“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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5 de mai. de 2010

AKHENATON ' FARAÓ - Arte Tumular - 413 - Valley of the Kings, Luxor,Qina Governorate, Egypt


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Interior da câmara 

Vale dos Reis

ARTE TUMULAR
Ele foi enterrado inicialmente em sua nova capital, Amarna, mas é quase certo que seu corpo não permanece nesse local. Tem sido sugerido que ele foi enterrado na tumba KV55 no Vale dos Reis, Tebas. Seus restos mortais nunca foram identificados. Após a morte de Akhenaton, os templos de Aton e muitos de seus edifícios e monumentos foram demolidos, o Egito retornou ao politeísmo e ao Capitólio para Tebas
LOCAL: Valley of the Kings, Luxor,Qina Governorate, Egypt
Foto: José L.Tronchoni, Mongose e Well.
Descrição Tumular: Helio Rubiales


PERSONAGEM
Akhenaton ou Aquenáton (cujo nome inicial foi Amen-hotep IV ou, na versão helenizada, Amenófis IV) foi um grande faraó da XVIII Dinastia egípcia. A historiografia credita esta personalidade com a instituição de uma religião monoteísta entre os egípcios, numa tentativa de retirar o poder político das mãos dos sacerdotes, principalmente aqueles do deus Amon da cidade de Tebas.
Para concentrar o poder na figura do faraó, ou para apenas retirar o poderio dos sacerdotes, Akhenaton instituiu o deus Aton como a única divindade que deveria ser cultuada, sendo o próprio faraó o único representante e mediador dessa divindade. Outras fontes acreditam que Akhenaton apenas queria retirar o poder dos sacerdotes, que em muito influenciavam a vida política dos egípcios, de forma muitas vezes nocivas.

BIOGRAFIA
Amen-hotep era filho de Amen-hotep III, o nono rei da XVIII Dinastia e da rainha Tié. Cresceu no palácio de Malkata, localizado a sul da cidade de Tebas. Durante o reinado do seu pai o Egito viveu uma era de paz, prosperidade e esplendor artístico. Não se sabe muito sobre a sua infância, dado que não era hábito entre os antigos Egípcios documentar a vida das crianças da família real. Teve provavelmente como preceptor Amen-hotep Filho de Hapu e ao que parece enquanto jovem era fisicamente débil, não lhe agradando as atividades relacionadas com a caça e o manejo de armas.
Amen-hotep não estava destinado a ser rei do Antigo Egito. Este lugar iria ser ocupado pelo seu irmão mais velho, o príncipe Tutmés, que era filho de Amen-hotep III com Gilukhipa, uma esposa secundária filha do rei de Mitanni. Porém, Tutmés morreu antes do ano 30 do reinado do pai (possivelmente no ano 26) e Amen-hotep acedeu à categoria de "Filho Maior do Rei", ou seja, herdeiro do trono.

Amen-hotep tinha sido criado para ser sacerdote do templo de Heliópolis, cidade do Baixo Egipto que era o centro do culto do deus solar Rá. Quando o seu irmão faleceu é possível que também tenha herdado o cargo de sumo-sacerdote de Ptah, deus associado aos artistas.
Akhenaton tornou-se rei aos quinze anos por volta de 1364 a.C. Os investigadores dividem-se em torno de uma possível co-regência de Amen-hotep III e do seu filho, não existindo certeza a este respeito. Associar um filho ao trono ainda em vida de faraó foi um recurso utilizado por vários reis egípcios de modo a garantir uma sucessão sem problemas.
Pensa-se que nesta altura já estaria casado com Nefertiti, a sua famosa esposa. Durante muito tempo defendeu-se que Nefertiti teria uma origem estrangeira, devido ao fato do seu nome significar "a bela chegou", mas atualmente a maioria dos investigadores considera que ela seria egípcia, talvez natural da cidade de Akhmim. A união entre ambos parece ter sido imposta pela mãe, que seria tia de Nefertiti; no entanto, entre os dois desenvolveu-se um grande afeto e Nefertiti alcançou um protagonismo político sem antecedentes entre as esposas reais.
No ano 3 do seu reinado Amen-hotep celebrou o festival "sed". Estes festivais eram celebrados quando o faraó fazia trinta anos de reinado. Não se sabe a razão que levaria Amen-hotep a celebrar este festival tão cedo. O que sabe é que no festival apenas mencionou o nome do deus Aton. As cerimónias do "sed" tiveram lugar numas das estruturas referidas anteriormente, conhecida como o Guemetpaaton.

