“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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24 de mar. de 2014

MONTGOMERY CLIFT - Arte Tumular - 969 - Friends Quaker Cemetery Brooklyn Kings County New York, USA





ARTE TUMULAR 
Lápide simples em granito natural com o seu nome e datas gravados

Local: Friends Quaker Cemetery Brooklyn Kings County New York, USA
Fotos: George Krauss, Lorenzo Briebs
Descrição tumular: Helio Rubiales



PERSONAGEM
Edward Montgomery Clift (Omaha, Nebraska, 17 de outubro de 1920 – Nova Iorque, NI, 23 de julho de 1966) foi um ator norteamericano
Morreu aos 45 anos de idade.
RESUMO BIBLIOGRÁFICO
O obituário do The New York Times reconheceu sua interpretação como "temperamental, jovem e sensível". Clift protagonizou o inovador docudrama The Big Lift, de 1950. Ele frequentemente atuava como "vítima e herói"; exemplos incluem o alpinista social em Um Lugar ao Sol de George Stevens, um padre católico angustiado em I Confess de Alfred Hitchcock, o soldado Robert E. Lee Prewitt em From Here to Eternity de Fred Zinnemann e um judeu intimidado por antissemitas em The Young Lions, de Edward Dmytryk.
PRIMEIROS ANOS
Edward Montgomery Clift nasceu em 17 de outubro de 1920 em Omaha. Era filho de William Brooks Clift, vice-presidente do Omaha National Bank, e sua esposa Ethel Fogg (adotada pelos Fogg), eles se casaram em 1914. Clift tinha uma irmã gêmea fraterna, Roberta, e um irmão, William Brooks Jr. (nascido em  1918), que teve um filho ilegítimo com a atriz Kim Stanley. A história de sua mãe, apelidada de "Sunny" marcou sua infância. Sunny foi adotada pelos Fogg e soube aos 18 anos pelo doutor Edward E. Montgomery que seus verdadeiros pais eram Woodbury Blair e Maria Anderson. Os Blair e os Anderson eram conhecidas famílias de políticos e generais da Guerra de Secessão. Sunny lutou toda sua vida para que a reconhecessem e educou seus filhos para que fossem reconhecidos. Em 1928, Monty, como era conhecido, embarcou com seus irmãos e sua mãe em viagens para Europa.
CARREIRA ARTÍSTICA
Com sua aparição na Broadway aos treze anos, Clift obteve êxito nos palcos e atuou ali durante dez anos antes de viajar a Hollywood, debutando em Rio Vermelho (1948), com John Wayne. Tanto John Wayne como Walter Brennan se sentiram indignados pela homossexualidade de Clift e mantiveram-se afastados dele durante as gravações do filme. Por sua parte, Clift se sentia ofendido pelas inclinações ultraconservadoras dos atores. Em 1958, recusou um papel em Rio Bravo, que o teria reunido novamente com Wayne e Brennan. Seu papel ficou com Dean Martin. Também em 1948, Clift foi nomeado ao Oscar de melhor ator por sua interpretação em Perdidos Na Tormenta. Desde então, começaria um novo modelo de ator protagonista: sensível, emocional e com uma beleza melancólica, o tipo de homem que uma mulher gostaria de cuidar. Sua carreira esteve repleta de êxitos, interpretando muitos papéis que foram nomeados ao Oscar e convertendo-se em um ídolo por sua presença e atrativo. Suas cenas de amor com Elizabeth Taylor em Um lugar ao sol (1951) estabeleceu um novo padrão para o romance no cinema. Seus papeis em A Um Passo da Eternidade" (1953), onde interpreta um soldado de infantaria (Robert E. Lee Prewitt), e em Os Deuses Vencidos (1958) são considerados os mais importantes de sua carreira. Em 1956, durante as filmagens de "A Árvore da Vida", Clift foi de encontro a um poste telefônico com o seu Chevrolet, ao tentar sair bêbado de uma festa promovida por Elizabeth Taylor, uma de suas melhores amigas. Ele e Liz Taylor, a quem chamava de Bessie Mae, foram grandes amigos até sua morte. As filmagens de "A Árvore da Vida" ficaram interrompidas até sua recuperação, dois meses depois. Esse episódio marcou o começo de sua dependência de barbitúricos e drogas mais pesadas. Depois do acidente seguiu um caminho de autodestruição que é considerado o "suicídio mais longo vivido em Hollywood". Em seu primeiro filme após o acidente de carro, Clift protagonizou Rio selvagem (1960), junto com Lee Remick, um filme incluído no Registro Nacional dos Estados Unidos. Também co-protagonizaria Os Desajustados de 1961, que foi o último filme feito por Marilyn Monroe e Clark Gable. Monroe, que estava tendo problemas emocionais, descreveu Clift como «a única pessoa que conheço que está pior do que eu». Seu estilo de vida autodestrutivo estava arruinando sua saúde. A Universal mandou-o embora em 1962, durante a gravação de Freud, além da alma por suas frequentes ausências. Em Julgamento em Nuremberg de 1961, Clift teve uma atuação de sete minutos. Também participaram do filme Spencer Tracy, Marlene Dietrich, Maximilian Schell, Burt Lancaster e Judy Garland. O diretor, Stanley Kramer, escreveria em suas memórias que Clift não conseguia recordar suas falas. Mas, ao mesmo tempo, exclamaria: " Clift é um dos três ou quatro maiores atores que existem". 
SEXUALIDADE
Segundo alguns autores, Montgomery Clift era homossexual. Outros argumentam que era bissexual. Seu biógrafo Michelangelo Capua afirma que «Monty dormiu tanto com homens como com mulheres, esperando descobrir suas próprias preferências sexuais». Diz ainda que a mãe de Clift «fala sem problemas da homossexualidade do filho: ‘Monty se deu conta que era homossexual muito cedo. Creio que tinha doze ou treze anos». ("Montgomery Clift: a Biography", p. 22) Patricia Bosworth, que pode falar com sua família e muitas pessoas que conheciam o ator, escreve em seu livro "Montgomery Clift": «Antes do acidente, Monty tinha incontáveis romances com homens e mulheres. Encaixava com sua personalidade ter relações desta maneira…depois do acidente e sua dependência química, passou a ser um homem mais sério e o sexo passou a ser menos importante para ele». De todo modo, sempre deu mais importância aos velhos amigos como Bill Le Massena, Maureen Stapleton, Elizabeth Taylor, Libby Holman e Ann Lincoln. 
MORTE
Montgomery Clift morreu em 23 de julho de 1966 aos 45 anos por complicações de saúde devido a sua dependência ao álcool e às drogas em seu apartamento em Nova York. Foi enterrado no cemitério Quaker, no Brooklyn.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

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