“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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11 de dez. de 2010

MARIA CRISTINA DA AUSTRIA - Arte Tumular - 449 - Igreja dos Agostinhos, Viena, Austria ( Augustinerkirche)
























ARTE TUMULAR
Do lado direito do corredor da Igreja dos Agostinhos,ergue-se o monumento em mármore em forma piramidal apresentando um cortejo de figuras anônimas em vários estágios da vida que não são nem retratos nem personificações alegóricas diferem radicalmente dos modelos fúnebres que então estavam em voga.
Defronte a pirâmide, do lado direito, sentado sobre o último degrau que representam os diversos estágios da vida terrena, um anjo alado seminu, curvado, aguardando o momento da transição. Ao seu lado um grande leão alado adormecido que aguarda a ressurreição.
Na parte frontal , um cortejo diversificado de figuras, com mulheres chorosas  indicando diretamente o luto e o grande estado de dor. São figuras com várias idades significando a universalidade da morte e a efemeridade da existência,caminhando para uma porta
que conduz a um espaço escuro indicando o mistério do além. Do lado esquerdo uma figura feminina auxilia uma figura idora, curvada, apoiada sobre um bastão representadndo a velhice e o final de todos os seres.
Encimando o portal, o nome gravdo em latim, acompanhado de um medalão com o busto da Arquiduquesa em relevo, envolvida por dois anjos.
Os monumentos fúnebres criados por Canova são considerados criações altamente inovadoras por abandonarem as tradições funerárias excessivamente dramáticas do Barroco e por se alinharem aos ideais de equilíbrio, moderação, elegância e repouso defendidos pelos teóricos do Neoclassicismo. Neles também está presente uma concepção original que colocava representações idealistas e sóbrias da figura humana num contexto de ousadas idéias arquiteturais.
Este famoso e comovente monumento tumular mandado construir em sua memória pelo seu marido Arquiduque Alberto é apenas um *cenotáfio. Maria Cristina encontra-se enterrada no espaço Toscano da Cripta Imperial em Viena, juntamente com o seu marido e filha.
*Cenotáfio: Monumento eregido à memória do morto, mas que não lhe encerra o corpo.
Local :
Igreja dos Agostinhos, Viena, Austria  ( Augustinerkirche)
Autor: Antônio Canova (1757-1822), construído em 1805
Fotos: commons.wikipedia
Descrição tumular: Helio Rubiales
Maria Cristina
Arquiduquesa da Áustria, Governadora dos Países Baixos, Duquesa de Teschen
e Vice-Rainha da Hungria
Retrato por Martin van Meytens, 1765
Duquesa de Teschen
Reinado8 de abril de 1766
24 de junho de 1798
Antecessor(a)José II
Sucessor(a)Alberto Casimiro
 
Nascimento13 de maio de 1742
 VienaÁustriaSacro Império Romano-Germânico
Morte24 de junho de 1798 (56 anos)
 Viena, Áustria, Sacro Império Romano-Germânico
Sepultado emCripta ImperialVienaÁustria
Nome completo 
Maria Cristina Joana Josefa Antônia
MaridoAlberto Casimiro, Duque de Teschen
DescendênciaMaria Cristina Teresa da Saxônia
Carlos, Duque de Teschen (adotivo)
CasaHabsburgo-Lorena (nascimento)
Wettin (casamento)
PaiFrancisco I do Sacro Império Romano-Germânico
MãeMaria Teresa da Áustria
ReligiãoCatolicismo
PERSONAGEM
A Arquiduquesa Maria Cristina da Áustria (Maria Cristina Joana Josefa Antónia), (13 de Maio de 1742 - 24 de Junho de 1798), chamada de "Mimi" foi a quarta filha e quinta criança de Maria Teresa da Áustria e de Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico. Foi a Regente (governadora) da Holanda austríaca entre 1781 e 1793.
Morreu Aos 56 anos de idade.

BIOGRAFIA

Nascida no dia 13 de Maio de 1742 em Viena, Maria Cristina foi a quarta filha, mas segunda sobrevivente de Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico e de Maria Teresa da Áustria. Era a filha preferida da mãe por partilharem a mesma data de nascimento. Mimi, além de bonita, era altamente inteligente e muito artística. O favoritismo que Maria Teresa demonstrava por Cristina causava ciumes entre os seus irmãos e irmãs, especialmente no futuro Imperador José II. A primeira esposa dele, Isabel de Parma, tornou-se na sua melhor amiga e chamou a sua segunda filha de Cristina em sua honra.

