“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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13 de jan. de 2010

SÃO VICENTE DE PAULO - Arte Tumular - 331 - Eglise Saint Vincent de Paul, Paris, Ile-de-France Region, France









Vista superior da capela



Vista geral
ARTE TUMULAR
Monumental altar mor em mármore, em estilo gótico, contruído em quatro níveis, ladeados por colunas que sustentam a cobertura em forma de arco. Encimando o altar está o tumulo de São Vicente de Paulo. Um esquife ricamente entalhado em formato curvo, protegido por um vidro, aloja o corpo incorrupto do santo que permanece intacto desde o seu sepultamento. Uma escada circular atrás do altar dá acesso ao túmulo, com visitas restritas.
Em 1789, 52 anos depois da sua morte, seu corpo foi exumado pelo Arcebispo de Paris, acompanhado por dois bispos, dois promotores da fé, um doutor, um cirurgião e um número de sacerdotes de sua ordem, incluindo o Superior Geral Fr. Bonnet. "Quando abriram a tumba, ele estava igual que quando foi sepultado. Somente nos olhos e nariz se via algo de deterioração. Contaram 18 dentes. Seu corpo não havia sido movido e se via que estava inteiro. Não se sentia nenhum cheiro e os doutores testificaram que o corpo não havia podido ser preservado por tanto tempo por meios naturais. Foi rntão transferido para o atual esquife, apenas foi aplicada uma fina camada de cera no corpo.
LOCAL: Eglise Saint Vincent de Paul, Paris, Ile-de-France Region, France
Fotos: Otaciliojs (picasaweb.google.com/otaciliojs45, AK
Descrição tumular: Helio Rubiales


Vicente de Paulo
corpo incorrupto de S. Vicente
PresbíteroCapelão-Geral e Real da França
Fundador da Ordem Lazarista
NascimentoPouy, França 
24 de abril de 1581
MorteParis 
27 de setembro de 1660 (79 anos)
ProgenitoresMãe: Bertrande de Moras
Pai: Jean de Paul
Veneração porIgreja Católica
Beatificação13 de agosto de 1729
Roma
por Papa Bento XIII
Canonização16 de junho de 1737
Roma
por Papa Clemente XII
Principal temploCapela de São Vicente de Paulo, 95, Rue de Sèvres, Paris, França
Festa litúrgica27 de setembro
Padroeirodas Obras de Caridade
Gloriole.svg Portal dos Santos

PERSONAGEM
São Vicente de Paulo (Pouy, 24 de abril de 1581 — Paris, 27 de setembro de 1660) foi um sacerdote católico francês, declarado santo pelo Papa Clemente XII em 1737. Foi um dos grandes protagonistas da Reforma Católica na França do século XVII.
Morreu aos 79 anos de idade.
BIOGRAFIA
São Vicente de Paulo nasceu em uma terça-feira de Páscoa, em 24 de abril de 1581, na aldeia Pouy, sul da França. Vicente foi batizado no mesmo dia de seu nascimento.Era o terceiro filho do casal João de Paulo e Bertranda de Moras, camponeses profundamente católicos. Seus seis filhos receberam o ensino religioso em casa através de Bertranda.
Desde cedo se destacou pela notável inteligência e devoção. Fez seus primeiros estudos em Dax, onde, após 4 anos, tornou-se professor. Isto lhe permitiu concluir os estudos de teologia na Universidade de Toulouse. Foi ordenado sacerdote, aos dezenove anos, em 23 de setembro de 1600.
Ordenou-se padre e logo passou pela primeira provação: uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança - uma pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.
No retorno desta viagem a Marselha, em 1605, o navio em que se encontrava foi atacado por piratas turcos. Padre Vicente sobreviveu ao ataque, mas foi feito prisioneiro. Os turcos o conduziram a Túnis, onde foi vendido como escravo para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, foi herdado pelo sobrinho do químico, que o vendeu para um fazendeiro, um renegado, que antes era católico e, com medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas: uma era turca e ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou-se e quis saber o significado do que ele cantava. Ciente da história, ela censurou o marido por ter abandonado uma religião que para ela parecia tão bonita. O patrão de Padre Vicente arrependeu-se e propôs a ele uma fuga para a França, que só se realizou dez meses depois, já em 1607.
Eles atravessaram o Mar Mediterrâneo em uma pequena embarcação e conseguiram chegar à costa francesa. De Aigues-Mortes foram para Avinhão, onde encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o renegado abjurou publicamente, retornando à Igreja Católica. Vicente e o renegado ficaram vivendo com o Vice-Legado e, quando este precisou viajar a Roma, levou-os em sua companhia. Durante a estadia na cidade, Padre Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico. E o renegado foi admitido em um mosteiro, onde se tornou monge.
O Papa precisou mandar um documento sigiloso para o Rei Henrique IV da França e Padre Vicente foi escolhido como fiel depositário. Devido a sua presteza, o Rei Henrique IV nomeou-o Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot. Padre Vicente era encarregado da distribuição de esmolas aos pobres e fazia visitas aos enfermos no hospital de caridade em nome da rainha. Após o assassinato de Henrique IV da França, em 1610, São Vicente passou um ano na Sociedade do Oratório, fundada pelo Cardeal Pierre de Bérulle. Mais tarde, padre Bérulle foi nomeado Bispo de Paris e indicou Vicente de Paulo para vigário de Clichy, subúrbio de Paris.
Na missa dominical, ele fazia com o povo a confissão comunitária. Conseguiu outros padres para as confissões, pois eram muitos os que queriam esse sacramento.
Sua piedade heróica conferiu-lhe o cargo de Capelão Geral e Real da França. Vendo o abandono espiritual dos camponeses, fundou a Congregação da Missão, que são os Padres Lazaristas, para evangelização do "pobre povo do interior". A Congregação da Missão demorou de 1625 até 12 de janeiro de 1633 para receber a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo-a.
Em 1643, Luís XIII pediu para ser assistido, em seu leito de morte, por Vicente, tendo morrido em seus braços. A seguir foi nomeado pela Regente Ana d'Áustria, de quem era o confessor, para o Conselho de Consciência (para assuntos eclesiásticos dessa Regência)
Num apelo que o padre Vicente fez durante sermão em Châtillon, nasceu o movimento das Senhoras Damas da Caridade (Confraria da Caridade). A primeira irmã de caridade foi a camponesa Margarida Nasseau, que contou com a orientação de Santa Luísa de Marillac e que, mais tarde, estabeleceu a Confraria das Irmãs da Caridade, atuais Filhas da Caridade. De apenas quatro irmãs no começo, a Confraria conta, hoje, com centenas delas. Foi também ele o responsável pela organização de retiros espirituais para leigos e sacerdotes, através das famosas conferências das terças-feiras (Confraria de Caridade para homens).
MORTE
Segundo São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o "padre mais santo do século". Faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mor  da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado pelo Papa Clemente XII em 16 de junho de 1737. Em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales

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