“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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22 de nov. de 2019

HENRY SOBEL - Arte Tumular - 1468 - Beth Israel Cemetery/Woodbridge Memorial Gardens, New Jersey, USA





RABINO




Local: Beth Israel Cemetery/Woodbridge Memorial Gardens, New Jersey, USA
Fotos: Internet
Descrição tumular: Helio Rubiales

Henry Sobel
Nascimento9 de janeiro de 1944
Lisboa
Morte22 de novembro de 2019 (75 anos)
Miami
CidadaniaBrasilEstados Unidos
Ocupaçãorabino
PrêmiosOrdem do Mérito Cultural
ReligiãoJudaísmo
Causa da mortecâncer

PERSONAGEM
Henry Isaac Sobel (Lisboa, 9 de janeiro de 1944 - Miami, 22 de novembro de 2019) foi um rabino norte-americano radicado há mais de 40 anos no Brasil, onde foi presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista (CIP) até outubro de 2007, quando se afastou formalmente.
Morreu aos 75 anos.





VIDA DO BRASIL
Nascido em Lisboa, ainda na primeira infância sua família estabeleceu-se em Nova Iorque, onde se formou rabino em 1970. No mesmo ano, Sobel recebe e aceita o convite para ser rabino na CIP e se radica no Brasil. Teve ao seu lado, na Congregação, os rabinos Marcelo Rittner e Yehuda Busquila. 

Sobel foi um corajoso defensor dos direitos humanos no Brasil, durante a ditadura militar. Em 1975, na fase mais repressiva do regime, Sobel recusou-se a enterrar o jornalista Wladimir Herzog na ala dos suicidas do cemitério israelita, por rejeitar a versão oficial acerca das circunstâncias da morte do jornalista. De fato, Herzog havia sido torturado até a morte no Doi-Codi, nas dependências do quartel-general do II Exército.

Enquanto liderou a Congregação Israelita Paulista, Sobel foi um notável porta-voz da comunidade judaica no Brasil e estabeleceu uma ponte entre as religiões cristãs e o judaísmo, participando de inúmeros cultos e eventos ecumênicos. Sua atuação levou-o a ser considerado uma das maiores lideranças religiosas do país.

 Apesar de ter morado no Brasil por mais mais de três décadas, Sobel preservava um característico sotaque tipicamente norte-americano, sendo, por esse motivo, objeto de paródias de humoristas.

 Em 25 de outubro de 2010, foi agraciado com a Ordem do Ipiranga, grau Grande Oficial, pelo Governo do Estado de São Paulo. Em 15 de maio de 2014, foi promovido ao grau de grã-cruz da mesma ordem.

PROJETO "BRASIL: NUNCA MAIS"
Junto ao arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, e ao pastor presbiteriano Jaime Wright, participou de maneira destacada no projeto secreto de reunir toda a documentação da ditadura militar brasileira, que resultou na publicação, em 1985, do livro "Brasil: Nunca Mais" – um marco na história dos direitos humanos no país. O livro expõe a tortura e os torturadores com base em farta documentação.

PRISÃO NOS ESTADOS UNIDOS
Sobel foi detido na cidade de Palm Beach, nos Estados Unidos, acusado de furtar gravatas de uma loja da rede Louis Vuitton. Ele foi preso em 23 de março de 2007 e, após passar uma noite sob custódia, pagou fiança de 3.680 dólares e foi liberado. De acordo com o boletim de ocorrência, Sobel foi flagrado por câmeras de segurança da loja cometendo o crime. Em seu carro, a polícia encontrou outras quatro gravatas, das marcas Louis Vuitton, Giorgio's, Gucci e Giorgio Armani. As cinco gravatas juntas tinham o valor estimado de 680 dólares.

Henry Sobel negou ter a intenção de praticar furtos, e fez um apelo para que não sejam desqualificados seus "valores morais". Ao chegar ao Brasil, ele foi internado, devido a "transtorno de humor", no Hospital Albert Einstein. Em entrevista coletiva na sala de imprensa do hospital, o rabino pediu "desculpas a todos pelo transtorno", admitiu ter cometido o delito, e revelou fazer uso de medicamentos psiquiátricos por conta própria. Ele pediu afastamento temporário da Congregação Israelita Paulista (CIP) no primeiro semestre. Em outubro, deixou definitivamente de ser presidente do Rabinato, para se tornar rabino emérito, desligando-se da maior parte de suas tarefas como rabino na Congregação Israelita Paulista.

Em março de 2008, Henry Sobel lançou uma auto-biografia com o título Um Homem, Um Rabino, onde retrata passagens de sua vida, incluindo o furto das gravatas. O livro tem prefácio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

FAMÍLIA
Henry Sobel é divorciado e tem uma filha, Alisha Sobel, com nome de casada Alisha Sobel Szuster, nascida em 1983, em São Paulo.

MORTE
O rabino faleceu após complicações decorridas de um câncer.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

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