ARTE TUMULAR No interior do mausoléu de 34,09 metros de altura com seu interior ricamente decorado, sobre uma base tumular composta por três níveis está o túmulo de Tamerlão, em formato retangular uma laje de jade, decorados com motivos geométricos, na qual estão esculpidas em relevo, as palavras em árabe: “Quando eu crescer, o mundo vai tremer".
LOCAL: Mausoléu Gur Emir, Samarkand, Ezbequistão
Fotos: Inguar (Flickr)
Descrição tumular: Helio Rubiales
Tamerlão |
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Nascimento | 9 de abril de 1336 Xacrisabez (Barlas) |
Morte | 19 de fevereiro de 1405 (68 anos) Shymkent (Dinastia Timúrida) |
Sepultamento | Mausoléu de Tamerlão |
Estatura | 1,72 m |
Progenitores | |
Cônjuge | Sarai Mulque Canum, Uljay-Turkan aga, Chelpanov-Mulk Aga, Dilshad aga |
Filho(s) | Xaruque Mirza, Miran Shah, Jahangir Mirza ibn Timur, Umar Shaikh, Aka Begi |
Ocupação | monarca |
Título | Bei, Mirza, emir |
Religião | sunismo |
Mausoléu Gur Emir, Samarkand, Ezbequistão
Tamerlão, como ficou conhecido no Ocidente, (versão de seu nome turcomano, Timur-i-Lenk, ou "Timur, o Coxo") (Canato Chagatai-Kisk 1336 - Sarmakand 18 de janeiro de 1405) foi o último dos grandes conquistadores nômades da Ásia Central de origem Turco-mongol. Morreu Aos 70 anos de idade.
BIOGRAFIA
Timur, que significa "ferro" na língua turca, nasceu em Kish, nos domínios Canato Chagatai, próximo a Samarcanda em data incerta, provavelmente em 1336, em família de pastores. Sua família havia se agregado ao recém formado Canato Chagatai, um dos quatro reinos mongóis originários da desfragmentação do grande império de Genghis Khan. A unidade política deste reino era praticamente inexistente, e os clãs viviam de maneira quase independente, como pastores nômades ou semi-nômades. Timur (que sofrera um acidente de cavalo ainda na juventude que o deixara manco, daí sua alcunha, Timur, o Coxo) nasceu e cresceu neste contexto, onde a liderança não era herdada ou conferida, mas conquistada e mantida pela força e pela coragem. Tamerlão possuía uma personalidade cativante e um gênio militar que lhe conferiu respeito. Sua astúcia como político e seu carisma como entusiasta da religião e das artes. Com a ajuda de um vasto exército, construiu um poderoso e agressivo império, conhecido como Império Timúrida, que não resistiria à sua morte em 1405. No decorrer da década de 1360 Timur estabeleceu alianças entre líderes tribais, e tornara-se virtualmente o líder de todo o Canato Chagatai. Para confirmar sua autoridade, Timur forjou uma relação distante de parentesco com Genghis Khan, e assumiu para si o título de Cã. Tamerlão foi descrito por diversos cronistas do Século XIV, e cada relato apresentava o imperador sob um enfoque diferente: ora nobre e educado, ora violento e explosivo, ora um bárbaro aculturado, ora um amante das artes. Mas todos os relatos concordam que Timur possuía personalidade complexa que fascinava e tornava perplexos mesmo seus desafetos. Timur era adepto de uma versão do Islão adaptado aos velhos cultos animistas mongóis, e ele, assim, tomou para si a missão de expandir e fortalecer a fé islâmica no mundo, assim como o papel de um líder religioso para seu povo. Além disso, sabia que os chagatai precisavam ser mantidos ocupados para evitar descontentamentos entre seus exércitos, e empreendeu contínuas campanhas militares contra seus vizinhos durante seu reinado. Seu poder se consolidou, também, por saber como lidar com seus inquietos compatriotas, além de expandir seu império para além das estepes da Ásia Central Apesar da natureza rude do modo de vida mongol, o imperador chagatai também era um entusiasta de história, arte, arquitetura, poesia e filosofia, e não raro fazia questão de poupar artistas, historiadores e engenheiros estrangeiros durante suas conquistas - exterminando todo o resto da população. Timur também apreciava a visita de embaixadores e mercadores estrangeiros, com os quais aprendia sobre a história e a cultura de povos tão distantes quanto os espanhóis e italianos. Durante seu reinado, a cidade de Samarcanda, para onde esses prisioneiros eram deportados, se tornou a pérola das estepes asiáticas, com grandes obras de arquitetura e urbanismo. A característica