“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



PESQUISAR: COLOQUE O NOME DO PERSONAGEM

25 de mai. de 2011

DIOGO ANTONIO FEIJÓ (Regente Feijó) - Arte Tumular - 488 - Cripta da Catedral da Sé de São Paulo, São Paulo










Cripta da Catedral de São Paulo
Catedral da Sé - São Paulo
ARTE TUMULAR
No sub-solo da Catedral da Sé de São Paulo, escada e colunas de granito levam à cripta, com piso de mármore carrara , em duas cores, preto e branco. O teto possui o mesmo estilo gótico da catedral. Em um dos lados (canto) ergue-se sobre uma base de granito negro baixa angulada , com um destaque retangular onde está o seu nome gravado em bronze. Logo acima um relevo em bronze com destaque para a representação do Regente  deitado acompanhados de membros religiosos e figuras angelicais.
LOCAL : Cripta da Catedral da Sé de São Paulo, São Paulo
Descrição Tumular: Helio Rubiales

Regente Feijó
Regente Feijó
Regente do Império do Brasil
Período12 de outubro de 1835
19 de setembro de 1837
MonarcaPedro II
Antecessor(a)Regência Trina Permanente
Sucessor(a)Pedro de Araújo Lima
Senador pela Província do Rio de Janeiro
Período1833
1843
Presidente do Senado do Império do Brasil
Período1839
1840
Antecessor(a)Manuel Jacinto Nogueira da Gama
Sucessor(a)Francisco Vilela Barbosa
Ministro da Justiça do Império do Brasil
Período5 de julho de 1831
3 de agosto de 1832
Antecessor(a)Manuel José de Sousa França
Sucessor(a)Pedro de Araújo Lima
Ministro dos Negócios do Império do Brasil e Administrador do Rio de Janeiro
Período3 de janeiro de 1832
3 de agosto de 1832
Antecessor(a)Lino Coutinho
Sucessor(a)Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque
Dados pessoais
Nome completoDiogo Antônio Feijó
Nascimento17 de agosto de 1784
São PauloCapitania de São PauloBrasil Colônia
Morte10 de novembro de 1843 (59 anos)
São PauloProvíncia de São PauloImpério do Brasil
Nacionalidadebrasileiro
PartidoPartido Liberal
ProfissãoFilósofoSacerdote
AssinaturaAssinatura de Diogo Antônio Feijó
PERSONAGEM
Diogo Antônio Feijó, também conhecido como Regente Feijó ou Padre Feijó (São Paulo, batizado a 17 de agosto de 1784 - São Paulo, 10 de novembro de 1843) foi um sacerdote católico e estadista brasileiro.
Morreu aos 59 anos de idade.
BIOGRAFIA
Criança regeitado , fora da casa do reverendo Fernando Lopes de Camargo, seu padrinho de batismo. Batizado na Sé, foi sua madrinha a viúva Maria Gertrudes de Camargo, irmã do reverendo. O reverendo e sua irmã, descendentes do bandeirante Fernão de Camargo, teriam acolhido o enjeitado por ser filho ilegítimo de sua outra irmã, de 25 anos, solteira, Maria Joaquina Soares de Camargo, o que foi confirmado pelos estudos de Ricardo Gumbleton Daunt, em 1945 .
Feijó foi criado pela própria Maria Joaquina, na casa dos tios. Embora se desconheça o nome de seu pai, alguns biógrafos apontam o cônego Manuel da Cruz Lima, de Curitiba, nomeado para o cabido da Diocese de São Paulo em 1788; outros, um parente próximo do falecido esposo de Maria Gertrudes, Félix Antônio Feijó. Todos concordam, entretanto, que Diogo Feijó sofreu com isso durante toda a vida e, em seu testamento, assinado a 3 de março de 1835, declarou: Para desfazer a maledicência, a calúnia e a infâmia, declaro que sou filho de Maria Gertrudes de Camargo e Félix Antônio Feijó.
Levado para Cotia, foi educado em Santana do Parnaíba pelo padre João Gonçalves Lima, seu padrinho de crisma. Sempre em contato com os Camargos, acompanhou-o para Guaratinguetá, de onde retornaram a Parnaíba em 1798, onde Feijó permaneceu até ser ordenado presbítero. Essa era a carreira recomendada para quem, na sociedade colonial, se sentisse predisposto à vida do espírito e à atividade intelectual.
Em 1818, aos 34 anos de idade, partiu para Itú, atraído pelo exemplo austero do padre Jesuíno do Monte Carmelo. Habituado a ensinar, recebeu do Bispo autorização para abrir uma aula de Filosofia Racional e Moral. Como outros padres brasileiros à época, era um liberal. Freqüentavam Itu Nicolau de Campos VergueiroÁlvares MachadoCosta Carvalho, e a eles se juntou o padre Feijó, certamente para comentar a Revolução Liberal do Porto de 24 de agosto de 1820. Quando D. João VI jurou, em 26 de fevereiro de 1821, a Constituição que estava sendo elaborada, os eleitores de Itu, desassombrados, reunidos para elegerem os membros da Junta Provincial para a eleição dos deputados às Cortes, intimaram o Ouvidor a deferir ao colégio eleitoral o juramento da futura Constituição portuguesa!
