“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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27 de ago. de 2024

ELIZANGELA - Arte tumular - 1826 - Crematório do Cemitério da Penitência, na zona norte do Rio de Janeiro, Brasil

    

 

  CREMAÇÃO
    Seu corpo foi cremado e as cinzas entregue aos familiares

Local: Crematório do Cemitério da Penitência, na zona norte do Rio de Janeiro, Brasil




Elizangela
Elizangela, em outubro de 2005.
Nome completoElizangela do Amaral Vergueiro
Outros nomesElisângela
Nascimento11 de dezembro de 1954
Rio de JaneiroDF
Morte3 de novembro de 2023 (68 anos)
GuapimirimRJ
Causa da morteparada cardiorrespiratória
Nacionalidadebrasileira
Ocupação
Período de atividade1962–2023
Principais trabalhosver lista
PrêmiosVeja lista completa
Carreira musical
Gênero(s)MPB
Instrumento(s)vocais

PERSONAGEM
Elizangela do Amaral Vergueiro (Rio de Janeiro,[ 11 de dezembro de 1954 – Guapimirim, 3 de novembro de 2023), mais conhecida simplesmente pelo seu nome monônimo Elizangela, foi uma atriz, cantora e apresentadora brasileira. Com uma carreira de mais de cinco décadas, ela alcançou sucesso em vários campos do entretenimento. Umas das atrizes mais conhecidas da teledramaturgia brasileira, recebeu vários prêmios, incluindo um Prêmio Extra, além de ter recebido indicações para um Prêmio APCA e dois Troféus Imprensa. 
Morreu aos 68 anos

SINOPSE ARTÍSTICA
Elizangela fez sua estreia na televisão ainda criança, apresentando vários programas infantis, como Essa Gente Inocente e Capitão Furacão. Em 1969 fez sua estreia como atriz no filme Quelé do Pajeú, pelo qual venceu o prêmio de Melhor Atriz Revelação no Festival de Cinema de Santos. Em 1971 estreou como atriz na televisão com uma personagem secundária na novela O Cafona, da TV Globo, que lhe rendeu a indicação ao Troféu Imprensa de Revelação do Ano. Alcançou o auge de seu sucesso na década de 1970 por sua intensa participação em produções televisivas, sobretudo por sua personagem Patrícia, uma das protagonistas de Locomotivas (1977).

Ao mesmo tempo, Elizangela iniciou carreira musical com o sucesso "Pertinho de Você". A música se tornou um hit em todo o país no ano de 1978, ficando no topo das paradas ao longo de vários meses, e ela teve seu talento reconhecido em diversas premiações. Ela se popularizou por suas personagens intensas, sensuais e extravagantes, geralmente cômicas, como a adolescente Emilene em Pecado Capital (1975), a dissimulada Mariúcha de Jogo da Vida (1982), a obsessiva Marilda Mathias de Roque Santeiro (1985), a extravagante Rosemary Pontes de Pedra sobre Pedra (1992) e a fogosa Noêmia de O Clone (2001). Em 2004, viveu um dos momentos mais marcantes e lembrados da sua carreira ao interpretar a chantagista Djenane Pereira em Senhora do Destino, melhor amiga da vilã Nazaré Tedesco, interpretada por Renata Sorrah. 

Elizangela recebeu aclamação do público e da crítica por sua performance dramática na novela do horário nobre A Força do Querer (2017), na pele da sofrida Dona Aurora, mãe da personagem Bibi Perigosa (Juliana Paes), uma das protagonistas da trama, que se envolve na vida do crime e do tráfico. Por esse trabalho, venceu o Prêmio Extra de Melhor Atriz Coadjuvante, recebendo indicações para o Prêmio APCA de Melhor Atriz de Televisão e ao Prêmio de Melhores do Ano de Melhor Atriz Coadjuvante.

BIOGRAFIA
Caçula de três irmãs, seu pai era um executivo e sua mãe, dona de casa. Seus pais se separaram quando ela tinha 1 ano e meio, e assim, teve pouquíssimo contato com o pai. Sua mãe voltou a ser manicure e doceira após a separação, e teve que criar as três filhas sozinha, com uma pequena pensão do ex-marido, onde passou por muitas dificuldades. Elizangela, então, começou a trabalhar ainda criança, aos 8 anos de idade, ajudando a mãe a vender doces junto com as irmãs. Elizângela e as irmãs viam o pai raramente, quando ele vinha a trabalho no Rio.

