queirós |
Precedido por Antônio Ferreira de Oliveira Brito | Ministro de Minas e Energia do Brasil 1964 | Sucedido por Mauro Thibau |
Precedido por Castelo Branco | 27º. Presidente do Brasil 1967 — 1969 | Sucedido por Pedro Aleixo |
Marechal Artur da Costa e Silva | |
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27º Presidente do Brasil | |
Período | 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969 |
Vice-presidente | Pedro Aleixo |
Antecessor(a) | Castelo Branco |
Sucessor(a) | Junta Governativa Provisória de 1969[nota 1] |
Ministro da Guerra do Brasil | |
Período | 4 de abril de 1964 a 30 de junho de 1966 |
Presidentes | Ranieri Mazzilli (1964) Castelo Branco (1964-1966) |
Antecessor(a) | Jair Dantas Ribeiro |
Sucessor(a) | Ademar de Queirós |
Ministro de Minas e Energia do Brasil | |
Período | 4 de abril de 1964 a 17 de abril de 1964 |
Presidente | Ranieri Mazzilli |
Antecessor(a) | Oliveira Brito |
Sucessor(a) | Mauro Thibau |
Dados pessoais | |
Nascimento | 3 de outubro de 1899 Taquari, Rio Grande do Sul |
Morte | 17 de dezembro de 1969 (70 anos) Rio de Janeiro, Guanabara |
Alma mater | Escola Militar do Realengo |
Cônjuge | Iolanda Barbosa (1926–1969) |
Partido | Aliança Renovadora Nacional |
Religião | Católico romano |
Profissão | Militar |
Assinatura | |
Serviço militar | |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Anos de serviço | 1921–1969 |
Graduação | Marechal |
Morreu aos 70 anos de idade.
BIOGRAFIA
Nascido no interior do Rio Grande do Sul, era então, quando assumiu a presidência da república, marechal do exército Brasileiro, e já havia ocupado o Ministério da Guerra no governo anterior, do marechal Castelo Branco.
Seu governo iniciou a fase mais dura do regime militar, à qual o general Emílio Garrastazu Médici, seu sucessor, deu continuidade.
Sob o governo Costa e Silva foi promulgado o AI-5, que lhe deu poderes para fechar oCongresso Nacional, cassar políticos e institucionalizar a repressão, sendo que no seu governo, houve um aumento significativo das atividades subversivas e deguerrilha visando combater o golpe de Estado de 1964 e o regime militar por ele instalado.
MILITARISMO
Filho de comerciantes portugueses da Ilha da Madeira, Artur da Costa e Silva inicia sua carreira militar ao ingressar no Colégio Militar de Porto Alegre, onde conclui como primeiro da turma ou aluno-comandante. Casou com Iolanda Barbosa Costa e Silva, filha de um militar.
Em 1918 entra na Escola Militar de Realengo (Rio de Janeiro), na qual se classificou como terceiro da turma. Aspirante em 18 de janeiro de 1921, era segundo-tenenteem 1922 quando participa da tentativa de levante do 1° Regimento de Infantaria da Vila Militar, a 5 de julho daquele ano.
Chegou ao generalato a 2 de agosto de 1952 e alcançou o último posto - general-de-exército - em 25 de novembro de 1961. Estagiou nos Estados Unidos da América, de janeiro a junho de 1944, após ter sido instrutor-adjunto de tática geral da Escola de Comando e Estado-Maior do exército. Adido militar naArgentina de 1950 a 1952, destacou-se por ter exercido o comando da 3ª Região Militar (Rio Grande do Sul), de 1957 a 1959, da 2ª Divisão de Exército (São Paulo) e o comando do IV Exército (Pernambuco) de agosto de 1961 a setembro de 1962, quando passou a chefe do departamento geral de pessoal e depois a chefe do departamento de produção e obras.
No governo João Goulart, reprimiu as manifestações estudantis no nordeste e foi afastado do comando do IV Exército. Ao final de 1963, participou ativamente da conspiração que derrubou o presidente da república João Goulart, o qual os militares acusavam de estar tramando um golpe de estado, e assumiu o Ministério da Guerra logo depois de vitorioso o Golpe de 1964 no dia 31 de Março de 1964 e permaneceu ministro da Guerra no governo Castelo Branco iniciado em 15 de abril de 1964.
Como ministro da Guerra, tomou a posição de defensor dos interesses da chamada linha dura da ultradireita no interior das Forças Armadas e com o AI-2 que transferiu a eleição do novo presidente para o Congresso Nacional, se impôs como candidato à sucessão de Castelo Branco e alijando os militares castelistas - como o futuro presidente Ernesto Geisel e seu futuro auxiliar Golbery do Couto e Silva- de postos de responsabilidade.
