“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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1 de jul. de 2011

GREGÓRIO BARRIOS - Arte Tumular - 498 - Cemitério do Morumbi, São Paulo, Brasil








Cemitério do Miorumbi


ARTE TUMULAR
Placa de bronze com o seu nome e datas gravados no gramado do cemitério.


Local: Cemitério do Morumbi, São Paulo, Brasil
Descrição tumular: Helio Rubiales


PERSONAGEM
Gregório Barrios Villabriga, ( Bibao, Espanha, 31 de janeiro de 1911 - São Paulo, Brasil, 17 de dezembro de 1978),foi um  grande cantor espanhol de boleros e canções
Morreu aos 67 anos de idade.

BIOGRAFIA
Em 1921, quando Gregorio Barrios estava com 10 anos de idade, os seus pais e mais três irmãos foram forçados a emigrar para a Argentina, devido a perseguição política que seu pai vinha sofrendo, por suas convicções socialista.
Na Argentina trabalharia desde logo em diversos empregos, até se fixar, durante 12 anos, na parte administrativa de uma empresa pavimentadora de estradas. Nessa empresa, chegaria a um posto de chefia. Mas fora num emprego anterior que, ao cantarolar em serviço, ouvira elogios do filho do dono, com um comentário que o despertaria para a possibilidade de seguir a carreira artística. 
Resolve então estudar canto, tendo o apoio de sua tia Epifânia, que custeia seus estudos. Foram quase 15 anos de aulas, ocupando todas as horas disponíveis, com o professor e tenor Abelleff e o barítono Iturbi, do Teatro Colón, de Buenos Aires.
INÍCIO DA CARREIRA 
Em 1938, passa a cantar na Rádio Callao. O nível artístico da emissora não era recomendável, e tendo o mesmo nome de seu avô, que respeitava muito, resolve adotar o pseudônimo de Alberto Del Barrios. Além de cançonetas e trechos de ópera, cantava tangos, mas cedo viu que não tinha queda para esse gênero. A consagração de nomes como Pedro Vargas, Olga Guillot, Alonso Ortiz Tirado e Elvira Rios, nos Estados Unidos, faz com que reconheça que seu caminho estava mesmo no bolero, com o sonho de um dia poder lançar boleros compostos também por autores argentinos. 

Em 1940, deixa seu emprego e assina contrato com exclusividade com a prestigiosa Rádio El Mundo, de Buenos Aires, na qual ficaria por muitos anos, apesar do assédio de outras poderosas rádios da capital Argentina. 

Em 1941, pela primeira vez vem atuar no Brasil, com uma passagem discreta pelo Cassino de São Vicente e pela Rádio Cruzeiro do Sul, de São Paulo. Três anos mais tarde, em 1944, tem a oportunidade de realizar uma nova temporada no Rio de Janeiro e Petrópolis, nos famosos cassinos Atlânticos e Quitandinha. Apresentava-se com um traje típico espanhol, cantando trechos de óperas e boleros. No decorrer dessa temporada, gravam um disco na Continental, lançado em março de 1945, com "Sé Mui Que Vendrás", bolero, e "Lamento Espanhol", canção.


Suas vindas ao Brasil cada vez mais se tornam comum, de tal modo que logo se tornaria como que um artista brasileiro. Nos clubes, nas rádios, nas casas noturnas, por toda a parte, capitais e interior, comparecia para levar seus sucessos e receber os aplausos de um público imenso e fiel. Atuava em toda a América do Sul, tendo ido a Portugal, Espanha e Cuba. Em Cuba, para uma temporada de menos de um mês, exigiu e recebeu uma quantidade fabulosa.
Com suas melodias sedutoras e uma poesia que consegue traduzir as mais profundas emoções, o bolero encontrou em Gregorio Barrios o seu maior intérprete, dentro de uma imensa discografia de 125 discos em 78 rotações e 43 LPs.
Durante os anos 50, a juventude tinha no bolero o melhor ritmo para dançar e cantá-lo tornou-se um hobby em qualquer evento. E Gregorio, com a beleza da voz de um dos mais privilegiados cantores, com seu poder interpretativo e sua presença física impecável, arrebatava os corações femininos e fazia vibrar jovens e velhos com sua arte.  Sua residência continuava sendo Buenos Aires, onde possuía uma suntuosa casa numa esquina da Calle Corrientes, hoje sede de uma embaixada, e uma casa de veraneio. Na Argentina, participaria de 3 filmes, sendo o galã de "Que Hermanita!". Em suas entrevistas, porém, sempre dizia que pretendia vir morar futuramente  no Brasil.
O tempo haveria de confirmar que não estava querendo apenas ser gentil com o público brasileiro. Em 1962, transfere sua residência para um apartamento em Copacabana, reduzindo sua atividade de cantor, porque passa a ser empresário do ramo de calçados. Instala uma fábrica em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Os resultados não são contudo os esperados. "Tive de fechar, pois como todo artista rom6antico sou um péssimo negociante." Por causa das pesadas dividas, volta, em 1969, a atuar com a mesma intensidade anterior. 

Em 1966, casa-se  com a brasileira, Carmen Jensen Ehrardt, catarinense do Vale de Itajaí, ex-miss Santa Catarina, trinta anos mais nova que ele. Era seu segundo casamento, do primeiro, teve um filho na argentina. Gregório e Carmen viveram juntos até a sua morte em 1978. Deixou uma filha, Carmen Patrícia.
Nos últimos 4 anos de carreira, faz-se acompanhar da Tropical Brazilian Band, que formara com músicos de São José do Rio Preto. Mantinha a média de 200 apresentações por ano. 
MORTE
Faleceu repentinamente em 17.12.1978, na sua residência em São Paulo, de um infarto do miocárdio. Na véspera, tinha se apresentado pela última vez num clube de Curitiba. 
Fontes: luso-poemas.net/modules/news/article.php, carosouvintes.org.br/,cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/gregorio-barrios.html#ixzz1QsmoB5Nq
Formatação e pesquisa:Helio Rubiales


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