Casamento

O Príncipe Benedito de Sabóia, seu primo direto, chegou a ser um dos maridos propostos a Maria Cristina.
Maria Cristina era uma mulher muito inteligente que sabia como manipular os seus pais, principalmente a sua mãe. A morte súbita do seu pai, Francisco I, e a depressão que atingiu Maria Teresa durante os seus primeiros anos de viuvez fizeram com que Cristina conseguisse convencer a sua mãe vulnerável e sentimental a permitir o seu casamento por amor e não por razões de estado. Ela foi a única dos seus irmãos que teve permissão para isso. Escolheu o seu primo em segundo-grau, o Alberto de Saxe-Teschen que não tinha nem grande riqueza nem um trono para oferecer. Ele foi feito Arquiduque e governador da Hungria e o casal recebeu o Ducado de Teschen. Em 1780 o casal foi nomeado para governar em conjunto a Holanda austríaca. O casamento foi descrito como feliz.
Uma das suas irmãs, a Arquiduquesa Maria Amália, também se apaixonou por um príncipe menor,Carlos de Zweibrucken, mas foi forçada a casar-se com o Duque Fernando de Parma do que com o seu apaixonado. A sorte que Maria Cristina teve em casar com o homem que queria fez com que o ressentimento das suas irmãs crescesse quando este já existia devido ao favoritismo que Maria Teresa sempre mostrara por ela. Não só pôde ela casar com o Príncipe que quis como também recebeu um grande dote e ainda o seu próprio Ducado. Maria Amália, a filha mais afetada, ficou afastada da sua irmã até à morte da Imperatriz. Apesar de Maria Antonieta lhe escrever cartas de França, Mimi não sentia o mesmo afeto que ela dava às suas outras irmãs, principalmente Maria Amália e Maria Carolina, que trocavam não só cartas, mas também vestidos, retratos e outros presentes. É interessante reparar que não foram apenas as irmãs as afectadas pelo favoritismo de Maria Teresa. O seu irmão Leopoldo também não gostava de Mimi por ser sempre directa, ter uma língua afiada e, acima de tudo, pelo seu hábito de contar tudo o que sabia à Imperatriz, o que indicava claramente que ela utilizava a sua influência junto da mãe para mandar nos seus irmãos, causar-lhes problemas e tratá-los de forma pouco simpática. Ela utilizava o afecto e preferência que a sua cunhada Isabel mostrava por ela para exercer algum controlo sobre os seus sobrinhos, filhos do seu irmão e herdeiro José.
Os irmãos de Maria Cristina, principalmente as suas irmãs, nunca se reconciliaram verdadeiramente com ela, mesmo depois da morte da mãe. A Rainha Maria Antonieta da França, sua irmã mais nova, ignorou-a propositadamente durante uma visita que Cristina fez a França e tratou-a apenas como qualquer outro chefe de estado que visitasse Versailles. O pedido de Cristina para ver o Petit Trianon, os aposentos privados da irmã, foi ignorado. Por seu lado, quando Maria Antonieta foi guilhotinada em 1793, Maria Cristina terá dito friamente que ela nunca se deveria ter casado.

Regente da Holanda austríaca

Em 1780, depois da morte de Carlos Alexandre de Lorena, Maria Cristina e o seu marido foram nomeados como governadores da Holanda austríaca. Ela manteve a sua posição por um período de doze anos, desde 1781 até 1793.
O casal partilhava interesse por arte e ordenou a construção do Palácio de Laeken entre 1782 e1784. Em 1793 foram forçados a fugir para Viena durante a Revolução Francesa.

Descendência

Maria Cristina teve apenas uma filha, a Princesa Cristina da Saxónia, que morreu no dia 17 de Maiode 1767, um dia depois do seu nascimento. Depois não conseguiu ter mais filhos. O casal adoptaria mais tarde o sobrinho de Mimi, filho do seu irmão Leopoldo e da Princesa Maria Ludovica das Duas Sicílias (que morreram ambos em 1792, muito novos), o Arquiduque Carlos da Áustria.

MORTE

Maria Cristina encontra-se enterrada no espaço Toscano da Cripta Imperial em Viena, juntamente com o seu marido e filha. O famoso e comovente monumento de Canova, que o seu marido construiu em sua memória, encontra-se na Augustinerkirche.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales

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