Quando Costa e Silva estava em campanha para a presidência de República, escapou por pouco de um atentado terrorista no Aeroporto Internacional dos Guararapes em 25 de julho de 1966, quando era esperado por cerca de 300 pessoas neste aeroporto em Recife. Foram vários mortos e feridos no que ficou conhecido como o Atentado dos Guararapes. Como seu avião entrou em pane, naquele dia, em João Pessoa, Costa e Silva se dirigiu para Recife por automóvel escapando do atentado que causou vários mortos e feridos.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
No dia do seu aniversário, em 3 de outubro de 1966, Costa e Silva foi eleito presidente da República pelo Congresso Nacional, obtendo 294 votos. Foi candidato único pela ARENA. O MDB se absteve de votar. Tomou posse, em 15 de março de 1967, em meio a grandes expectativas quanto ao progresso econômico e a redemocratização do País. Neste dia 15 de março, entrou em vigor, a Constituição de 1967, deixando de vigorar, a partir daquele dia, os 4 atos institucionais baixados por Castelo Branco.
Extinguiu a Frente Ampla, movimento de oposição que reunia políticos do período pré-64. Combateu a inflação, revisou a política salarial e ampliou o comércio exterior. Iniciou uma reforma administrativa, expandiu as comunicações e os transportes, mas não resolveu os problemas da educação.
Em 1968, a morte do secundarista Edson Luís num confronto com a polícia provocou a Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro. A situação política agravou-se em agosto, quando o deputado Márcio Moreira Alves recomendou, num discurso, que as moças se recusassem a dançar com cadetes em protesto contra o regime militar. O governo pediu licença ao Congresso Nacional para processar o deputado, mas o pedido foi negado. Costa e Silva convocou então o Conselho de Segurança Nacional e editou o Ato Institucional Número Cinco (AI-5), que lhe dava poderes para fechar o Parlamento, cassar políticos e institucionalizar a repressão.
A luta armada contra o governo de Costa e Silva se intensificou em 1968, sendo que o caso mais grave de terrorismo ocorreu quando Diógenes José Carvalho de Oliveira, Pedro Lobo de Oliveira e José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, integrando um grupo de onze militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), em 26 de junho de 1968, realizaram um atentado a bomba ao Quartel General doII Exército, em São Paulo. Um carro-bomba foi lançado, sem motorista, ao encontro de portão. A guarda disparou contra o veículo, que bateu na parede externa do Quartel General. Mário Kozel Filho, soldado que prestava o serviço militar obrigatório e era sentinela naquele momento, saiu do seu posto, correndo em direção ao carro, preocupado com eventuais feridos no seu interior. Uma carga com 50 quilos de dinamite explodiu em seguida atingindo uma área de raio de 300 metros. O corpo do soldado Mário Kozel Filho foi despedaçado e saíram feridos gravemente outros seis militares. Diante da violência do ataque terrorista, o governo se viu forçado a intensificar a repressão à subversão.
Após sofrer uma trombose cerebral, Costa e Silva foi afastado da presidência em 31 de agosto de 1969, sendo substituído por uma Junta Militar.
Meses antes, em maio de 1969, Costa e Silva fizera anunciar a convocação de uma comissão de juristas para elaborar uma reforma política, através de uma emenda constitucional que incluiria a extinção do AI-5, voltando a ter plena vigência Constituição de 1967 - aquela que havia institucionalizado o regime militar, e que entrou em vigor no dia da posse de Costa e Silva, 15 de março de 1967. Segundo o jornalista Carlos Chagas, Costa e Silva pretendia assinar essa emenda no dia 7 de setembro de 1969. "Não mais cassações de mandatos, nem recesso do Congresso e das Assembléias, muito menos intervenção nas universidades ou suspensão do habeas-corpus. Com a reforma da Constituição voltaria a prevalecer o Estado de Direito. Senão democratizado, porque as eleições presidenciais continuariam indiretas, pelo menos constitucionalizado voltaria o país a ser." De acordo com o jornalista Carlos Chagas, Costa e Silva presidiu todas as demoradas reuniões dos juristas.Mais uma tragédia a relembrar
Mas, uma semana antes do 7 de setembro de 1969, sofreu o AVC, vindo a falecer no dia 17 de dezembro de 1969. Dado o contexto geral de repressão política e censura à imprensa, na época, muitos não acreditaram nas versões oficiais sobre as causas de sua morte - trombose e do infarto - acreditando, sim, que Costa e Silva teria sido deposto pelos setores mais reacionários do regime militar. Contudo, nunca houve elementos que comprovassem que não estivesse doente.
De todo modo, a emenda constitucional contendo a extinção do AI-5 foi esquecida. Em seu lugar, vieram outros atos institucionais, outros atos complementares e a Emenda Constitucional n° 1 (apelidada pelos juristas de "Constituição de 1969"), outorgada por umajunta militar, que impediu a posse do vice-presidente da República, o jurista Pedro Aleixo, e deu posse ao general Médici como Presidente da República. Assim teria início aquele que é considerado por muitos como o período mais repressivo de toda a história do Brasil independente
MORTE
Faleceu em consequência de um AVC
Fonte:pt.wikipedia.org
Formatação e pesquisa:Helio Rubiales
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