“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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5 de abr. de 2010

NAPOLEON III - Arte Tumular - 380 - St Michaels Abbey ,Farnborough,Hampshire, England




Napoleão III de França
Casa de Bonaparte
20 de abril de 1808 – 9 de janeiro de 1873
Precedido por
Louis-Eugène Cavaignac
Armoiries république française.svg
 Presidente da França
20 de dezembro de 1848 – 2 de dezembro de 1852
República abolida
Segundo Império Francês
Precedido por
Luís Filipe I
(deposto em 1848)
Coat of Arms Second French Empire (1852–1870)-2.svg
Imperador dos Franceses
2 de dezembro de 1852 – 4 de setembro de 1870
Monarquia abolida
Terceira República Francesa




ARTE TUMULAR
Numa cripta ao lado do grande altar da Catedral está o sarcófago de Napoleon III. Sobre uma base retangular de mármore amarelo, quatro pedestais suportam o sarcófago em linhas retas, com um tampo facetado em quatro ângulos a partir da cruz latina em relevo no centro. Na parte frontal está o seu nome e datas gravados.
LOCAL: St Michaels Abbey ,Farnborough,Hampshire, England
Plot: In crypt behind the high altar
Fotos: Julia e Keld
Descrição Tumular: Helio Rubiales




Napoleão III
Imperador dos Franceses
Reinado2 de dezembro de 1852
4 de setembro de 1870
Antecessor(a)Luís Filipe I (deposto em 1848)
Sucessor(a)Monarquia abolida
 Presidente da França
Período20 de dezembro de 1848
2 de dezembro de 1852
 
EsposaEugênia de Montijo
DescendênciaNapoleão Eugênio, Príncipe Imperial
CasaBonaparte
Nome completoCarlos Luís Napoleão Bonaparte
Nascimento20 de abril de 1808
 ParisFrança
Morte9 de janeiro de 1873 (64 anos)
 ChislehurstKentReino Unido
EnterroAbadia de São Miguel, FarnboroughHampshire,
Reino Unido
PaiLuís I da Holanda
MãeHortênsia de Beauharnais
ReligiãoCatolicismo
PERSONAGEM
Napoleão III de França, nascido Carlos Luís Napoleão Bonaparte (Charles Louis Napoléon Bonaparte) (Paris, 20 de abril de 1808 — Chislehurst, Kent,Inglaterra, 9 de janeiro de 1873), sobrinho do grande Napoleão, foi presidente e posteriormente imperador da França (1852-1870). Era o terceiro filho de Luís Bonaparte (1778-1846), rei da Holanda, e Hortênsia de Beauharnais (Hortense de Beauharnais), respectivamente, irmão e enteada de Napoleão Bonaparte.



BIOGRAFIA
Com a deposição de seu tio, Napoleão I, do trono francês em 1815, passou a juventude exilado na Alemanha e na Suíça. Atraído pelos ideais nacionalistas, participou da Carbonária (1830-1831), sociedade revolucionária formada na Itália e ativa na França). Em 1832, com a morte do único filho de Napoleão Bonaparte, o rei de Roma, Luís Bonaparte tornou-se o pretendente bonapartista ao trono francês.

Em 1836, tentou amotinar a guarnição de Estrasburgo contra a monarquia de Luís Filipe de Orléans. Derrotado, refugiou-se no Reino Unido e publicou Des idées napoléoniennes (1839; As idéias napoleônicas), no qual traça para Napoleão um perfil que combinava autoridade, liberdade e progresso. Deixou o exílio confiante na boa acolhida de suas idéias e embarcou, em 1840, na desastrada "Conspiração de Bolonha", contra Luís Filipe. Novamente derrotado, foi condenado à prisão perpétua na fortaleza de Ham, onde escreveu L'Extinction du paupérisme (1844; A extinção do pauperismo), que lhe valeu o apoio do proletariado. Em 1846, conseguiu fugir para Londres disfarçado de pedreiro, com o nome de Badinguet, que depois ficou sendo seu apelido.
Instaurada a república, durante as Revoluções de 1848, voltou para a França. Apresentou-se, então, como o defensor dos ideais napoleônicos, ao mesmo tempo que propugnador dos princípios da ordem e da estabilidade social. Com apoio do recém-fundado Partido da Ordem, foi eleito deputado à Assembléia Constituinte francesa em vários departamentos. Ganhou a então simpatia dos conservadores, amedrontados com a difusão das idéias socialistas; dos burgueses liberais, ansiosos pela pacificação e a retomada do progresso; e das forças armadas, saudosas de glórias militares. Em dezembro do mesmo ano, com a nova Constituição, foi eleito Presidente da República da França com 5,5 milhões de votos (73% do total de votos) contra 1,5 milhões do seu concorrente, o general Louis Eugène Cavaignac.

