“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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1 de jun. de 2020

JULIO PRESTES - Arte Tumular - 1519 - Cemitério São João Batista, Itapetininga, São Paulo, Brasil




recedido por
Antônio Dino da Costa Bueno
Presidente de São Paulo
1927 — 1930
Sucedido por
Heitor Penteado
Precedido por
Washington Luís
Brasil.
Presidente do Brasil

não tomou posse (1930)
Sucedido por
Junta Governativa Provisória de 1930






ARTE TUMULAR 
Tumulo em formato quadrado, em granito natural polido, composto por três níveis , dois laterais e um central  que compõe o interior do jazigo. No tampo central esta esculpida, também em granito, uma cruz latina. Na cabeceira tumular (lápide) destaca-se o seu nome esculpido no granito
Local: Cemitério São João Batista, Itapetininga, São Paulo, Brasil
Descrição tumular: Helio Rubiales

Júlio Prestes
Presidente do Brasil
PeríodoNão tomou posse em razão da Revolução de 1930
Vice-presidenteVital Soares
Antecessor(a)Washington Luís
Sucessor(a)Junta Governativa Provisória de 1930
13.º Governador de São Paulo
Período17 de julho de 1927
a 21 de maio de 1930
Antecessor(a)Carlos de Campos
Sucessor(a)Heitor Penteado
Dados pessoais
Nome completoJúlio Prestes de Albuquerque
Nascimento15 de março de 1882
ItapetiningaSão PauloImpério do Brasil
Morte9 de fevereiro de 1946 (63 anos)
São PauloSP
Nacionalidadebrasileiro
CônjugeAlice Viana Prestes
PartidoPRPUDN
ProfissãoAdvogado e fazendeiro
AssinaturaAssinatura de Júlio Prestes

PERSONAGEM
Júlio Prestes de Albuquerque (Itapetininga, 15 de março de 1882 — São Paulo, 9 de fevereiro de 1946) foi um poeta, advogado e político brasileiro. Filho do quarto presidente do estado de São Paulo, Fernando Prestes de Albuquerque, e Olímpia de Santana, foi casado com Alice Viana. Foi o último presidente do Brasil eleito durante a o período conhecido como República Velha, mas, impedido pela Revolução de 1930, não assumiu o cargo.
Morreu aos 63 anos

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Júlio Prestes foi o único político eleito presidente da república do Brasil pelo voto popular a ser impedido de tomar posse. Foi o décimo terceiro e último presidente eleito do estado de São Paulo (1927–1930), apesar de Heitor Penteado tê-lo sucedido como presidente interino devido à candidatura de Prestes à presidência da República. Em 23 de junho de 1930 tornou-se o primeiro brasileiro a ser capa da revista Time.

INÍCIO DA CARREIRA
Graduado em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1906. Casou com Alice Viana Prestes, com quem teve 3 filhos. Iniciou sua carreira política em 1909, elegendo-se deputado estadual em São Paulo pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Reelegeu-se várias vezes até 1923, defendendo o funcionário público de São Paulo. Apresentou, como deputado estadual, os projetos de lei que criaram o Tribunal de Contas de São Paulo e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Foi autor da lei que incorporou a Estrada de Ferro Sorocabana ao patrimônio do Estado de São Paulo. Na Revolta paulista de 1924, combateu na Coluna Sul, junto com Ataliba Leonel e Washington Luís, expulsando os rebeldes da região da Sorocabana.

DEPUTADO FEDERAL
Em 1924, foi eleito para a Câmara dos Deputados, onde exerceu a liderança da bancada dos deputados paulistas. Posteriormente, assumiu a presidência da Comissão de Finanças e a liderança da bancada governista do presidente Washington Luís.

PRESIDENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
Seu pai, o coronel Fernando Prestes de Albuquerque, diversas vezes deputado e presidente do estado de São Paulo entre 1898 e 1900, ocupava o cargo de vice-presidente do estado na gestão de Carlos de Campos, que foi vítima de embolia cerebral e faleceu em 27 de abril de 1927. Em seguida à morte de Carlos de Campos, o coronel Fernando Prestes renunciou ao cargo de vice-presidente. Com a vacância dos cargos de presidente e vice, foram realizadas novas eleições e Júlio Prestes foi eleito presidente do estado de São Paulo. Júlio Prestes assumiu o governo do estado de São Paulo em 14 de julho de 1927.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Em 1929, Júlio Prestes foi indicado, depois de uma consulta a todos os 20 governadores de estado, por Washington Luís como candidato do governo à sucessão presidencial, contando com o apoio do oficialismo, ou seja, os governadores de dezessete estados. Negaram apoio a Júlio Prestes apenas os Governos de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba.

Júlio Prestes passou o governo de São Paulo ao seu vice, Heitor Penteado, e candidatou-se à Presidência da República, tendo como candidato a vice Vital Soares, então presidente da Bahia.

