“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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6 de mai. de 2010

SANTOS DUMONT- Arte Tumular-43- Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, Brasil






Precedido por
Graça Aranha
Lorbeerkranz.png ABL - segundo acadêmico da cadeira 38
1931
Sucedido por
Celso Vieira








Escultura de Icaro

Portal do túmulo
ARTE TUMULAR
Base tumular composta por vários blocos de granitos sobrepostos representando uma colina. Do alto ergue-se a escultura em bronze de *Icaro, da mitologia grega, com as penas presas ao braço como se inciciasse um vôo. Logo abaixo na base do túmulo de formato quase quadrado está a porta ou tampo que dá acesso ao mausoléu, também em granito, ladeados por argolas de bronze e com o seu nome gravado. Na parte frontal mediana lateral, encravado na rocha um relevo circular em bronze de Santos Dumont, e logo abaixo, gravado na pedra a homenagem do aeroclube francês.
Abaixo, perto da porta, há uma guirlanda de bronze representando a vitória e uma palma entrelaçada, também em bronze que representa a gloria e o êxito sobre a morte. Ladeando o tumulo há uma série de placas comemorativas em bronze.
*ICARO
Na mitologia grega, Ícaro, filho de Dédalo e de uma escrava de Minos, chamada Neucrata. Com seu pai, fugiu do labirinto onde Minos os havia aprisionados. Querendo fugir do Minotauro, seu pai lhe fez asas de penas e cera.
Antes de levantar vôo, o pai recomendou-lhe que mantivesse em altitude média, nem muito alto (perto do Sol, cujo calor derreteria a cera), nem muito baixo (perto do mar, cuja umidade tornaria as asas pesadas). Entretanto, no entusiasmo de poder voar, o jovem esqueceu os conselhos do pai e elevou-se tanto nos ares que perdeu as asas, precipitando-se no mar. Todo aquele que desejando subir muito, se vê depois vítima de sua ambição.
LOCAL: Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, Brasil
Coordenadas GPS: clique para ver o local: [22°57'32.18"S / 43°11'16.92"W]
Fotos: Wikipédia e santos-dumont.net
Descrição tumular: Helio Rubiales

Santos Dumont
Santos Dumont em 1902
Nome completoAlberto Santos Dumont
Nascimento20 de julho de 1873
PalmiraMinas GeraisBrasil
Morte23 de julho de 1932 (59 anos)
GuarujáSão PauloBrasil
Nacionalidadebrasileiro
Etniafranco-brasileiro
ProgenitoresMãe: Francisca de Paula Santos
Pai: Henrique Dumont
Ocupação
Principais trabalhosDirigível Nº 6
14-bis
Demoiselle
PrêmiosPrêmio Deutsch
Prêmio Archdeacon
Assinatura
Assinatura do Santos Dumont 2.gif
PERSONAGEM
Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, São Paulo,23 de julho de 1932) foi um aeronauta, inventor e engenheiro brasileiro, considerado um dos pioneiros da aviação.
Morreu aos 59 anos de idade.

BIOGRAFIA
Alberto Santos Dumont foi o sexto filho de Henrique Dumont, engenheiro formado pela Escola Central de Artes e Manufaturas de Paris, e Francisca de Paula Santos. O casal teve ao todo oito descendentes, três homens e cinco mulheres: Henrique dos Santos Dumont, Maria Rosalina Dumont Vilares, Virgínia Dumont Vilares, Luís dos Santos Dumont, Gabriela, Alberto Santos Dumont, Sofia e Francisca.
Em 1874 a família se mudou da Fazenda de Cabangu, localizada em Palmira, Minas Gerais, onde vivia, para Valença, no Rio de Janeiro. Aí adquiriu a Fazenda do Casal, junto à estação ferroviária de mesmo nome. Foi nesse lugar que Santos Dumont começou a dar mostras, por assim dizer, dos trabalhos aeronáuticos que tanto destaque lhe trariam, pois, conforme declarações dos seus pais, com apenas um ano de idade ele costumava furar balõezinhos de borracha para ver o que tinham dentro.  E foi em Valença que ocorreu o batismo de Santos Dumont, na Matriz de Santa Teresa, em 20 de fevereiro de 1877, pelo padre Teodoro Teotônio da Silva Carolina.
Em 1879 os Dumont venderam a Fazenda do Casal e se estabelecerem no Sítio do Cascavel, em Ribeirão Preto, onde compraram a Fazenda Arindeúva, de José Bento Junqueira, de mil e duzentos alqueires. A propriedade, que logo ganhou o nome de Fazenda Dumont, em poucos anos se transformaria no maior estabelecimento agrícola do Brasil.