Luís Napoleão desejava a ampliação de seus poderes e passou a perseguir qualquer pessoa ou partido, inclusive o seu próprio, que pretendesse limitar sua autoridade. O descontentamento popular pela redução do sufrágio em 1850, bem como a recessão de 1851, lhe serviram de pretexto para controlar a imprensa e reforçar o ensino clerical nas escolas. O mandato do presidente francês era de quatro anos e a Constituição proibia a reeleição. Em 1852, ele deixaria o poder, o que não era sua intenção. Luís Bonaparte era o chefe da Sociedade 10 de Dezembro, cujo nome era uma homenagem ao dia de sua eleição à presidência. Essa sociedade era constituída de amigos do presidente, todos inescrupulosos e envolvidos em negociatas com o dinheiro público. Luís Napoleão, junto com os amigos dessa sociedade, articulou um golpe contra o Parlamento. Se bem que houvesse prestado juramento de fidelidade à Constituição, mandou prender e deportar (1851) personalidades republicanas e realistas. Em 2 de dezembro, baixou um decreto declarando a dissolução da Assembléia Legislativa. Em 20 de dezembro, procedeu a um plebiscito: 7.500.000 sufrágios ratificaram o Golpe de Estado. Luís Napoleão ganhou poderes para elaborar uma nova Constituição, que o transformou num cônsul, como o tio, dando-lhe poder ditatorial por dez anos, e restabeleceu o sufrágio universal, entre outras medidas. Uma tentativa de insurreição republicana contra o Golpe de Estado irrompeu em Paris. O levante foi brutalmente esmagado pelo exército. Por ironia, Karl Marx, dirigente socialista, chamou o golpe de 18 de brumário de Luís Bonaparte numa alusão segundo a qual o sobrinho procurou imitar o tio.