CARREIRA
Começou na televisão como assistente de palco e atriz mirim no Clube do Guri da TV Tupi Rio e em 1965 apresentou o programa Essa Gente Inocente na TV Excelsior do Rio. Na Globo Rio estreou em 1966 no Clube do Capitão Furacão, programa infantil da Globo Rio comandado por Pietro Mário. Em 1969, aos quinze anos de idade, participa do filme Quelé do Pajeú como a irmã violentada do protagonista, vivido por Tarcísio Meira. Começou a atuar em novelas nos anos 70, chamando a atenção por seu carisma e beleza natural, tornando-se uma das musas de sua geração. 

Iniciou a carreira de cantora sem muita expectativa. Queria cantar por amor, adorava cantar, mas nunca pensou ser profissional. Todos elogiavam sua voz, e por isso decidiu tentar. A carreira de atriz estava instável, e decidiu lançar-se a novos rumos. Gravou um disco em 1978 um compacto simples/single que continha as canções "Ele ou Você" e "Pertinho de Você", distribuído pela gravadora RCA para todo o Brasil e exterior. O single vendeu mais de um milhão de exemplares e a canção do lado B do compacto, "Pertinho de Você" ficou entre as mais tocadas por 52 semanas no Brasil e é recordista de audiência no ECAD. Elizangela ficou muito surpresa, e emocionada quando foi premiada como uma das melhores cantoras do país. Após o estrondoso sucesso, a atriz sofreu pressão da indústria fonográfica e teve que decidir entre interpretar ou cantar, e resolveu desistir da carreira de cantora. "Era uma manipulação horrorosa. Queriam me forçar a entrar em um gênero e eu queria buscar meu estilo".

A artista optou por deixar  seu nome artístico somente Elizangela, ou "Elisângela".

Em 1975, despontou como a jovem Emilene - seu nome era a junção do nome das cantoras Emilinha Borba e Marlene -, irmã caçula da protagonista Lucinha (Betty Faria) na primeira versão de Pecado Capital. A partir daí, interpretou diversos personagens marcantes na televisão, sobretudo cômicas e sensuais, entre eles a mimada Patrícia de Locomotivas (1977), a dissimulada Mariúcha de Jogo da Vida (1982) - que deseja conquistar o patrão -, a obsessiva Marilda de Roque Santeiro (1985) - ex- mulher de Roberto Mathias (Fábio Jr.), a extravagante Rosemary Pontes de Pedra sobre Pedra (1992), a suburbana Magnólia de Por Amor (1997) - que traía o marido Oscar (Tonico Pereira) com o garotão Genésio (Ricardo Macchi), a fogosa Noêmia de O Clone (2001) - massagista e confidente das mulheres árabes - , a interesseira Shirley de Cobras & Lagartos (2006) - madrasta do malandro Foguinho (Lázaro Ramos), a cafetina misteriosa Cilene de A Favorita (2008) - testemunha do crime cometido por Flora (Patrícia Pillar) - a rabugenta Nicole no remake de Ti Ti Ti (2010) - cujo verdadeiro nome era "Daguijene" - e a ex-Miss Brasil Íntima Falcão em Aquele Beijo (2011).

Além das novelas, Elizangela participou na década de 80 de diversos programas e humorísticos na emissora, entre eles Os Trapalhões, chegando à surgir rumores na época de que a atriz era filha do trapalhão Zacarias, boato até hoje acreditado por algumas pessoas, mas que sempre foi negado por ela.

De 1985 a 1992 ficou afastada da Rede Globo, que estava deixando muitos atores na famosa "geladeira", e muitos estavam se afastando dessa emissora. Elizangela, então, foi chamada para atuar na Rede Manchete. Ficou lá por pouco tempo já que a novela que protagonizara - Tudo ou Nada - não deu um bom resultado. Após meses vivendo de pequenas peças teatrais, recebeu um convite de Older Cazarré para viajar e apresentar peças de teatro, e foi o que a salvou em tempos de vacas magras.

Conseguiu voltar para a Globo pois Chico Anysio a chamou para participar de um quadro e ela foi conversar com os diretores, que pediram a sua volta para as novelas.

