GPS (lat/lon): 41.90611, 12.47639
Fotos: wikimedia.commons
Descrição: Helio Rubiales
Descrição tumular: Helio Rubiales
Cláudio | |
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Imperador Romano | |
Reinado | 24 de janeiro de 41 a 13 de outubro de 54 |
Predecessor | Calígula |
Sucessor | Nero |
Esposas | Pláucia Urgulanila Élia Pecina Messalina Agripina Menor |
Descendência | Cláudio Druso Cláudia Antônia Cláudia Otávia Cláudio Britânico Nero (adotivo) |
Dinastia | Júlio-Claudiana |
Nome completo | Tibério Cláudio César Augusto Germânico |
Nascimento | 1 de agosto de 10 a.C. Lugduno, Gália Lugdunense, Império Romano |
Morte | 13 de outubro de 54 (63 anos) Roma, Itália, Império Romano |
Enterro | Mausoléu de Augusto, Roma, Itália |
Pai | Nero Cláudio Druso |
Mãe | Antônia Menor |
Religião | Paganismo romano |
Tibério Cláudio César Augusto Germânico (em latim Tiberius Claudius Caesar Augustus Germanicus; Lyon, 1 de agosto de 10 a.C. — Roma, 13 de outubro de 54 d.C. foi o quarto imperador romano da dinastia Júlio-Claudiana, e governou de 24 de janeiro de 41 d.C. até a sua morte em 54.
Nascido na atual Lyon, na Gália, foi o primeiro imperador romano nascido fora da península Itálica
Morreu aos 64 anos de idade.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Permaneceu apartado do poder pelas suas deficiências físicas, coxeadura e tartamudez, até o nomear seu sobrinho Calígula, após tornar-se imperador, como cônsul e senador.
A sua pouca atuação no terreno político, que representava a sua família ,serviu-lhe para sobreviver nas diferentes conjuras que provocaram a queda de Tibério e Calígula.
Nesta última conjura, os pretorianos que assassinaram o seu sobrinho encontraram-no atrás duma cortina, onde se escondera acreditando que o iam matar. Após a morte de Calígula, Cláudio era o único homem adulto da sua família. Este motivo, junto à sua aparente debilidade e a sua inexperiência política, fizeram que a guarda pretoriana o proclamasse imperador, pensando talvez que seria um títere fácil de controlar.
Em que pesem as suas taras físicas, a sua falta de experiência política e ser considerado tolo e padecera complexos de inferioridade por causa de burlas desde a sua infância e estigmatizado pela sua própria mãe, Cláudio foi um brilhante estudante, governante e estrategista militar, além de ser querido pelo povo.
O seu governo foi de grande prosperidade na administração e no terreno militar. Durante o seu reinado, as fronteiras do Império Romano foram expandidas, produzindo-se a conquista da Britânia. O imperador tomou um interesse pessoal no Direito, presidindo juízos públicos e chegando a promulgar vinte éditos por dia.
Em qualquer caso, foi visto como uma personagem vulnerável, especialmente entre a aristocracia. Cláudio viu-se obrigado a defender constantemente a sua posição descobrindo sedições, o que se traduziu na morte de muitos senadores romanos.
Cláudio também enfrentou sérios reveses na sua vida familiar, um dos quais poderia ter suposto o seu assassinato. Estes eventos danificaram a sua reputação entre os escritores antigos, se bem que os historiadores mais recentes têm revisado estas opiniões.
CLAUDIO E PROCLAMADO IMPERADOR
Calígula foi assassinado a 24 de janeiro de 41, vítima de uma conspiração na qual estavam envolvidos o próprio comandante da guarda pretoriana, Cássio Quereia, e vários senadores romanos. Não existe evidência de que Cláudio tivesse a ver com o assassinato, embora se argumentasse que conhecia o complô, pois abandonou a cena do crime pouco antes dos fatos. No caos posterior ao assassinato, Cláudio viu como os guardas germanos matavam vários aristocratas que não eram envolvidos na conspiração, incluindo alguns dos seus amigos. Preocupado pela sua própria sobrevivência, Cláudio fugiu do palácio para se esconder. Segundo os relatos tradicionais, um pretoriano chamado Grato encontrou-o escondido detrás de uma cortina, com medo a que também o mataram a ele, e inesperadamente proclamou-o imperator.
Também é possível que uma seção da guarda tivesse planejado buscar Cláudio. Pode até mesmo que com a aprovação do próprio Cláudio, caso ser certo que estava a par do que ia acontecer. De qualquer forma, o batalhão assegurou que não buscava vingança e Cláudio acompanhou-os até o acampamento pretoriano, onde foi proclamado imperador.
