“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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19 de mai. de 2010

ANA BOLENA - Arte Tumular - 418 - Chapel of Saint Peter-ad-Vincula, Tower of London, England






Ana Bolena
c. 1501/1507 – 19 de maio de 1536
Precedida por
Catarina de Aragão
Coat of Arms of Anne Boleyn.svg
Rainha Consorte da Inglaterra
28 de maio de 1533 – 17 de maio de 1536
Sucedida por
Joana Seymour






Lápide no piso da Capela


Local da lápide ao lado do altar



Detalhe da lápide

Local onde foi executada

Detalhe

Detalhe

Placa com os sepultados na capela
Capela
ARTE TUMULAR
Lápide no piso da Capela em frente ao altar onde supostamente o seu corpo foi sepultado.
LOCAL: Chapel of Saint Peter-ad-Vincula, Tower of London ,London, Greater London, England
Plot: Chapel Royal
Fotos: The Boleyn Girl (Flickr) Connie Nissinger, Robert Schalter, Donald Greyfield, David Connway e Scott Michaels.
Descrição Tumular: Helio Rubiales

PERSONAGEM
Ana Bolena (em inglês: Anne Boleyn; Norfolk, c. 1501/1507 — Torre de Londres, 19 de Maio de 1536) foi marquesa de Pembroke e a segunda mulher de Henrique VIII de Inglaterra e mãe da rainha Isabel I da Inglaterra. O seu casamento com Henrique VIII foi polêmico do ponto de vista político e religioso e resultou na criação da Igreja Anglicana. A ascensão e queda de Ana Bolena, considerada a mais controversa rainha consorte de Inglaterra, inspiraram inúmeras biografias e obras ficcionais.
Morreu aos 29 anos de idade.

Ana Bolena
Rainha Consorte da Inglaterra
Reinado28 de maio de 1533
19 de maio de 1536
Coroação1 de junho de 1533
PredecessoraCatarina de Aragão
SucessoraJoana Seymour
 
MaridoHenrique VIII de Inglaterra
DescendênciaIsabel I de Inglaterra
CasaBolena (por nascimento)
Tudor (por casamento)
Nascimentoc. 1501 ou 1507
 Blickling, Norfolk ou Hever, KentInglaterra
Morte19 de maio de 1536 (entre 29-35 anos)
 Londres, Inglaterra
EnterroCapela Real de São Pedro ad VinculaLondresInglaterra
PaiTomás Bolena, 1.º Conde de Wiltshire
MãeIsabel Howard
ReligiãoAnglicanismo
AssinaturaAssinatura de Ana Bolena
Brasão

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Ana era filha de Tomás Bolena, Conde de Wiltshire e de Isabel Howard, filha do Duque de Norfolk.

A data e local do seu nascimento permanecem incertos no intervalo 1501-1507. Ana foi educada nos Países Baixos, na corte de Margarida, Arquiduquesa da Áustria. Por volta de 1514, viajou para a corte francesa onde se tornou numa das aias da rainha Cláudia de Valois (mulher de Francisco I), onde aprendeu a falar francês e se familiarizou com a cultura e etiqueta deste país. Esta experiência haveria de se mostrar decisiva na formação da sua personalidade.

Em Janeiro de 1522, Ana Bolena regressou à Inglaterra por ordens do pai e entrou ao serviço de Catarina de Aragão, a consorte do rei Henrique VIII de quem a sua irmã, Maria Bolena, era então a amante "oficial". Neste período, Ana desenvolveu uma relação com Henry Percy, o filho do Conde de Northumberland, e os dois chegaram a estar secretamente noivos. O casamento foi impedido pelo pai de Percy por razões incertas e Ana foi afastada da corte. Em meados de 1525, estava de regresso e no ano seguinte, substituiu a sua irmã mais nova nas atenções do rei.

A SERVIÇO DO REI
A princípio, Ana seduziu-o, estimulou todos os avanços de Henrique VIII, mas não aceitava ser sua amante, queria o trono da Inglaterra. O fato de Maria Bolena ter dado ao Rei uma filha e um filho despertou nele a intenção de casar-se novamente para produzir um herdeiro legítimo, já que Catarina de Aragão não parecia ser capaz de produzir um herdeiro varão para a casa de Tudor.

O poder de Ana aumentou de forma excepcional. Tornou-se influente na diplomacia inglesa ao estabelecer uma relação de amizade com Monsieur de la Pommeraye, embaixador francês. O diplomata John Barlow espiava no Vaticano às suas ordens. Em 1532, Henrique VIII tornou-a Marquesa de Pembroke, fazendo-a a primeira mulher a receber um título nobiliárquico de seu pleno direito. A sua família foi também beneficiada: o pai recebeu o Condado de Ormonde e o irmão, Jorge Bolena, tornou-se Visconde Rochford. Ana não era no entanto uma personagem popular. Em 1531 os apoiantes da rainha Catarina organizaram uma manifestação contra Ana Bolena que reuniu oito mil mulheres nas ruas de Londres.

DE AMANTE A ESPOSA DO REI
Finalmente, em 1532, em Calais, Henrique VIII e Ana Bolena tornaram-se amantes. A 25 de Janeiro de 1533, antes do anúncio oficial da dissolução unilateral do casamento com Catarina de Aragão,

Henrique casou-se secretamente com Ana, no Palácio de Whitehall. Esta pressa pode ter estado relacionada com uma gravidez de Ana e a necessidade de Henrique VIII em não deixar sombra de dúvidas quanto à legitimidade de um herdeiro. Em 23 de Maio de 1533, Cranmer, presente num tribunal especial convocado pelo Priorado de Dunstable para se pronunciar sobre a validade do casamento do rei com Catarina de Aragão, declarou esse casamento como nulo e sem efeito. Cinco dias depois, em 28 de Maio de 1533, o Bispo Cranmer declarou o casamento de Henrique e Ana como válido.

