“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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25 de set. de 2011

DUQUE DE CAXIAS - Arte Tumular - 625 - Praça Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil






Vista frontal

Vista posterior


Vista aérea

Brasão do Duque de Caxias na parte fronta

Base em granito da escultura com o brasão Imperial

Escultura

Interior do Pantheon (Túmulo)

PANTHEON DE CAXIAS
O Pantheon foi construído em concreto armado e revestido em mármore.  Encimado o monumento, destaca-se uma escultura  em bronze de Caxias montado sobre uma cavalo, vestido com uniforme de marechal. Inicialmente a escultura foi colocada no Largo do Machado enquanto era construído o mausoléu. Ladeando o pedestal  em granito onde se ergue a escultura, existem dois baixos-relevos em bronze tematizando:  "A tomada da ponte de Itororó e a entrada do Exército em Assunção". Lê-se também a frase: Caxias Tributo Nacional – 1899”.
O Pantheon abriga os restos mortais do Duque de Caxias e de sua esposa Ana Luisa de Loreto Carneiro
Viana, Duquesa de Caxias, desde 25 de agosto de 1949, em que foram transladados do Cemitério da Venerável Ordem Terceira dos Meninos de São Francisco de Paula, no bairro do Catumbi, Rio de
Janeiro
CONSTRUÇÃO
O Pantheon foi construído por ordem do General-de-Divisão Angelo Mendes de Moraes, Prefeito do então Distrito Federal durante o governo do General Eurico Gaspar Dutra.
AUTOR DA ESCULTURA
Rodolpho Bernardelli  (Guadalajara (México), 18 de dezembro de 1852 — Rio de Janeiro (cidade), 7 de abril de 1931)
Foi fundida em bronze  nas oficinas Thiebot, de Paris, França, em 1899.
Local: Praça Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil
Fotos: panoramico.com
Descrição tumular: Helio Rubiales

O Duque de Caxias
Caxias aos 75 anos em 1878
Presidente do Conselho de Ministros
Período3 de setembro de 1856
4 de maio de 1857
ImperadorPedro II
Antecessor(a)Marquês do Paraná
Sucessor(a)Marquês de Olinda
Período2 de março de 1861
24 de maio de 1862
Antecessor(a)Ângelo Moniz da Silva Ferraz
Sucessor(a)Zacarias de Góis
Período25 de junho de 1875
5 de janeiro de 1878
Antecessor(a)Visconde do Rio Branco
Sucessor(a)João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu
Ministro da Guerra do Brasil
Período14 de junho de 1855
4 de maio de 1857
Antecessor(a)Pedro de Alcântara Bellegarde
Sucessor(a)José Antônio Saraiva
Período3 de março de 1861
24 de maio de 1862
Antecessor(a)José Antônio Saraiva
Sucessor(a)O Barão de Porto Alegre
Presidente de São Pedro do Rio Grande do Sul
Período9 de novembro de 1842
11 de março de 1846
Antecessor(a)Saturnino de Sousa e Oliveira Coutinho
Sucessor(a)Patrício José Correia da Câmara
Período30 de junho de 1851
4 de setembro de 1851
Antecessor(a)Pedro Ferreira de Oliveira
Sucessor(a)Patrício José Correia da Câmara
Presidente do Maranhão
Período17 de fevereiro de 1840
13 de maio de 1841
Antecessor(a)Manuel Felizardo de Sousa e Melo
Sucessor(a)João Antônio de Miranda
Dados pessoais
Alcunha(s)"O Pacificador"
"O Duque de Ferro"
Nascimento25 de agosto de 1803
Porto da EstrelaRio de Janeiro,
Brasil
Morte7 de maio de 1880 (76 anos)
ValençaRio de JaneiroBrasil
ProgenitoresMãe: Mariana Cândido de Oliveira Belo
Pai: Francisco de Lima e Silva
Alma materReal Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho
EsposaAna Luísa de Loreto Viana
FilhosLuísa de Loreto Viana de Lima
Ana de Loreto Viana de Lima
Luís Alves de Lima e Silva
PartidoPartido Conservador
AssinaturaAssinatura de Luís Alves de Lima e Silva
Títulos nobiliárquicos
Brasão do Duque de Caxias
Serviço militar
LealdadeImpério do Brasil
Anos de serviço1821–1880
ConflitosIndependência do Brasil
Guerra da Cisplatina
Balaiada
Revoltas Liberais
Revolução Farroupilha
Guerra do Prata
Guerra do Paraguai
CondecoraçõesImperial Ordem do Cruzeiro
Imperial Ordem da Rosa
Imperial Ordem de Pedro I
Imperial Ordem de São Bento de Avis
Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa

