Descrição tumular: Helio Rubiales
Gastão | |
---|---|
Príncipe Imperial Consorte do Brasil Príncipe de Orléans Conde d'Eu | |
Esposa | Isabel, Princesa Imperial do Brasil |
Descendência | Luísa Vitória de Orléans e Bragança Pedro de Alcântara, Príncipe do Grão-Pará Luís de Orleães e Bragança Antônio de Orleães e Bragança |
Casa | Orléans |
Nome completo | Luís Filipe Maria Fernando Gastão |
Nascimento | 28 de abril de 1842 |
Neuilly-sur-Seine, França | |
Morte | 28 de agosto de 1922 (80 anos) |
Oceano Atlântico | |
Enterro | Catedral de S. Pedro de Alcântara, Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil |
12 de maio de 1971 | |
Pai | Luís, Duque de Némours |
Mãe | Vitória de Saxe-Coburgo-Koháry |
Religião | Catolicismo |
Assinatura |
PERSONAGEM
Dom Luís Filipe Maria Fernando Gastão de Orléans, conde d'Eu (nascido na França: Louis Philippe Marie Ferdinand Gaston d'Orléans et Saxe-Cobourg et Gotha; Neuilly-sur-Seine, 28 de abril de 1842 – Oceano Atlântico, 28 de agosto de 1922), foi um nobre francês, conde d'Eu e príncipe de Orleans.
Morreu aos 80 anos de idade.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Tornou-se príncipe imperial consorte do Brasil por seu casamento com a última princesa imperial, D. Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, filha do último imperador do Brasil Dom Pedro II. Era neto de um rei de França. Faleceu quando voltava ao Brasil para celebrar o centenário da independência brasileira
Luís Filipe Maria Fernando Gastão nasceu em 28 de abril de 1842, em Neuilly, França, sendo filho de Luís Carlos Filipe Rafael d'Orléans, duque de Némours, e de Vitória de Saxe-Coburgo-Koháry. Seus avós paternos eram Luís Filipe I, rei dos franceses, e Maria Amélia de Bourbon-Sicílias, e seus avós maternos eram Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, príncipe de Koháry, e Maria Antônia de Koháry. Como membro da Casa Real da França, Gastão fazia parte da Casa de Orléans, ramo cadete dos Bourbon que por sua vez descendia da dinastia Capetíngea. Príncipe francês de nascimento, recebeu o título de conde d´Eu. O príncipe recebe uma educação refinada graças aos seus mestres Júlio Gauthier e o historiador Auguste Trognon, vindo a aprender diversas línguas, como o latim, inglês, alemão, português e o francês, esta como língua materna.
O seu avô foi destronado graças à Revolução de 1848, e com apenas cinco anos de idade, Gastão partiu para o exílio na Grã-Bretanha, vindo a retornar a sua terra natal somente em 1878. Sua família logo se estabeleceu num antigo casarão chamado Claremont, na região sul da Inglaterra, onde viveriam por vários anos. Aos treze anos de idade, em 1855, iniciou a sua carreira militar seguindo o curso de artilharia, o qual concluiria na Escola Militar de Segóvia, Espanha, onde obteve a patente de capitão. A razão pelo qual se mudou para a Espanha foi a orientação de seu tio, Antônio de Orléans, duque de Montpensier, que lá vivia após ter-se casado com a infanta Luísa Fernanda de Bourbon, irmã de Dona Isabel II, rainha da Espanha. Em 1857, perdeu precocemente a mãe, Vitória de Saxe-Coburgo-Koháry, pertencente à dinastia de Wettin, prima de Vitória do Reino Unido e irmã de D. Fernando II, Rei consorte de Portugal, casado com D. Maria II, irmã mais velha do imperador brasileiro Dom Pedro II.
VINDA AO BRASIL
Desembarcou no Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1864 na companhia do primo, Luís Augusto, duque de Saxe. Logo em seguida os dois primos se dirigiram ao Palácio de São Cristóvão para conhecer a família imperial do Brasil. No entanto, Gastão não se entusiasmou em relação às duas princesas, pois as considerou "feias". De início, o jovem conde d'Eu estava prometido a D. Leopoldina e seu primo a D. Isabel, mas após tê-los conhecido melhor, o imperador D. Pedro II resolveu inverter os pares. Gastão foi agraciado com a grã-cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro pouco tempo após chegar ao Brasil e foi, dias depois, proposto como presidente honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O casamento com a princesa herdeira do trono ocorreu em 15 de outubro de 1864. Décadas mais tarde, em 1892, Alfredo d'Escragnolle, visconde de Taunay, relembraria a sua opinião a respeito dos dois primos, relatando que o duque de Saxe "só mostrava gosto e vocação para passar a vida folgada e divertida, muito amante de caçadas, apreciador acérrimo da Europa e dos muitos gozos que lá se podem desfrutar à farta, ao passo que o conde d'Eu, com todos os defeitos que lhe possam apontar, estremecia viva e sinceramente o Brasil e, acredito bem, ainda hoje o ame com intensidade e desinteresse"
Ao casar-se com D. Isabel, Gastão buscou participar ativamente do governo brasileiro, realizando comentários e aconselhando quanto ao desenvolvimento do País. A realidade é que a ideia de servir como mera sombra da esposa o desagradava profundamente. No entanto, D. Pedro II nunca permitiu nem ao conde nem a D. Isabel que participassem das decisões do governo nem sequer discutia com o casal qualquer assunto relacionado ao Estado.[3] Essa situação criou sérias divergências com o sogro, que chegariam quase a ponto de rompimento se não fosse pela atuação de D. Isabel, que tentou a todo custo amenizar os desentendimentos entre o imperador e seu esposo. Com o tempo, Gastão se acostumou com a ideia de não ter capacidade decisória e a primeira vez em que tratou de política com D. Pedro II foi apenas em 1889.
ÚLTIMOS ANOS
Quando a República foi proclamada, em 1889, a família imperial brasileira se retirou em exílio para Portugal. O conde d'Eu permaneceu com D. Isabel e seus filhos na Europa.
Já em 1909, na iminência da renúncia de seu filho D. Pedro de Alcântara aos direitos dinásticos para se casar com a condessa Isabel Dobrzensky de Dobrzenicz, D. Luís Gastão tratou de legitimar junto aos orleanistas seus direitos à sucessão do trono francês, criando para si e seus descendentes o título de príncipe de Orléans e Bragança. Dessa forma, mantinha para seu varão primogênito a condição de príncipe, garantindo para os descendentes deste a possibilidade de se casarem com outros nobres sem o ser morganaticamente.
Retornou ao Brasil em 1921, já viúvo, para repatriar os restos dos imperadores e que atualmente se encontram no Mausoléu Imperial da Catedral de Petrópolis.
MORTE
O conde d'Eu morreu no ano seguinte, de causas naturais, a bordo do navio Massilia, que mais uma vez o trazia ao Brasil, para a celebração do primeiro centenário da independência do país. Ele e a princesa Isabel também estão sepultados atualmente na Catedral de Petrópolis.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação resumida: Helio Rubiales
Nenhum comentário:
Postar um comentário