Catarina perdeu o seu título e, consequentemente, a 1 de junho, Ana foi coroada Rainha de Inglaterra numa cerimônia magnífica na Abadia de Westminster, precedida de um suntuoso banquete. Em resposta, o povo londrino mostrou o seu desagrado, comparecendo poucas pessoas. Henrique VIII foi excomungado pelo Papa Clemente VII por esta afronta ao direito canônico, declarando que à luz do mesmo, o seu casamento com Catarina de Aragão continuava válido. Em 7 de Setembro de 1533,

Ana deu à luz uma menina, a futura Isabel I de Inglaterra.
Enquanto rainha, Ana Bolena procurou introduzir muitos aspectos da cultura francesa na corte da Inglaterra. Continuou influente junto do rei e diz-se que foi por sua indicação que a maioria dos bispos da nova Igreja Anglicana conseguiram o seu posto. Henrique VIII parecia satisfeito com ela em tudo, menos na falta de um herdeiro. As gestações subsequentes acabaram em abortos espontâneos e no nascimento de nati-mortos, o que resultou no desapontamento do rei. Em Janeiro de 1536,

Catarina de Aragão morreu de doença prolongada, provavelmente câncer, e Ana teve o mau gosto de celebrar o evento vestida de amarelo quando o resto da corte, incluindo Henrique VIII, se encontrava de luto pela Princesa de Gales. A partir de então Henrique VIII começou a afastar-se da mulher, que consequentemente se tornou vulnerável a intrigas. A gota d'água terá sido a subida de Joana Seymour, aia de Ana Bolena, ao estatuto de amante.

SUA PRISÃO
Em 2 de Maio de 1536, após cerca de 1000 dias como rainha consorte da Inglaterra, Ana foi presa na Torre de Londres, acusada, juntamente com o seu irmão Jorge, de adultério, incesto e alta traição. Além de, no desespero para gerar um herdeiro ao trono, ser acusada de ter tido relações com seu irmão Jorge Bolena, dando à luz um 'monstro'. Cinco homens, incluindo o seu irmão, foram também presos e interrogados sob tortura. Baseado nas confissões resultantes, o Parlamento condenou Ana Bolena por traição a 15 de Maio.

 O casamento com Henrique VIII foi anulado dois dias depois, por razões desconhecidas, uma vez que os registos foram destruídos.

CONDENADA A MORTE
Há uma curiosidade que permite avaliar a personalidade forte e marcante de Ana Bolena e segundo fontes históricas, aconteceu por ocasião de sua execução. Alguns, inclusive, dizem ter sido um último recurso da rainha para retardar a consumação da execução, ainda esperançosa de um perdão real por parte de Henrique VIII, perdão este que estaria sendo defendido pela sua irmã, Maria.

Quando informada da sua iminente execução, Ana Bolena fez chegar a Henrique VIII uma exigência - não aceitaria ser morta por um carrasco inglês, que utilizava o machado para a decapitação. Exigia a "importação" de um carrasco francês, pois estes usavam a espada. Para justificar a sua exigência, teria dito "uma Rainha da Inglaterra não curva a cabeça para ninguém e em nenhuma situação", pois as execuções com a espada eram feitas com a vítima ajoelhada, mas com a cabeça erguida.

MORTE
Na manhã de sexta-feira, 19 de Maio, Ana Bolena foi executada, não na Torre Verde, mas sim num andaime erigido sobre o lado norte da Torre Branca, em frente do que é hoje as Casernas de Waterloo. Ela usava um saiote vermelho sob um avulso, um vestido de tordilha de damasco aparado na pele e um manto de arminho. Acompanhada por duas assistentes do sexo feminino, Ana fez seu último passeio da Casa da Rainha à Torre Verde e ela olhou "como se ela não fosse morrer". Ana subiu o cadafalso e fez um breve discurso para a multidão:

“ Bom povo cristão, vim aqui para morrer, de acordo com a lei, e pela lei fui julgada para morrer, e por isso não vou falar nada contra ela. Não vim aqui para acusar ninguém, nem para falar de algo de que sou acusada e condenada a morrer, mas rezo a Deus para que salve o rei e que ele tenha um longo reinado sobre vós, pois nunca um príncipe tão misericordioso esteve lá: e para mim ele será sempre um bom, gentil e soberano Senhor. E se qualquer pessoa ponha isso em causa, obrigá-la-ei a julgar os melhores. E assim deixo o mundo e todos vós, e sinceramente desejo que todos rezem por mim. Ó Senhor, tem misericórdia de mim, eu louvo a Deus a minha alma ”

Simulação da execução
Ana obteve o que requisitava, mostrando que até nos seus últimos momentos, ainda era capaz de impressionar o rei. Ela foi decapitada por um carrasco francês, tal como pedira. Henrique não providenciou um sepulcro para Ana, e assim o seu corpo e a cabeça foram enterrados num túmulo desmarcado na Capela Real de São Pedro ad Vincula. O seu esqueleto foi identificado durante a renovação da capela, no reinado da Rainha Vitória e o local de repouso de Ana está marcado no chão em mármore.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e Pesquisa: Helio Rubiales

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