INICIAÇÕES
Santos Dumont projetou, construiu e voou os primeiros balões dirigíveis guiados. Ao fazer isso ele se tornou a primeira pessoa a demonstrar que o vôo controlado era possível. Esta conquista lhe rendeu o Prêmio Deutsch em 19 de outubro de 1901, quando em em um vôo contornou a Torre Eiffel com o seu dirigível nº 6, transformando-se em uma das pessoas mais famosas do mundo durante o século XX.
Além do seu trabalho pioneiro com dirigíveis, Santos Dumont foi o primeiro a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico e o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e populares. Em 23 de outubro de 1906, ele voou cerca de 60 metros a uma altura de dois a três metros com seu 14 Bis ou Oiseau de proie' (francês para "ave de rapina"), no Campo de Bagatelle, em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando vôo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para lançamento.
Apesar de a maioria dos países do mundo considerar os Irmãos Wright como osinventores do avião, por uma decolagem ocorrida em 17 de dezembro de 1903, com o uso de uma catapulta, o 14-Bis teve uma decolagem auto-propulsada, e por isso, Santos Dumont é considerado em seu país de origem, o Brasil e em alguns países, como a França, como o "Pai da Aviação".
I
NICIAÇÃO NO ALPINISMO E AUTOMOBILISMO
Em 1891, com 18 anos, Santos Dumont fez uma viagem turística à Europa. Na Inglaterra passou alguns meses aperfeiçoando o seu inglês, e na França escalou o Monte Branco. Essa aventura, a quase 5.000 metros de altitude, acostumou-o a alturas elevadas. No ano seguinte, emancipado pelo pai, voltou à França e ingressou no automobilismo. Também iniciou estudos técnico-científicos com um professor de origem espanhola chamado Garcia. Em 1894 viajou para os Estados Unidos, visitando Nova Iorque, Chicago e Boston


INICIAÇÃO AO BALONISMO
Em 1897, já independente e herdeiro de imensa fortuna – contava 24 anos –, Santos Dumont partiu para a França, onde contratou aeronautas profissionais que lhe ensinaram a arte da pilotagem dos balões. Sabe-se que em 1900 ele já havia criado nove balões, dos quais dois se tornaram famosos: o Brazil e o Amérique. O primeiro, estreado em 4 de julho de 1898, foi a menor das aeronaves até então construídas – inflado a hidrogênio, cubava apenas 118 metros –, e com o segundo obteve em 13 de junho de 1899 o quarto lugar num torneio aéreo, a Taça dos Aeronautas, destinada ao balonista que pousasse mais distante do ponto de partida, após 325 quilômetros percorridos e 22 horas de vôo.

INICIAÇÃO NO DIRIGIBILISMO
Simultaneamente ao balonismo, Santos Dumont começou experiências de dirigibilidade. Ansiava por poder controlar o vôo, e para isso desenhou uma série de balões alongados dotados de lemes e motores a gasolina. Construiu o N-1 em 1898, o N-2 e N-3 em 1899, o N-4 em 1900, o balão “Faton” em 1901, o N-5 e N-6 em 1901.