A coxeira e a tartamudez que padecia possivelmente evitaram-lhe o fatal destino sofrido por muitos nobres durante as purgas de Tibério e o irracional reinado de Calígula. Com o assassinato de Calígula, com parte da sua família e a maioria dos seus seguidores, Cláudio ficou como o único homem adulto da sua família.
O senado reuniu-se depressa e começou a debater um câmbio de governo que acabou degenerando numa discussão sobre quem deveria ser agora o novo príncipe. Quando conheceram a proclamação de Cláudio pela guarda pretoriana, exigiram que Cláudio fosse apresentado para aprovação. Cláudio recusou, sentindo o perigo que suporia ceder à sua exigência. Alguns historiadores, e em particular Josefo, sustêm que Cláudio obrou assim por conselho do rei de Judeia, Herodes Agripa I. Em todo caso, uma versão anterior dos mesmos fatos relatada pelo mesmo autor diminui a influência de Herodes pelo qual não é possível conhecer em que medida pôde este influir. Finalmente o senado viu-se obrigado a claudicar e, em contraprestação, Cláudio perdoou quase todos os assassinos.
Foi finalmente entronizado a 24 de agosto de 41. O senado exigiu que renunciasse ao seu título de imperator. Cláudio aceitou, possivelmente por ter uma ideologia republicana, embora tenha conservado o de Augusto. O seu segundo gesto inteligente foi o de entregar à guarda pretoriana 15 000 sestércios, procedentes da herança familiar, para obter o seu favor.
Cláudio efetuou uma série de passos com o fim de legitimar o seu governo frente de possíveis usurpadores do trono, a maioria enfatizando o seu lugar dentro da família júlio-claudiana. Adoptou o nome "César" como cognome, dado que continuava tendo muito peso entre o povo. Para isso foi tirado o cognome "Nero", que adotara como pater-famílias dos Cláudio Nero quando o seu irmão Germânico foi adotado em outra família. Embora nunca chegasse a ser adotado por Augusto ou pelos seus sucessores, Cláudio era neto de Octávia, pelo qual ficava legitimado para ostentar o nome dessa família.
Também adotou o título "Augusto", como fizeram os dois imperadores anteriores ao chegar ao trono. Manteve o nome honorífico "Germânico" para mostrar com isso a sua conexão com o seu irmão, considerado um herói pelos romanos. Deificou a sua avó paterna, Lívia, para sublinhar a sua posição como esposa do divino Augusto. Finalmente, Cláudio usava frequentemente o termo "Filho de Druso" ("filius Drusi") nos seus títulos, para recordar ao povo o seu já legendário pai, e assim ser atribuída parte da sua reputação.
Ao ter sido proclamado imperador pela guarda pretoriana e não pelo senado, o qual marcou um precedente na história de Roma, a reputação de Cláudio sofreu entre os historiadores e escritores antigos, tais como Sêneca. Além disso, foi o primeiro imperador que recorreu ao suborno como forma de se assegurar a lealdade do exército. Isto, no entanto, não é totalmente exato pois Tibério e Augusto deixaram presentes para o exército e a guarda no seu testamento, e à morte de Calígula parece que se aguardava o mesmo, se bem que não existia nenhum testamento. Cláudio demonstrou a sua gratitude à guarda pretoriana e até mesmo durante a primeira parte do seu reinado chegou a ordenar a cunhagem de moedas nas quais honrava os pretorianos.
MORTE
O consenso geral entre os historiadores antigos é que Cláudio foi assassinado mediante envenenamento, possivelmente com cogumelos, e que faleceu nas primeiras horas de 13 de outubro de 54. Contudo, os relato mostram discrepâncias. Alguns dizem que Cláudio estava em Roma enquanto outros afirmam que estava em Sinuessa. Alguns sugerem que tanto Haloto, o seu catador, quanto Xenofonte, o seu doutor, ou a infame envenenadora Locusta, poderiam ter sido os administradores da substância mortal. Alguns dizem que faleceu após um prolongado sofrimento depois de uma dose única administrada na refeição, e outros que se recuperou e foi envenenado de novo. Quase todos implicam a sua última esposa, Agripina, como instigadora.
De fato, é provável que fora Agripina que o envenenasse para facilitar ao seu próprio filho, Nero, a ascensão ao trono imperial. Cláudio faleceu na noite de 13 de outubro de 54 d.C. Tinha 64 anos.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales
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