“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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26 de fev. de 2018

FERNANDO PRESTES - Arte Tumular - 1228 - LOCAL : Cemitério São João Batista, Itapetininga, São Paulo



Precedido por
Peixoto Gomide
4° Presidente de São Paulo
1898 — 1900
Sucedido por
Rodrigues Alves



ARTE TUMULAR

LOCAL : Cemitério São João Batista, Itapetininga, São Paulo

PERSONAGEM
Fernando Prestes de Albuquerque (Angatuba, 26 de junho de 1855 — São Paulo, 25 de outubro de 1937) foi um agricultor, advogado e político brasileiro, quarto presidente do estado de São Paulo entre novembro de 1898 e maio de 1900.
Morreu aos 82 anos.




SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Filho de Manuel Prestes de Albuquerque (1818 - 1893) e Inacia Francisca Vieira. Foi proprietário rural em Itapetininga, dono da fazenda Araras, casado com Olímpia de Santana (1860 - 1901) com quem teve nove filhos. Atuou também como advogado provisionado. Foi membro da direção do Partido Republicano Paulista (PRP) e coronel da Guarda Nacional e do Exército Brasileiro.

 Iniciou a carreira política em Itapetininga, onde defendeu a abolição da escravatura e a proclamação da república. Com o advento da República, o coronel Prestes fez parte do governo local de Itapetininga. Foi contra o golpe de estado de Deodoro da Fonseca em 3 de novembro de 1891 e apoiou Floriano Peixoto, quando já era deputado estadual. Lutando a favor do Governo Floriano Peixoto, no sul do Brasil, contra a chamada Revolução Federalista, se destacou e recebeu as patentes de coronel da Guarda Nacional e do Exército.

 Militou toda sua vida no Partido Republicano Paulista (PRP). Foi deputado estadual nas legislaturas de 1892-1895 e 1895-1897, ocasião que foi vice-presidente da Câmara Estadual. Como deputado federal, exerceu mandatos em 1897-1898, 1901-1902 e 1903- 1905. Em seu primeiro mandato como deputado federal foi obrigado a afastar-se do cargo, em 10 de novembro de 1898, para assumir a presidência do estado, recebendo o governo de São Paulo das mãos do presidente interino Peixoto Gomide que ficara no lugar de Campos Sales, presidente do estado, que renunciara, por ter sido eleito presidente da República, e que tomou posse na presidência da República em 15 de novembro de 1898.

 Para poder governar com isenção, enquanto durou seu mandato de presidente do Estado, ficou afastado da Comissão Diretora do PRP, onde era tido como prudente e conciliador. Criou o Instituto Butantan em São Paulo por sugestão do sanitarista Emílio Ribas, há inclusive um hospital com seu nome na mesma cidade. Fundou o Hospital Psiquiátrico do Juqueri, que teve a direção do dr. Franco da Rocha - atual nome do município onde se situa o Hospital. Combateu surtos de febre amarela em Sorocaba, Santos e, na capital, teve de enfrentar a peste bubônica e a varíola.

Seu governo foi considerado correto e isento, preocupado com as finanças e a saúde. Cortou gastos públicos, em razão da queda da arrecadação de impostos e da contínua queda dos preços do café no mercado internacional. Depois de deixar a chefia do executivo paulista, em 1900, elegeu-se deputado federal por duas legislatura, sendo líder da bancada paulista e depois líder da maioria. Fez parte do Senado Estadual entre 1906-1908, quando foi eleito com a maior votação, 1913-1916 e novamente entre 1916 e 1922. Foi vice-presidente do estado entre de 1908-1912, 1922-1924 e de 1924-1927.

Como vice-governador, substituiu Albuquerque Lins, em 1910, quando este se lançou a candidato a vice-presidente da república, na chapa de Rui Barbosa à presidência da República. Terminado seu mandato, voltou para as atividades de agricultor, mas foi chamado, para o senado estadual e Comissão Diretora do PRP. No último mandato de vice-presidente de São Paulo, no governo de Carlos de Campos, O Coronel Fernando Prestes, defendeu o governo contra a Revolta paulista de 1924, organizando a resistência em Itapetininga e conseguindo que Carlos de Campos fosse reconduzido ao poder. O coronel Prestes foi convidado pelos revolucionários encabeçados pelo general Isidoro Dias Lopes a assumir o governo revolucionário, mas se recusou, mantendo seu apoio ao presidente Carlos de Campos. O Coronel Prestes declarou aos revoltosos: - Só aceitaria o governo das mãos do Dr. Carlos de Campos, livre, espontaneamente, legalmente. Carlos de Campos foi vítima de embolia cerebral, vindo a falecer em abril de 1927. O Coronel Fernando Prestes renunciou ao cargo de vice-presidente, depois da morte do presidente do estado. Teria sido uma jogada política, combinada, em uma convenção do PRP, para que seu filho Júlio Prestes, então deputado federal, pudesse se candidatar ao governo do Estado de São Paulo, e posteriormente concorrer à presidência da república. versão divulgada, na época, foi que o Coronel estava já muito idoso e combalido para comandar o estado.

 Após renunciar ao governo do estado, Fernando Prestes ainda foi eleito, em 1928, para uma vaga aberta no Senado Estadual. Após a Revolução de 1930, o coronel Fernando Prestes e sua família foram perseguidos e caíram no ostracismo político. Atuou, por outro lado, na iniciativa privada, sendo diretor do Banco Noroeste do Estado de São Paulo e da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. É homenageado dando seu nome ao município de Fernando Prestes. A praça central, e uma Escola Técnica Estadual da cidade de Sorocaba levam seu nome. Em Cajamar há uma rua em homenagem a seu nome, assim como na cidade de Itapetininga que, embora não fosse sua cidade natal, foi onde cresceu, se fixou como proprietário rural e onde iniciou sua carreira política. É também homenageado em Itapetininga através de uma Escola Estadual situada na Avenida Peixoto Gomide.

MORTE
Morreu em São Paulo, mas foi enterrado em Itapetininga.
Fonte: pt.wikipedi.org
Formatação: Helio Rubiales

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