PERSONAGEM
Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias, (Porto da Estrela, 25 de agosto de 1803 — Desengano, 7 de maio de 1880), foi um dos mais importantes militares e estadistas da história do Brasil.
Morreu aos 76 anos de idade.
SINOPSE
Filho do brigadeiro e regente do Império, Francisco de Lima e Silva, e de Mariana Cândida de Oliveira Belo, Luís Alves de Lima - como assinou seu nome por muitos anos - foi descrito por alguns dos seus biógrafos como um predestinado à carreira das armas que aos cinco anos de idade assentou praça no Exército (1808). O que os biógrafos não explicitam é que essa trajetória "apoteótica" é devida às especificidades da carreira militar nessa época. Ter sido cadete aos cinco anos não era um sinal de seu caráter especial: a honraria era concedida aos filhos de nobres ou militares e muitos alcançaram o mesmo privilégio, até mesmo com menor idade.
Caxias foi um militar do século XIX. Pertencia a uma tradicional família de militares. De um lado, a família paterna, constituída de oficiais do exército. Do lado materno, a família era de oficiais de milícia. Foi com o pai e com os tios que Luís Alves de Lima e Silva aprendeu a ser militar
BIOGRAFIA
Luís Alves de Lima e Silva desde cedo ingressou na vida militar. Teve intensa carreira profissional no Exército, ascendendo ao posto de marechal-de-campo aos trinta e nove anos de idade.
Cadete desde os cinco anos de idade, ingressou aos 15 anos na Academia Militar, de onde saiu como tenente para ingressar numa unidade de elite do Exército do Rei. Em 1822, organizou a Guarda Imperial de D. Pedro I.O batismo de fogo teve lugar no ano seguinte, ao entrar em campanha para combater os revoltosos na Bahia, no movimento contra a independência comandado pelo general Madeira de Melo. Em 1825, o então capitão Luiz Alves deslocou-se para a campanha da Cisplatina, nos pampas gaúchos. Participou do esforço pela manutenção da ordem pública na capital do Império após a abdicação de Pedro I, em 1831.
Voluntariamente se junta as forças do Corpo de Guardas Municipais Permanentes que marcham contra a rebelião de Miguel de Frias (3 de abril de 1832), que tentava derrubar a Regência.
Em 20 de 0utubro de 1832, após ser promovido a Tenente-Coronel, assume o seu primeiro Comando Militar: o Corpo de Guardas Municipais Permanentes - A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. A frente dela, implanta várias inovações na Corporação, como as rondas de Cavalaria e o Serviço Médico, além dos Postos de Major e Tenente-Coronel (a oficialidade da Corporação só ia até Capitão).
Em 1833, casou-se com Ana Luisa do Loreto Carneiro Vianna, na época com 16 (dezesseis) anos de idade, membro da aristocrática família Carneiro Leão, sendo neta da Baronesa de São Salvador de Campos. Com ela teve duas filhas, Luisa do Loreto, casada com o Barão de Santa Mônica, e Ana de Loreto, casada com o Visconde de Ururaí, e um varão, Luís Alves de Lima Filho, falecido na adolescência. Suas filhas deixaram conhecida descendência, em sua maioria, estabelecida em Macaé (RJ).
Em 1839, segue para o Rio Grande do Sul com uma força de 200 Permanentes, para lutar na Revolução Farroupilha. Em dezembro de 1839 passa o comando dos Permanentes, por ter sido nomeado presidente da Província do Maranhão.