pela qual Tamerlão tornou-se conhecido - e temido - em todo o ocidente foi sua crueldade, a brutalidade com que tratava os povos conquistados. Apesar de ser um líder militar refinado (estabelecia novas estratégias jogando xadrez), não abria mão da violência para abater a moral dos inimigos e impor respeito sobre os povos conquistados. Atos, como o assassínio de um grupo de crianças pequenas no ataque a Isfahan (no qual ainda dizimou quase toda a população local, empilhando seus crânios em montes do lado de fora da cidade), e como quando cimentou 2 mil pessoas nas paredes de uma torre em Isfizar para sufocar uma rebelião, tiveram enorme repercussão negativa na reputação de Tamerlão na Europa e em reinos adjacentes, mas inflava o orgulho dos chagatai. CONQUISTAS
Tamerlão unificou os chagatai em torno de si usando astúcia política, mas fez uso de seus arqueiros montados em pequenos cavalos mongóis para vencer exércitos e conquistar cidades na Ásia. Inicialmente, Timur era senhor da Transoxiana e parte do Turquestão, e começou a expandir seus domínios para o Coração, o Afeganistão, o Multão na Índia (conquistando a velha cidade de Deli), a Pérsia, o Iraque, a Armênia e o sul da Rússia, então sob domínio do Canato da Horda Dourada. Seu exército ainda saquearia o reino da Geórgia várias vezes. Na conquista de Deli, Tamerlão foi contido na Índia pelas condições hostis do clima nas montanhas do Hindu Kush e pelos ataques constantes das tribos locais. No oeste, encontrou resistência dos turcos otomanos na Anatólia e dos turcos mamelucos do Egito, senhores da Síria. Tamerlão chegou a saquear Damasco e assassinar sua população (poupando os mestres da arquitetura e da vidraria), mas os mamelucos logo retomariam a cidade aproveitando o desgaste dos mongóis e a ausência de uma base fixa próxima para o envio de novas tropas. Contra os otomanos, Tamerlão viveu no final de seu reinado uma rivalidade com o sultão Bayezid I, que, assim como ele, declarava-se o maior defensor do Islão. Seu embate com o sultão otomano adiou em meio século a queda de Constantinopla, cercada por Bayazid de 1396 a 1402. O projeto de invasão da China, em 1404, acaba por não se realizar, pois morre em 1405. Havia começado a organizar uma expedição militar à China, governada pela Dinastia Ming. No caminho, seus generais aconselharam uma parada em Otrar, ainda em seu reino. Em 18 de fevereiro, após três dias de bebedeira, Timur, velho e fraco, morre A morte de Tamerlão destruiu o segundo Império Mongol, que em extensão era tão grande quanto o fora o Império de Gengis Khan, pois se por um lado não possuía a Mongólia nem a China, por outro, possuía a Síria, a Anatólia e a Índia. Entre os descendentes da dinastia, conta-se Babur, o futuro conquistador da India.
EXUMAÇÃO DO CORPO
O corpo de Tarmelão foi exumado de seu túmulo em 1941 pelo antropólogo soviético Mikhail M. Gerasimov. De seus ossos, ficou claro que Tamerlão era um homem alto e de peito largo com ossos fortes no rosto. Gerasimov também descobriu que as características faciais de Tamerlão conformavam-se a parciais características da raça amarela, que ele acreditava, em parte, apoiar a noção de Tamerlão de que ele era descendente de Genghis Khan. Gerasimov foi capaz de reconstruir a imagem de Tamerlão a partir de seu crânio. Sua altura era de 1,73 metros, alto para sua época. Também confirmou a claudicação, devido a uma lesão no quadril de Tamerlão. O túmulo de Tamerlão é protegido por uma laje de jade, na qual estão esculpidas as palavras em árabe: "Quando eu crescer, o mundo vai tremer". Diz-se que quando Gerasimov exumou o corpo, além das palavras na laje: "Quando eu crescer, o mundo vai tremer “ outra inscrição adicional dentro do caixão foi encontrada, lendo-se "Quem abrir o meu túmulo soltará um invasor mais terrível do que eu". Em qualquer caso, dois dias depois de Gerasimov começar a exumação, a Alemanha nazista lançou a Operação Barbarossa, a invasão da U.R.S.S. Tamerlão foi re-enterrado com ritual islâmico completo em novembro de 1942, pouco antes da vitória soviética na Batalha de Stalingrado. Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales
Um comentário:
Obrigado pelo material.
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