“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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18 de abr. de 2018

ALFREDO O GRANDE -Inglaterra - Arte Tumular - 1352 - Winchester Cathedral Winchester, City of Winchester, Hampshire, England






 
Precedido por
Etelredo
Rei de Inglaterra
871 - 899
Sucedido por
Eduardo, o Velho



ARTE TUMULAR 
HISTÓRICO DO SEPULTAMENTO
Alfredo foi originalmente enterrado temporariamente na Old Minster, em Winchester. Então, quatro anos após a sua morte, o corpo foi transferido para o New Minster (talvez construído especialmente para receber o seu corpo). Quando a New Minster se mudou para Hyde, um pouco a norte da cidade, em 1110, os monges foram transferidos para a Abadia de Hyde, juntamente com o corpo do rei e os de sua esposa, Elesvita, e de filhos, presumivelmente localizados antes do altar-mor. 

 Logo após a dissolução da abadia em 1539, durante o reinado de Henrique VIII, a igreja foi demolida, deixando os túmulos intactos. Os túmulos reais e muitos outros foram provavelmente redescobertos por acaso em 1788, quando uma prisão estava a ser construída por condenados no local. Os presos cavaram a toda a largura da área do altar, a fim de eliminar os escombros. Os caixões foram despojados do chumbo, e os ossos foram dispersos e perdidos. A prisão foi demolida entre 1846 e 1850.

 Outras escavações em 1866 e 1897 não foram conclusivas. As escavações realizadas pelo Serviço de Museus Winchester em 1999, localizaram um segundo poço cavado na frente do local onde estaria localizado o altar-mor, que foi identificado como datando de 1866, uma escavação pelo antiquário amador John Mellor, que alegou terem sido recuperados vários ossos do local que ele disse serem de Alfredo. 

Estes mais tarde vieram para a posse do vigário da Igreja de São Bartolomeu perto dos enterrados numa cova anônima no cemitério da igreja. Uma escavação arqueológica em 1999 feita no local da Abadia de Hyde, descobriu os alicerces da abadia e alguns ossos. Os ossos que supostamente seriam os de de Alfredo, revelaram pertencer a uma mulher idosa. 

Em março de 2013, a Diocese de Winchester exumou os ossos do túmulo não marcado em St Bartholomew e colocou-os num local seguro. A Diocese não fez nenhuma reivindicação de que eram os ossos de Alfredo, mas a intenção de protegê-los para posterior análise, e da atenção de pessoas cujo interesse pode ter sido provocado pela recente identificação dos restos mortais do rei Ricardo III. Os ossos foram, posteriormente, datados através do método da datação por radiocarbono, porém os resultados mostraram que eles eram de 1300 e, portanto, sem relação com Alfredo. 

No entanto, foi anunciado em janeiro de 2014 que um fragmento da pélvis descoberto nas escavações de 1999, no local de Hyde, que tinha ficado posteriormente na sala de armazenamento de um museu de Winchester, foi datado no período correto. Acredita-se que este osso possa pertencer a Alfredo ou ao seu filho, Eduardo, mas essa teoria ainda não foi provada. 

Local:   Winchester Cathedral Winchester, City of Winchester, Hampshire, England
Fotos: Findagrave
Descrição tumular: Helio Rubiales

Santo Alfredo da Inglaterra
Estátua de Alfredo o Grande em Winchester, revelada durante as celebrações milenares da morte de Alfredo
Rei de Inglaterra
Nascimento849 em Alfred
Morte26 de outubro de 899 (50 anos) em WinchesterInglaterra
Veneração porIgreja Anglicana
Festa litúrgica26 de outubro
PadroeiroInglaterra
Gloriole.svg Portal dos Santos
PERSONAGEM
Alfredo, dito Alfredo, o Grande (em inglês antigo Ælfred; 849 — 26 de outubro de 899) foi rei de Wessex desde 23 de abril de 871 até sua morte, em 26 de outubro de 899.
Morreu aos 50 anos.



SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Alfredo, O Grande nasceu em 849 no condado de Oxfordshire, filho de Etelwulfo Rei de Wessex com a sua primeira esposa Osburga. Aos quatro anos de idade foi em peregrinação a Roma, onde segundo a lenda o Papa Leão IV o confirmou enquanto futuro Rei de Inglaterra, na época Alfredo tinha três irmãos mais velhos ainda vivos, o que que lhe concedia poucas hipóteses de reinar. Com a morte de Etelwulfo em 858 o Reino é dividido entre os três filhos, Etelbaldo, Etelberto e Etelredo.