Essa indicação, porém, desagradou o Partido Republicano de Minas Gerais (PRM), especialmente os partidários do governador Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, que esperava que fosse mantida a tradição de revezamento entre mineiros e paulistas na Presidência da República, regra não escrita que garantira a estabilidade da República Velha. O vice-presidente da República Melo Viana, mineiro, e seus partidários mantiveram o apoio a Washington Luís e Júlio Prestes.

O PRM, então, articulou a Aliança Liberal, integrada pelos oficialismos de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, a que se somaram forças opositoras de diversos estados.

Os candidatos da Aliança Liberal foram o presidente do Rio Grande do Sul Getúlio Vargas, para a Presidência da República, e o presidente da Paraíba, João Pessoa, para vice.

Após uma campanha acirrada, em 1 de março de 1930, realizaram-se as eleições. Pela contagem oficial finalizada pelo Congresso Nacional em maio de 1930, o candidato Júlio Prestes, chamado de "Candidato Nacional", obteve 1.091.709 votos contra 742.794 votos recebidos por Getúlio Vargas, chamado "Candidato Liberal". Em São Paulo, Júlio Prestes teve 91% dos votos. Como era hábito nos pleitos da República Velha, o resultado oficial foi recebido com descrédito pelos candidatos derrotados e por boa parte da opinião pública, havendo acusações de fraude também contra a Aliança Liberal.

 Após a divulgação dos resultados oficiais, Júlio Prestes passou o governo do estado em definitivo para o seu vice-presidente Heitor Penteado, em maio de 1930, e viajou para o exterior, sendo recebido como presidente eleito em Washington, Paris e Londres. Discursando em Washington, Júlio Prestes afirmou que o Brasil nunca seria uma ditadura. Júlio Prestes só retornou a São Paulo em 6 de agosto, sendo recebido por uma multidão de adeptos, na Estação da Luz.

No Brasil, a situação tornava-se tensa com as denúncias de fraude veiculadas pela Aliança Liberal e, sobretudo, pelo assassinato do candidato à Vice-Presidência pela coligação, João Pessoa. Nesse ambiente, começou a gestar-se uma revolução que visava a depor o presidente Washington Luís antes da transmissão do mando a Júlio Prestes.

 A Revolução de 1930 teve início em 3 de outubro de 1930. Enquanto as forças revolucionárias colhiam sucessos em sua campanha que avançava do Rio Grande do Sul rumo ao Rio de Janeiro, em 24 do mesmo mês, Washington Luís foi deposto por um golpe militar gestado na Capital Federal. Instalou-se no poder uma junta militar que, no dia 3 de novembro de 1930, entregou o poder a Getúlio Vargas, líder das forças revolucionárias.

EXÍLIO E MORTE
 Após a deposição de Washington Luís, Júlio Prestes, já de regresso ao Brasil, pediu asilo ao Consulado britânico. Viveu no exílio até 1934, quando retornou ao Brasil após a reconstitucionalização do país, passando a dedicar-se ao cultivo do algodão em sua Itapetininga natal, na fazenda Araras, de seu pai, o Coronel Fernando Prestes.

Ainda no exílio, apoiou, fervorosamente a Revolução de 1932. Criticou a Revolução de 1930, quando, em 1931, estava em Portugal dizendo:

“ O que não compreendo é que uma nação, como o Brasil, após mais de um século de vida constitucional e liberalismo, retrogradasse para uma ditadura sem freios e sem limites como essa que nos degrada e enxovalha perante o mundo civilizado! ” 

Nos quatro anos de exílio, Júlio Prestes voltou a fazer poesia, sua paixão de juventude. Merecem menção o poema de desabafo "Brutus", dedicado ao seu cachorro, e "Prece", poema sobre seu exílio em Portugal. Nas duas obras, os versos buscam revelar a angústia vivida longe do país e dos amigos que, segundo o autor, não lhe foram solidários no momento de maior necessidade.

Tanto Júlio Prestes quanto os demais políticos da República Velha, tiveram suas administrações devassadas pela chamada "Justiça Revolucionária" e por um "Tribunal Especial" criado, por decreto de Getúlio Vargas em 1930. Esse "Tribunal Especial" encerrou suas atividades meses depois, sem nada ter encontrado de irregular nas administrações de Júlio Prestes e dos demais próceres políticos da República Velha.

Escreveu uma carta a Getúlio Vargas, apoiando a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

Júlio Prestes somente voltou à cena política em 1945, com a deposição de Getúlio Vargas por novo golpe militar, que levou à redemocratização do país, após a promulgação da Constituição de 1946.

Júlio Prestes foi fundador da União Democrática Nacional (UDN) e membro da comissão diretora desse partido. Faleceu no ano seguinte.

Júlio Prestes escondeu, no porão da casa sede de sua fazenda, seu arquivo particular, onde este permaneceu emparedado, por 50 anos, para não ser confiscado pela Revolução de 1930. No Centenário de Júlio Prestes em 1982, como parte das comemorações, seu arquivo particular foi desenterrado e doado ao Arquivo Público do Estado de São Paulo.

MORTE
Morreu em São Paulo.
Fonte:pt.wikipedia.org
Formataçao: Helio Rubiales

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