Vídeo: historiasvivas

INICIAÇÃO NA AVIAÇÃO Em outubro de 1904 três prêmios de aviação foram fundados na França: o Prêmio Archdeacon, oPrêmio do Aeroclube da França e o Prêmio Deutsch-Archdeacon. O primeiro, promovido pelo milionário Ernest Archdeacon, concederia 3.000 francos (600 dólares) para quem voasse 25 metros; o segundo, instituído pelo aeroclube francês, concederia 1.500 francos (300 dólares) para quem voasse 100 metros; e o terceiro, patrocinado por Henri Deutsch de la Meurthe e Ernest Archdeacon, concederia 50.000 francos (10.000 dólares) para quem voasse 1.000 metros em circuito fechado, isto é, retornando ao ponto de partida. Com exceção do Prêmio Deustch-Archdeacon, que não admitia que o aparelho concorrente se valesse em momento algum de balão para a sustentação, os outros prêmios deixavam aberta a questão da decolagem. O vôo podia se dar em terreno plano ou desnivelado, em tempo calmo ou sob vento – o Prêmio do Aeroclube de França exigia que o vôo fosse contra o vento –, e o uso de motor não era obrigatório. Isso conferia passe livre para que planadores e ornitópteros movidos pela força humana também pudessem concorrer. Era expressamente exigido por todos os prêmios, porém, que a prova ocorresse na França e sob a supervisão de uma comissão aeronáutica convocada no mais tardar na noite da véspera.
Pouca coisa do que era pedido era inédita. Inventores, em outros países, já haviam cumprido ou até mesmo superado algumas das metas requeridas. Na Alemanha, Otto Lilienthal efetuou no início da década de 1890 milhares de vôos planados descendentes, atingindo com freqüência distâncias bem maiores que os 25 metros estipulados pelo Prêmio Archdeacon. E nos Estados Unidos, os irmãos Wright faziam desde 1903 vôos cada vez mais longos em planadores motorizados, valendo-se para decolar ora de ventanias, ora de um engenhoso sistema de catapultagem, mas sempre sem qualquer controle oficial.
Os prêmios instigaram Alberto Santos Dumont, um abastado e experiente balonista brasileiro desde 1897 residente na França, a se dedicar ao mais pesado. Estava dado o passo para que criasse o 14 bis

MORTE
Em 9 de Julho, desencadeia-se um movimento constitucionalista em São Paulo. Diversas forças políticas procuram restabelecer a normalidade democrática sufocada pela ditadura getulista. Santos-Dumont entusiasma-se. Está na praia do Guarujá a convalescer. Redige um manifesto aos mineiros incitando-os a porem-se ao lado dos paulistas. Mas o governo de Getúlio Vargas vai reprimir brutalmente o movimento. Na manhã de 23 Alberto veio até à praia e ajuda um menino a elevar o seu colorido papagaio de papel. Corrigido o peso da cauda, endireitada uma vareta da estrutura, o papagaio sobe orgulhoso nos ares. O menino exulta e bate palmas. Dumont sorri ternamente e olha os céus. Nessa altura ouve-se um ruído crescente e na linha de horizonte cresce uma esquadrilha aérea. São aviões federais que vão bombardear um cruzador paulista ancorado em Santos. Brasileiros matam brasileiros servindo-se de uma máquina que ele inventou e foi aperfeiçoando, passo a passo, com tanto amor e ilusão...
Vai para casa e suicida-se nessa noite.
Fonte: pt.wikipedia.org,  projetoleiah.tripod.com e vidaslusofonas.pt
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales
Reformatado: 06.05.2010

4 comentários:

Unknown disse...

v foi nessa Fazenda do Monte perto de Sertãozinho que o meu avô que veio da Itália em 1893 iniciou a sua vida no Brasil portanto temos alguma coisa de ligação com A Fazenda do Monte

Unknown disse...

Meu bisavô Ângelo presoto

VERA disse...

Gostei muito do texto sobre a vida e obra do nosso Pai da aviação.

Unknown disse...

Viva o pai da aviação