“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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4 de out. de 2013

ALEXEI NIKOLAEVICH ROMANOV - Arte Tumular - 872 - Petropavlovskaya Krepost ,St. Petersburg, Russian Federation














ARTE TUMULAR 
Numa sala do saguão central da Catedral foi reservada para o Czar e sua Família. Sobre uma base facetada, quase rente ao piso, do lado esquerdo da sala, suporta a urna de mármore branco com o tampo com as laterais facetadas e uma cruz ortodoxa na parte central, guarda os restos mortais da família. Na parte frontal da urna encontram-se as inscrições imperiais. Na parte central, próximo da urna há uma base decorada em madeira suportando um quadro da família. Na parede frontal , duas placas de mármore branco com letras douradas relaciona o nome dos mortos no assassinato. Sobre essas duas placas se impõe o brasão de armas do Czar. Nessa mesma parede, de cada lado há mais duas placas com os feitos do Czar. As paredes laterais, cada uma, também tem uma placa. Para completar o cenáculo a decoração com fotos e flores. 
 LOCAL:Petropavlovskaya Krepost ,St. Petersburg, Russian Federation
Fotos: Emily Greere
Descrição Tumular: Helio Rubiales




PERSONAGEM
Alexei Nikolaevich Romanov (em russo: Цесаревич Алексей Николаевич Романов, Czarevitch Alexei Nikolaevich Romanov. ) (São Petersburgo, 12 de Agosto de 1904 - Ekaterinburgo, 17 de Julho de 1918) foi herdeiro aparente do trono russo desde o seu nascimento até à morte em 1918.
Morreu aos 13 anos de idade.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
 Era o mais novo e único filho homem do Czar Nicolau II e da sua esposa, a Czarina Alexandra Feodorovna. Alexei sofria de hemofilia por seu parentesco com a rainha Vitória do Reino Unido (portadora da doença), o que levou a sua mãe a confiar cegamente em Grigori Rasputin, um monge siberiano que, supostamente, o curava durante as suas crises. A sua vida acabou de forma trágica no dia 17 de Julho de 1918 quando foi assassinado juntamente com a sua família em Ekaterinburgo, nos Montes Urais. Em consequência do seu assassinato, Alexei foi canonizado pela Igreja Ortodoxa Russa como Portador da Paixão.
 Depois de quatro Grã-duquesas (Olga, Tatiana, Maria e Anastásia), a chegada do tão esperado herdeiro ao trono foi comemorada de forma grandiosa. Alexei foi batizado no dia 3 de Setembro de 1904, na capela do Palácio de Peterhof. Os seus padrinhos principais foram a sua avó paterna e o seu tio-avô, o Grão-duque Alexei Alexandrovich. Outros padrinhos incluíam a sua irmã mais velha Olga, o seu bisavô, o rei Cristiano IX da Dinamarca, o rei Eduardo VII do Reino Unido, o Príncipe de Gales e o imperador alemão Guilherme II. Estando a Rússia no meio de uma guerra com o Japão, todos os oficiais e soldados do exército e marinha russos foram padrinhos honorários. O batizado do novo Czarevich foi também a primeira cerimônia oficial na qual participaram alguns membros mais novos da família imperial, incluindo os filhos mais novos do Grão-duque Constantino Constantinovich, as irmãs mais velhas de Alexei, Olga e Tatiana e a sua prima, a Princesa Irina Alexandrovna . Para esta ocasião, os rapazes usaram uniformes militares em miniaturas e as meninas  usaram uma versão menor do vestido da corte. O sermão foi lido por São João de Kronstadt e o bebê foi levado até ao altar pela Princesa de Galtizine. Como medida de precaução, foram colocadas solas de borracha nos seus sapatos para evitar que escorregasse neles. Pierre Gilliard, tutor de Alexei e das irmãs, disse sobre o Czarevich: "O Alexei era o centro das atenções desta família unida, o centro de todas as esperanças e afetos. As irmãs veneravam-no. Ele sempre foi o orgulho e alegria dos pais. Quando ele estava bem, o palácio transformava-se. Tudo e todos que lá estivessem pareciam mergulhados na luz do sol." Era muito parecido com a sua mãe, Alexandra, segundo Gilliard. Era alto para a sua idade, "com um rosto bem definido, feições delicadas, cabelo castanho-claro com um brilho ruivo, e grandes olhos azuis acinzentados, como a mãe."'' Alexei tinha poucos meses de vida quando, depois de um fio de sangue começar a escorrer do seu umbigo, se descobriu que sofria de Hemofilia. A Hemofilia é uma doença hereditária que impede o corpo de controlar hemorragias tanto externas como internas. A Hemofilia impede a coagulação sanguínea, logo, quando um vaso sanguíneo é danificado, um coágulo não se forma e o vaso continua a sangrar por um período excessivo de tempo. A hemorragia pode ser externa, se a pele é danificada por um corte ou negra, ou pode ser interna, em músculos, articulações ou órgãos. Qualquer queda pode dar início a uma hemorragia interna que, por sua vez, pode levar à morte. O gene que provoca a doença é normalmente transmitido de mãe para filho, uma vez que a fêmea pode ser portadora deste, mas pode não sofrer da doença. Alexei foi afetado pela sua mãe, que recebeu o gene da sua mãe, Alice do Reino Unido, que por sua vez, o recebeu da sua mãe, a Rainha Vitória. Vários membros de famílias reais por toda a Europa que tinham ligações com a de Alexandra sofriam também da doença.

EXÍLIO E MORTE
 Durante o exílio em Tobolsk, Alexei queixou-se no seu diário da monotonia da sua vida atual e pediu misericórdia de Deus. Tinha autorização para brincar ocasionalmente com Kolya, o filho de um dos seus médicos e com um ajudante de cozinha chamado Leonid Sednev (em quem se inspirou o livro "The Kitchen Boy"). Quando foi crescendo, Alexei parecia magoar-se de propósito. Em Tobolsk deslizou com um trenó pelas escadas abaixo e feriu-se gravemente. Foi exatamente esse ferimento que impediu as suas irmãs Olga, Tatiana e Anastásia de acompanharem os pais e a irmã Maria quando estes foram enviados para Ekaterinburgo. Também devido a este ferimento, Alexei teve de ficar preso a uma cadeira-de-rodas durante as semanas que lhe restavam de vida. Na noite de 17 de Julho de 1918, Alexei foi morto juntamente com o resto da sua família por bolcheviques.

Local onde foram executados (veja marcas de tiros na parede)
Embora poucos, apareceram alguns rumores sobre a sua possível sobrevivência e mesmo pessoas que se fizeram passar por ele. Quando os corpos do resto da família foram encontrados, tanto a equipa de cientistas americanos como a russa concluíram que o seu corpo era um dos que faltavam, juntamente com o da sua irmã Maria ou Anastásia. Após a descoberta de restos mortais numa área próxima do local onde tinham sido descobertos os restantes corpos da família, no dia 27 de Agosto de 2007, duas equipas de investigadores (uma americana e outra russa), passaram 8 meses a analisá-los procurando provas para garantir que aqueles se tratavam dos restos mortais de Alexei e da sua irmã Maria. A confirmação chegou durante uma conferência de imprensa no dia 30 de Abril de 2008 que deu como encerrado o mistério, provando que os dois últimos filhos de Nicolau II tinham, de facto morrido com a restante família. Encontra-se sepultado na Fortaleza de Pedro e Paulo, São Petersburgo na Rússia.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

Um comentário:

Unknown disse...

Tadinho...
Malditos comunistas!
O Inferno é pouco por este crime covarde!