“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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5 de nov. de 2013

MENINA IZILDINHA - Arte Tumular - 933 - Mausoléu na cidade de Monte Alto, São Paulo, Brasil






ARTE TUMULAR
Mausoléu em granito e estatuário em bronze. Uma escadaria em semicírculos dá acesso ao mausoléu, tendo na parte superior da escadaria  uma construção central em granito que abriga a escultura em bronze da menina, num estilo clássico de uma figura feminina trajando um vestido longo e com as mãos sobre o peito. De cada lado destacam-se sobre outra construção de granito  um painel em relevo de motivos religiosos, fechando as duas parte em círculo.
Os seus restos mortais repousam num caixão de chumbo e não podem ser admirados.
Local: Mausoléu na cidade de Monte Alto, São Paulo, Brasil
Descrição tumular: Helio Rubiales


PERSONAGEM
Maria Izilda de Castro Ribeiro (Póvoa de Lanhoso, 1897 — Guimarães, 1911), mais conhecida como a Menina Izildinha, o Anjo do Senhor, foi uma menina a quem se atribuíram milagres e curas, até mesmo depois de morta.
Morreu aos 13 anos de idade.
HISTÓRIA
O mito começou a consolidar-se em 1950, quando um dos irmãos de Izildinha, Constantino de Castro Ribeiro, resolveu vir para o Brasil. Na mudança, trouxe o corpo de sua irmã. A exumação produziu espanto. Conta a lenda que, quase 40 anos depois da morte, o corpo de Izildinha estava intacto, coberto de flores ainda viçosas. Ao chegar no Brasil, ele se instalou na cidade de São Paulo, onde o culto teve início. O túmulo no Cemitério São Paulo, tornou-se ponto de peregrinação e centenas de graças lhe foram atribuídas. Constantino, era o irmão da “santa”, e obteve muito lucro com a veneração. Em 1958, já se tornara um negociante, com título de comendador. A partir daí resolveu transferir Izildinha para Monte Alto. Planejava abrir nesta cidade uma indústria de alimentos. A cidade recebeu-o com entusiasmo. Com o dinheiro arrecadado no lugar, ergueu-se um mausoléu. A comunidade portuguesa da região foi além: doou a Constantino terrenos para sua indústria. O culto a Izildinha se expandiu. Na década de 60, o mito tornou-se alvo de disputa judicial. Depois de se desfazer da fábrica em Monte Alto, Constantino tentou remover a santinha da cidade. Queria trazê-la de volta para São Paulo. O impasse foi resolvido em 6 de maio de 1964, pelo Tribunal de Alçada. O corpo foi incorporado ao patrimônio de Monte Alto. Magoado, o comendador nunca mais voltou à cidade. Ele está enterrado no cemitério São Paulo, no jazigo que mandara construir especialmente para a irmã famosa. Izildinha não é reconhecida pela Igreja, nem os devotos parecem preocupados com isso. O mausoléu não atrai as multidões dos anos 60, mas ainda fica repleto em meados de junho, quando se comemora o aniversário da menina.  Mas a lenda do corpo intacto resiste. Luís Antônio Guimarães, ex-administrador do mausoléu, conta que abriu o caixão há dez anos para executar alguns reparos. “O corpo continua lá, perfeito”, garante, com olhos de assombro.
MORTE
Maria Izilda de Castro Ribeiro morreu de leucemia em 1911, com 13 anos de idade, na cidade portuguesa de Guimarães.
Fonte:
pt.wikipedia.org
http://www.minhaprece.com/menina-izildinha/histria-da-menina-izildinha/
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales

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