DE AMEN-HOTEP A AKHENATON
No ano 5 do seu reinado o jovem rei decide mudar de nome. De Amen-hotep, nome que significa "Amon está satisfeito" muda para Akhenatono que significa "o espírito atuante de Aton", o que representou o seu repúdio ao deus Amon. O rei declarou-se também filho e profeta de Aton, uma divindade representada como um disco solar. Akhenaton instituiu o deus Aton como a única divindade que deveria ser cultuada, sendo o próprio faraó o único representante dessa divindade.
O que há de novo na religião introduzida por Akhenaton é o lugar central de Aton, remetendo outros deuses ao desaparecimento ou a uma posição secundária. Dessa forma, Akhenaton pode ser considerado o criador da idéia do Monoteísmo.
Não se sabe ao certo qual teriam sido as motivações de Akhenaton para tomar esta atitude.

GOVERNO DE AKHENATON
Akhenaton deixou-se absorver pelo sua devoção a Aton, ou talvez pela sua personalidade artista e pacifista, descuidando os aspectos práticos da administração do Egipto. Perante este desinteresse, Aye e o general Horemheb, duas personalidades que mais tarde se tornariam faraós, desempenharam um importante papel no governo.
Entre o ano 8 e o ano 12 sabe-se que Akhenaton desencadeou uma perseguição aos antigos deuses, e em particular, aos deuses que estavam associados à cidade de Tebas, Amon, Mut e Khonsu. O faraó ordenou que os nomes destes deuses fossem retirados de todas as inscrições em que se encontravam em todo o Egipto. Esta situação atingiu diretamente não só os sacerdotes, mas a própria população. As descobertas da arqueologia mostram que os donos de pequenos objetos retiraram os hieróglifos do deus Amon deles, numa atitude de autocensura, temendo represálias. Entretanto, em registros arqueológicos de funcionários do faraó, por exemplo, pode-se encontrar, por vezes, utensílios relacionados a antigas divindades politeístas e até mesmo nomes de pessoas que faziam menção ao antigos deuses. Isso pode ser um indício de que, mesmo sob a reforma monoteísta Akhenaton, havia certa tolerância religiosa.

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ÚLTIMOS ANOS
Akhenaton reinou por cerca de 17 anos. Aproximadamente no ano 15 do seu reinado surge um misterioso co-regente chamado Smenkhkare. Alguns egiptólogos acreditam que Smenkhkare era a rainha Nefertiti que assumiu atributos de faraó para tornar suave a transição de governo para o herdeiro do trono que, nessa época, deveria ter por volta de quatro anos de idade. Outros acreditam que ele era, na verdade, o filho mais velho de Akhenaton e irmão de Tutankhamon, que lhe sucedeu.
Seja como for, nada se sabe sobre Nefertiti após o ano 15. Na opinião de Cyril Aldred, Nefertiti morreu no ano 13 ou 14 do reinado de Akhenaton. Kia também teria desaparecido mais ou menos na mesma altura que Nefertiti e Meritaton, filha de Akhenaton e Nefertiti, tornou-se a primeira dama do reino.
Nada se sabe sobre a morte de Akhenaton a não ser que faleceu no 17.º ano de seu reinado. A sua múmia foi talvez queimada ou colocada no Vale dos Reis. Suspeita-se que tenha sido assassinado a mando dos sacerdotes, prejudicados por sua administração austera.
Smenkhkare reinou por cerca de dois anos até que, aos oito anos de idade, o jovem Tutankhaton foi elevado ao trono do Egito. Seu breve reinado (ele morreu quando tinha aproximadamente 18 anos de idade) foi marcado pela reaproximação da família real com o clero tebano do deus Amon. Tanto que o faraó recém entronizado trocou o seu nome para Tutankhamon (a imagem viva de Amon), selando uma certa paz com os sacerdotes de Tebas e com as antigas tradições egípcias. As radiografias feitas na múmia de Tutankhamon mostram um golpe no crânio, o que levanta a hipótese de ter sido assassinado. Tutankhamon foi sucedido por Aye, que reinou três anos, e este por sua vez foi sucedido por Horemheb.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e Pesquisa: Helio Rubiales

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