Local: Cemitério da Consolação, São Paulo
Terreno 07 - Quadra 44
Descrição tumular: Helio Rubiales
Benjamin Chedid Jafet, (Dhour-Choueir, Líbano,13 de janeiro de 1864 - São Paulo, 24 de fevereiro de 1940), grande empresário do ramo têxtil em São Paulo.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Foi um dos pioneiros da imigração sírio-libanesa ao Brasil, Benjamin Jafet foi o primeiro dos seis irmãos Jafet a aportar em terras brasileiras, já na primavera de 1887. Nascido na aldeia de Dhour-Choueir, no Líbano, em 13 de janeiro de 1864, filho de Chedid YJafet Tebecherani e Utroch Farah Tebecherani, estudou no colégio inglês para moços, em Suk-al-Gharb, na província do Monte Líbano - então uma região autônoma do vasto Império Turco-Otomano. Tendo atuado como secretário em uma companhia de navegação, em Beirute, e observado a movimentação portuária, decidiu que deveria imigrar para o Brasil, onde, como tantos outros filhos de ilustres famílias europeias e médio-orientais, iria realizar sua ambição de "fazer a América". Aos 23 anos, partiu rumo ao Brasil, abastecendo-se, no entanto, antes, em Marselha, na França, onde adquiriu uma significativa quantidade de produtos, que como sabia, eram demandados pelos brasileiros. Chegou no Rio de Janeiro, e partiu, como mascate, rumo a Minas Gerais, Juiz de Fora, Vale do Paraíba, até chegar a São Paulo, reconhecido centro comercial do Brasil. Após três anos, já possuía capital suficiente para fundar o primeiro estabelecimento comercial de um sírio-libanês, na Rua 25 de Março.
VINDA DOS IRMÃOS AO BRASIL
Nesse período, enviou dinheiro aos seus irmãos, denotando sua bondade e os princípios familiares que sempre o ungiram, estimulando-os, assim como sua mãe - já que seu pai era falecido, a imigrarem ao Brasil. Vieram, por ordem de chegada: Basilio, em 1888, João, o caçula esportista, em 1892, o Professor Nami - catedrático da Universidade Americana de Beirute, então Colégio Protestante Sírio, em 1893, e Miguel, em 1895. Sua mãe Utroch, e sua irmã Hala, viriam apenas em 1897, junto a Benjamin, no regresso de uma viagem que fez ao Líbano, para se casar com sua esposa Alzira Assad Tebecherani.
Daqui, vale dizer que com o capital e os ideais conjuntos dos quatro irmãos Jafet (Nami, Benjamin, Basilio e João), deu-se a partir de 1906, um processo de urbanização e industrialização marcante não só para São Paulo, mas para o Brasil, com a construção do que viria a se tornar um dos maiores complexos fabris da América Latina, durante o decorrer da primeira metade do século XX: a Fiação, Tecelagem e Estamparia Ypiranga Jafet, instalada no bairro do Ipiranga, bairro este que se beneficiou imensamente com o progresso deixado, não apenas, no aspecto econômico-financeiro, mas no aspecto social, também, com o legado de dezenas de atos de filantropia, em pro perários, muitos deles vindos de outras regiões.
ras no Ipiranga e Vila Prudente. As esposas dos diretores do grupo tinham forte atuação na área social e ajudaram na construção do Colégio Cardeal Motta, Hospital Leão XIII, Clube Atlético Ypiranga entre outras entidades, incluindo o Hospital Sírio-Libanês. Um conjunto de prédios de apartamentos, existente até hoje, foi construído entre as ruas Manifesto e Patriotas para abrigar os ol do progresso sustentável desse bairro. A família trabalhou também nas áreas siderúrgicas e metalúrgicas. Com o decorrer do tempo as duas indústrias se tornaram conhecidas não só a nível nacional como fora do Brasil. Os Jafet, então, passaram a comprar grandes áreas de terrenos no Ipiranga e Vila Prudente.
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales
Fontes:
http://blogs.estadao.com.br/edison-veiga/2012/10/22/familia-jafet-125-anos/
independenciaoumorte.com.br/acontece/item/147-fatos-históricos-6.html
Eles construíram a Grandeza de S.Paulo, 1954 - Jan Korybut-Worowicki
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