Em 2004, viveu um dos momentos mais marcantes e lembrados da sua carreira, ao interpretar a chantagista Djenane Pereira, em uma participação especial na novela Senhora do Destino. A personagem era a melhor amiga da vilã Nazaré Tedesco, interpretada por Renata Sorrah e a única a saber seu segredo. A dupla rendeu momentos inesquecíveis na trama. 

Em agosto de 2007 integrou o elenco do sucesso Os Monólogos da Vagina, de Eve Ensler, com tradução, adaptação e direção de Miguel Falabella, dividindo o palco com Fafy Siqueira e Vera Setta, substituindo Tânia Alves. 

Em 2016, transferiu-se para a RecordTV, onde interpreta Milah na novela bíblica A Terra Prometida. 

Em 2017, volta para a TV Globo, onde viveu um dos grandes momentos de sua carreira, ao interpretar a sofrida Aurora Duarte, mãe de Bibi Perigosa (Juliana Paes), que sofre por ver a filha se envolver no mundo do tráfico, na novela A Força do Querer, de Glória Perez; papel pela qual foi muito elogiada e premiada. 

Em 2019, gravou uma participação especial na novela A Dona do Pedaço, seu último papel na televisão. Em 2021, repetiu a parceria de mãe e filha com Juliana na comédia Amor sem Medida, uma produção da Netflix baseada no filme argentino Corazón de León. 

VIDA PESSOAL
Aos 18 anos, em 1972, casou-se pela primeira vez, com o engenheiro Jorge Humberto Moreira, que foi seu primeiro namorado. Com ele teve sua única filha, Marcelle, que nasceu em 1974. Ficaram casados por 7 anos, mas desentendimentos fizeram a relação terminar de forma tranquila. Tentou ficar amiga do ex-marido, e sofria por ver a filha apegada ao pai, e não queria separá-la dele. Fez um acordo, e ficou morando com o pai de sua filha por mais 3 anos, já que não queria que sua filha fosse criada longe do pai, pois sabe como isso é muito traumático e difícil. Eles conviveram como irmãos nesse período e Elizangela só saiu de casa com a filha porque ele casou-se novamente.

Durante sua vida passou grandes dificuldades financeiras, inclusive para criar a filha adolescente. Nessa época ainda morava sozinha com a filha, e a Globo, emissora na qual trabalhava, não estava chamando para novos trabalhos. A pensão do ex-marido não era alta e só dava para o sustento da filha. Sem grandes trabalhos, acabou atuando em pequenas peças de teatro. Ela fez um teatral chamado Lar Doce Lar, até que o presidente da época, Fernando Collor, proibiu o teatro por causa da censura. Elizangela, então, por dívidas acumuladas e falta de pagamento, foi despejada de seu apartamento, e passou a morar com a mãe, economizando ao máximo para conseguir pagar o aluguel dela. Desesperada, mandou a filha ir morar com o pai, pois não queria a menina passando fome junto com ela e sua mãe. Após alguns meses vivendo de pequenas peças de teatro e passando necessidade para pagar o aluguel da mãe, deu a volta por cima e enfim conseguiu novos contratos de trabalho através de antigas amizades. 

Financeiramente mais estável, voltou a morar sozinha com a filha. Neste período teve alguns namorados, e até então não pensava numa segunda união, até que conheceu um homem com quem decidiu viver junto. Seu segundo casamento foi com um empresário. O matrimônio durou 8 anos, até 2001. A separação foi amigável e se tornaram amigos após o término. Após essa separação, sua filha, que é bailarina, já estava casada com a empresária paraibana Micheline Torres, e Elizangela foi morar sozinha. Em entrevistas revelou que aceitou com naturalidade a homossexualidade de sua única filha, e que tem muito orgulho em ter uma filha lésbica. 

Em 2015 perdeu sua neta, fruto de uma inseminação artificial que sua filha havia feito. Manuela nasceu prematura de sete meses, vindo a falecer poucas horas após o nascimento, o que a deixou muito abalada. 

MORTE
Em 3 de novembro de 2023, a atriz passou mal em casa e deu entrada no Hospital Municipal José Rabello de Mello em Guapimirim com parada cardiorrespiratória. A atriz acabou falecendo após uma tentativa sem êxito de reanimação.

Fonte: wikipedia
Formatação: Helio Rubiales

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