IMPERADOR DA FRANÇA
Em novembro de 1852, apoiado pela grande burguesia, conclamou outro plebiscito, que, com 95% dos votos favoráveis, instituiu o império e transformou o príncipe-presidente Luís Napoleão em Imperador da França, com o título de Napoleão III. Com o golpe, Bonaparte criou o Segundo Império Francês. Em janeiro de 1853, casou-se com a condessa espanhola Eugénia de Montijo (Eugênia de Montijo). Da união nasceu, em 1856, Napoleão Eugénio, Príncipe Imperial. Teve como amante Virginia Verasis, Condessa de Castiglioni.
De 1852 a 1858, Napoleão III exerceu poder absoluto (Império Autoritário). A partir de 1860, cresceram as pressões liberais, e, de 1858 a 1867, algumas liberdades foram concedidas aos cidadãos; de 1867 a 1870, desenvolveu-se o regime que se chamou Império Liberal, que ampliou os poderes da Assembléia Legislativa e suspendeu as restrições às liberdades civis. Apoiado pela burguesia, o clero e as forças armadas, o imperador, para obter o apoio dos trabalhadores, empreendeu grandes e numerosas obras públicas, especialmente em Paris, realizadas pelo prefeito Barão Georges-Eugène Haussmann; construiu ferrovias e casas populares; abriu canais; encorajou a agricultura, a indústria e o comércio; favoreceu as instituições de crédito; fundou sociedades de ajuda mútua e organizações de trabalhadores.
No exterior, Napoleão III, querendo exercer hegemonia na Europa, participou da Guerra da Criméia (1854-1856) e presidiu o Congresso de Paris (1856), que assinalou o fim da guerra (derrota da Rússia), assumindo o papel de árbitro do continente. Com a efervescência dos nacionalismos, das lutas pela independência de povos dominados desde antes do Congresso de Viena, Napoleão III passou a defender a política das nacionalidades. Entretanto, em alguns momentos, fez a França tornar-se dominadora de outros Estados. Posicionou-se a favor da independência dos Estados romenos da Moldávia e da Valáquia, contra o Império Turco-Otomano, e a formação do reino da Romênia (1856). Partidário de uma política liberal na Argélia, encontrou oposição dos colonos e interveio decididamente na pacificação em 1857. Enviou, com a Inglaterra, tropas à China (1857-1860) e apoderou-se da Cochinchina, sul do Vietnam (1859-1862).
Apoiou, a princípio, o Risorgimento, atuando com destaque nas lutas pela unificação italiana, voltando-se contra os austríacos, que reinavam sobre a região desde o Congresso de Viena. Pressionado, entretanto, pela violenta campanha dos católicos franceses, que protestavam contra o ataque aos Estados da Igreja) e consideravam as ambições sardo-piemontesas uma ameaça aos domínios da Igreja, e pela possibilidade da Prússia entrar no conflito em apoio ao imperador austríaco Francisco José (a Prússia concentrou poderoso exército nas fronteiras com a França), concluiu um tratado de paz com a Áustria em Villafranca em 1859. Em 1860, conquistou a Savóia e Nice, graças ao apoio contra a Áustria.
Com a grande influência da França, Napoleão III apoiou a construção do canal de Suez e protegeu os cristãos maronitas na Síria. Entre 1862 e 1867, Bonaparte interveio no México, numa guerra que arruinou as finanças francesas. Com o objetivo de garantir o comércio francês na América, conter a crescente hegemonia norte-americana e pôr fim à instabilidade política entre grupos locais, as tropas francesas invadiram e prestaram apoio à oposição ao governo do México, derrubando seu presidente Benito Juárez. Organizando no México uma nova estrutura política, Bonaparte e os monarquistas mexicanos oferecem o trono mexicano ao arquiduque Maximiliano da Áustria.

DECADÊNCIA
No final da década de 1860, a estrela de Napoleão III começou a apagar.
Os problemas financeiros e militares e a instabilidade política e militar na Europa fizeram suas tentativas de estender os interesses coloniais franceses ao México malograrem. Em 1866 Napoleão retirou suas tropas do país americano, deixando o novo regime virtualmente sem proteção. O imperador Maximiliano montou uma resistência mas acabou sendo aprisionado no cerco de Querétaro. Maximiliano acabou fuzilado.
Napoleão III firmou com o Reino Unido um tratado de redução das tarifas alfandegárias, o que provocou reação dos industriais franceses. Fundou instituições de crédito para desenvolver o país, mas a deterioração econômica da França, somada à oposição do clero, dos industriais, da burguesia e do operariado descontente, levou-o a conceder o direito de greve em 1864. Em 1867, chamou o líder da oposição para compor seu ministério e, em 1868, permitiu a liberdade de imprensa e de reunião.
Subestimando Bismarck, permitiu que o beligerante 'Telegrama de Ems' (versão adulterada por Bismarck de um telegrama do rei da Prússia que buscava justamente dar fim à crise) provocasse a guerra franco-prussiana (1870 - 1871), que trouxe a ruína do Segundo Império. Capturado então em Sedan (02/09/1870) pelos exércitos prussianos, assinou a capitulação da França. Dias depois, a Assembléia Nacional proclamou sua deposição e, em Paris, foi proclamada a Terceira República Francesa.

MORTE
Foi então levado sob prisão para o Schloss Wilhelmshöhe, em Kassel (Alemanha), onde permaneceu entre 5 de Setembro de 1870 e 19 de Março de 1871, antes de seguir para o exílio em Chislehurst (Inglaterra), onde morreria em 9 de janeiro de 1873.
Fonte: pt.wikipedia.org
Foramtação e pesquisa:Helio Rubiales

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