Em 856 um conflito entre Etelwulfo e Etelbaldo, de forma a não fragilizar o Reino perante os Vikings, havia resultado na divisão em duas partes, cada uma deles governada por pai e filho.

 Desde a sua infância é relatada a sua fragilidade em termos de saúde, segundo as descrições provavelmente sofria de uma doença associada com o sistema digestivo – Doença de Crohn. Muitas vezes Alfredo, O Grande é descrito como um grande guerreiro, o que provavelmente não correspondia à realidade pela sua debilidade física resultante da doença, a sua grande arma era o intelecto e coragem inabalável.

 Em 871 após a morte dos seus três irmãos Alfredo sobe ao trono do Reino de Wessex. A subida ao trono coincidiu também com o acentuar do domínio Viking na Grã-Bretanha. A resistência de Alfredo manteve o Reino de Wessex como a única região das ilhas britânicas livre do controle nórdico e símbolo da autodeterminação anglo-saxônica. Um acordo estabelecido com o comandante Viking Guthrum, por volta de 880 permitiu a divisão do Reino de Mércia entre Wessex e dinamarqueses, possibilitando uma estabilização e extensão das fronteiras de Wessex, bem como um acordo de paz.

 A década de oitenta do século IX foi de relativa acalmia, com pequenas incursões dinamarquesas rapidamente contidas por Alfredo. Graças a estas vitórias, a população anglo-saxônica das ilhas britânicas começou a ver Alfredo como uma representação da unificação deste povo. Com a morte de Guthrum em 889 foi criado um vácuo de poder no seio dos dinamarqueses, que em última instância levou à quebra da paz estabelecida com Wessex.

Em data que a historiografia não consegue definir, em torno de 892/893, uma frota de mais de trezentos navios dinamarqueses inicia um processo de invasão e colonização na Grã-Bretanha, nesta deslocação também vinham mulheres e crianças. Após várias batalhas e movimentações que demonstravam a mestria militar de Alfredo que cortou linhas de abastecimento aos invasores, em 896 ou 897, os vikings recuam novamente para a Europa ou para os territórios conquistados na Grã-Bretanha.

 Os sucessos militares de Alfredo, O Grande estavam associados com as reformas implementadas no Reino, ao nível militar, financeiro, administrativo e legal. Reestruturou o exército para que ficasse mais eficiente, tanto na ação como no recrutamento e lealdade. Construiu diversas fortificações um pouco por todo o Reino que permitiam a defesa e o lançamento de ataques cirúrgicos contra os dinamarqueses, muitas destas estratégicas militares foram implementadas após a visita de Alfredo à corte carolíngia de Carlos, O Calvo em 854-855.

O mar era o ponto de acesso às ilhas, por isso o rei ordenou a construção de sessenta navios com o dobro do tamanho das embarcações viking, com esta estratégia pretendia conter e bloquear as movimentações inimigas essencialmente desenvolvidas no mar. De forma a manter um exército permanente e a construção de defesas militares eficientes, Alfredo reformulou o sistema de tributação fiscal com a criação do hide, unidade pela qual as terras eram definidas mediante a sua produção para a sobrevivência de uma família e valor de taxação régia. O hide deferia de terra para terra, mediante o valor e recurso da mesma.

 Alfredo, O Grande promoveu a língua inglesa e a educação no Reino de Wessex com a fixação na corte de estudiosos dos outros Reinos anglo-saxônicos e continente europeu. As fontes da época descrevem-no como um estudioso, com mente aberta, um verdadeiro crente cristão, com um intelecto e mente superiores aos seus pares, apesar da sua fragilidade física era um exímio caçador, bem como estratega e reformista nato.

MORTE
Morreu em 26 de Outubro de 899, pela sua luta contra os pagãos foi considerado por muitos católicos como um Santo, em 1441 Henrique VI tentou sem sucesso canonizar Alfredo. O seu maior legado foi permitir a sobrevivência anglo-saxônica e a criação de um espírito de unificação dos territórios da Grã-Bretanha. Pelas suas ações militares e reformistas que moldaram por completo o Reino de Wessex e toda a Inglaterra foi-lhe atribuído o epíteto de O Grande. 

Fonte: http://knoow.net/historia/historiamundial/alfredo-o-grande/
Formatação: Helio Rubiales

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