Caxias tomou parte nas ações militares da Balaiada, na Província do Maranhão, em 1839. Foi nomeado para Presidente (governador) da Província do Maranhão e Comandante Geral das Forças Militares em operação, num esforço de união civil e militar. O papel que desempenhou, na resolução do conflito, valeu-lhe seu primeiro título de nobreza, o de Barão de Caxias, outorgado em 1841. O título faz referência à cidade maranhense de Caxias, palco de batalhas decisivas para a vitória das forças imperiais. Neste mesmo ano, foi eleito deputado à Assembléia Legislativa pela Província do Maranhão.
Dominou os movimentos revoltosos dos liberais em Minas Gerais e São Paulo (1842). Em 1845, quando decorria a Guerra dos Farrapos, recebeu o título de Marechal de Campo. Passou a ocupar o cargo de Presidente (governador) do Rio Grande do Sul. A sua ação militar e diplomática levou à assinatura da Paz de Ponche Verde em 1845, que pôs fim ao conflito. Sua atuação aliou ação militar com habilidade política, respeitando os vencidos. Contribuiu, assim, para a consolidação da unidade nacional brasileira e para o fortalecimento do poder central. Foi feito Conde de Caxias.
No plano externo, participou de todas as campanhas platinas do Brasil independente, como a campanha da Cisplatina (1825-1828), contra as Províncias Unidas do Rio da Prata. Comandante-chefe do Exército do Sul (1851), dirigiu as campanhas vitoriosas contra Oribe, no Uruguai, e Juan Manuel de Rosas, na Argentina (1851 - 1852). Comandante-geral das forças brasileiras (1866) e, pouco depois, comandante-geral dos exércitos da Tríplice Aliança (1867), na Guerra do Paraguai (1864-1870), Caxias, que já havia atuado como conselheiro no começo da guerra, assumiu o treinamento e a reorganização das tropas. Instituiu o avanço de flancos gerais, o contorno de trincheiras e o uso de balões cativos para espionagem. Finalmente, depois da célebre batalha de Itororó seguiu-se a campanha final, a Dezembrada, uma fase de vitórias, como as batalhas do Avaí e Lomas Valentinas, em dezembro de 1868, conduzindo à ocupação da cidade de Assunção. Retornando ao Rio de Janeiro, Caxias recebeu o título de duque, o único atribuído durante a época imperial.
VIDA POLITICA IMPERIAL
Na vida política do Império seu papel foi, também, significativo, como um dos líderes do Partido Conservador. Tornando-se senador vitalício desde 1845, foi presidente (governador) das províncias do Maranhão e Rio Grande do Sul, por ocasião dos movimentos revolucionários que venceu, e vice-presidente da província de São Paulo. Ministro da Guerra e presidente do Conselho por três vezes na segunda metade do século XIX (1855-1857, 1861-1862 e 1875-1878), procurou modernizar os regulamentos militares, substituindo as normas de origem colonial.
Na terceira vez em que ocupou a presidência do Conselho apaziguou os conservadores, divididos no que dizia respeito à questão da escravatura, encerrou o conflito entre o Estado e os bispos ("questão religiosa") e iniciou o aperfeiçoamento do sistema eleitoral. Em reconhecimento aos seus serviços, o Imperador Pedro II agraciou-o, sucessivamente, com os títulos de Barão, Conde, Marquês e Duque de Caxias.
MORTE
Retirou-se, por motivos de saúde, para a fazenda de Santa Mônica, em Desengano (hoje Juparanã, Rio de Janeiro) em 1878, onde morreu dois anos depois, em 7 de maio. Foi enterrado no jazigo de sua esposa, no Cemitério do Catumbi, onde repousou até 1949, quando seus restos foram exumados e trasladados para o Panteão Duque de Caxias.
Para culto de sua memória, o governo federal proclamou-o, em 1962, "patrono do Exército brasileiro". O dia do seu nascimento, 25 de agosto, é considerado o Dia do Soldado. Seu nome está inscrito no "Livro dos Heróis da Pátria".
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

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