ARTE TUMULAR
Fotos: Roberta Zouain e Simone (picasa)
Descrição tumular: Helio Rubiales
PERSONAGEM
Giovanni Battista Libero Badarò (Laigueglia, 1798 — São Paulo, 21 de novembro de 1830) foi jornalista, político e médico italiano radicado no Brasil.
Morreu aos 32 anos de idade.
BIOGRAFIA
Badaró frequentou as universidades de Turim e Pávia, onde formou-se em medicina. Ainda na Europa, publicou algumas obras técnicas, versando sobre fisiologia, zoologia e botânica.
Junto a outros médicos italianos, dentre os quais Cesare Zama de Faenza (pai do futuro tribuno César Zama, e que também teve um fim trágico), veio para o Brasil, em 1826. Em 1828 se radicou na cidade de São Paulo, onde clinicava e dava aulas gratuitas de matemática.
Defensor do liberalismo, fundou e redigia o jornal O Observador Constitucional, surgido em 1829, impresso na tipografia do O Farol Paulistano, a princípio sob a direção de Badarò e Luís Monteiro d'Ornelas e, depois de meados de 1830, sob a direção exclusiva do primeiro. O jornal liberal, tinha feição moderada, como a que Evaristo da Veiga imprimia no Rio de Janeiro à Aurora Fluminense. Como esse, granjeara em pouco tempo grande divulgação, que lhe garantia a malquerença dos absolutistas.
Comentou os acontecimentos da revolução de 1830, em Paris, notícia chegada ao Rio de Janeiro em 14 de setembro; a Revolução dos Três Dias - em que Carlos X fora destronado em julho passado - exortando os brasileiros a seguirem o exemplo dos franceses. Em sua obra, Armitage diz: O choque foi elétrico. Muitos indivíduos no Rio, Bahia, Pernambuco e São Paulo iluminaram suas casas por esse motivo. Excitaram-se as esperanças dos liberais e o temor dos corcundas, e estas sensações se espalharam por todo o Império por meio dos periódicos.
Em São Paulo, os estudantes do Curso Jurídico tomaram a iniciativa. «Luminárias, bandas de música e mais demonstrações de alegria praticadas pelos habitantes de São Paulo pelo derrubamento do governo tirano e anticonstitucional da França», conforme parecer da Comissão de Constituição da Câmara (como consta de seus Anais, 1830, tomo II), assumiram para o ouvidor Cândido Ladislau Japiaçu feição de atos criminosos e o levaram a processar alguns manifestantes, de preferência jovens estudantes. O O Observador Constitucional abriu campanha em favor dos acusados e atacou Japiaçu, chamando-o Caligulazinho. A linguagem era viva e enérgica, mas não justificaria o desfecho violento.
MORTE
Em 20 de novembro de 1830, às 10 horas da noite, quando voltava para sua casa, na rua de São José (hoje rua Líbero Badaró), o jornalista foi interpelado por quatro alemães a pretexto de lhe entregarem uma correspondência contra o ouvidor Japiaçu e, porém recebeu deles uma carga de bacamarte, caindo mortalmente ferido.
Fonte:Wikipédia
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales
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