VIDA POLÍTICA
Havia então três macas em São Paulo: São Paulo, Itu, e Paranaguá e Curitiba. A Junta Eleitoral de Itu, secretariada pelo padre Feijó, se reuniu e compareceram 34 eleitores, sendo eleitos Nicolau de Campos VergueiroRafael Tobias de Aguiar, o próprio Feijó, Paula Sousa, Antõnio Pais de Barros e José de Almeida Leme . Foi sua iniciação política e, em breve, partiria para São Paulo, a tomar parte da Junta Eleitoral da Província, instalada a 6 de agosto de 1821.
Conheceu então os dois Andradas, José Bonifácio e Martim Francisco, com quem jamais se entenderia. A Junta, onde havia 18 membros, seis por cada comarca, elegeu a seguinte brilhante deputação: Antônio Carlos, o orador máximo de seu tempo; Vergueiro, figura complexa, mais tarde senador e membro da Regência Trina; José Ricardo da Costa AguiarPaula SousaFernandes Pinheiro, depois visconde de São Leopoldo, e Diogo Antônio Feijó, que seria Ministro da Justiça mais tarde e Regente do Império. Estava assim Feijó eleito deputado às Cortes Gerais e Extraordinárias de Lisboa, ao lado de homens eminentes de sua província.
O momento era de exaltação dos espíritos, revoltas como a dos militares em São Paulo e o motim em Santos em que Francisco José das Chagas, o cabeça, foi supliciado com horrenda crueldade: Feijó sempre guardou aversão a Martim Francisco, atribuindo-lhe responsabilidade. O regime instaurado em São Paulo pelos Andradas não era dos mais liberais, cheio de ranço absolutista - pois nada horrorizava mais José Bonifácio do que a desordem. D. João VI dera ao Brasil autonomia, elevara-o à categoria de nação, muitos acreditavam na possibilidade de duração do regime de união com Portugal. A melhor prova estava na eleição de deputados brasileiros às Cortes de Lisboa.
RESUMO DA SUA CARREIRA
Considerado um dos fundadores do Partido Liberal. Pode-se resumir bastante sua vida afirmando que exerceu o sacerdócio em Santana de Parnaíba, em Guaratinguetá e em Campinas. Foi professor de História, Geografia e Francês. Estabeleceu-se em Itu, dedicando-se ao estudo da Filosofia. Em seu primeiro cargo político foi vereador em Itu. Foi deputado por São Paulo às Cortes de Lisboa, abandonando a Assembléia antes da aprovação da Constituição. Era adversário político de outro paulista, José Bonifácio de Andrada e Silva. Era defensor da descentralização e de políticas liberais, entrando em conflito com a própria Igreja. Foi deputado geral por São Paulo (1826 e 1830), senador (1833), ministro da Justiça (1831-1832) e regente do Império (1835-1837).
DESTERRO E MORTE
barão de Monte Alegre não pensava como o barão de Caxias, de modo que Feijó acabaria preso, de verdade, e levado para São Paulo,de lá para Santos, chegando ao Rio de Janeiro a 23 de julho de 1842. Tinha Vergueiro em sua companhia. O governo determinou que os dois senadores seriam esterrados em Vitória, no Espírito Santo e para lá seguiram. De Vitória Feijó escreveu em 11 de agosto de 1842 carta ao padre Geraldo Leite Bastos, deportado para Lisboa, em que narra peripécias de seu desterro. O desterro durou cerca de cinco meses e Feijó por vezes se recolhia ao convento da Penha, dos franciscanos. Foram dadas ordens para que retornasse e ele reapareceu na tribuna do Senado a 12 de janeiro de 1843. Apresentou sua defesa no Senado, quando mal se sustinha de pé, na abertura da Sessão legislativa em 15 de maio de1843. Obteve licença para voltar a sua terra em 14 de julho, quando Honório Hermeto abandonou sua intransigência.
A morte de Diogo Antônio Feijó foi acarretada por uma série de fatores, passava por uma crise nervosa, durante uma recaída, decidiu sair para caminhar. Durante a caminhada, escorregou e caiu com a cabeça na pedra. Foi para o hospital com sérios problemas, e morreu de parada cardiorespiratória. Morreu depois de terríveis crises em agosto e em setembro, aos 59 anos, em 10 de novembro de 1843, antes da promulgação da sentença no processo movido contra ele no Senado. Foi levado a 14 de novembro, num dos enterros mais pomposos jamais vistos em São Paulo, apesar de ter pedido para ser sepultado «sem acompanhamento nem ofício», para a igreja dos Terceiros de Nossa Senhora do Carmo. Não lhe faltaram as honras militares prestadas pela tropa de todas as armas, na qualidade de grã-cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro. Anos depois seus parentes o fizeram transladar para a igreja da Ordem Terceira de São Francisco.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

Nenhum comentário: