LOCAL: Catedral de Sevilla, Sevilla, Espanha
Fotos: Graças Vargas, Ines na Dinamarca, panoramico.com e Eduardo André.
Descrição Tumular: Helio Rubiales
Cristóvão Colombo (República de Génova, 1451 — Valladolid, 20 de Maio de 1506) foi um navegador e explorador europeu, responsável por liderar a frota que alcançou a América em 12 de Outubro de 1492, sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha. Empreendeu a sua viagem através do Oceano Atlântico com o objetivo de atingir a Índia, tendo na realidade descoberto as ilhas das Caraíbas (Antilhas) e, mais tarde, a costa do Golfo do México na América Central.
Morreu aos 70 anos de idade.
Numa minuta datada de 25 de Agosto de 1479, Colombo é referido como "cidadão Genovês". O mesmo documento, denominado "documento Assereto", no qual Colombo é citado como testemunha num processo judicial sobre uma compra de açúcar na Ilha da Madeira na qual esteve envolvido, transcreve a afirmação de Colombo sobre a sua idade à época, cerca de 27 anos, e que estava de partida para Lisboa. O documento refere ainda os mercadores Genoveses Paolo di Negro e Lodovico Centurione, cujos herdeiros são citados nos testamentos de Colombo (1506) e do seu filho Diogo (1523). Atrávés deste documento sabe-se, com certeza, que em 1479 Colombo trabalhava como representante da casa Centurione no comércio do açúcar, tendo já visitado a Madeira e parecendo já estar estabelecido em Lisboa.
Vários documentos notariais Genoveses atestam a presença em Espanha dos três filhos de Domenico, Bartolomeu, Cristóvão e Giacomo. Em 1489, após um processo entre Domenico e o pai do seu genro, Giacomo Bavarello, queijeiro, este, já viúvo, assina na qualidade de legítimo administrador da parte dos seus três filhos. A 11 de Outubro de 1496, um acordo é assinado entre Giovanni Colombo de Quinto e Matteo e Amighetto, seus irmãos, todos filhos de Antonio Colombo já defunto, segundo o qual o primeiro deles se deveria dirigir a Espanha, a expensas comuns, para «visitar o almirante Cristóvão Colombo». Em 1501, alguns cidadãos de Savona juraram que Cristóvão, Bartolomeu e Giacomo Colombo, filhos e herdeiros do defunto Domenico são «há muito tempo afastados da cidade e território de Savona, para lá de Pisa e de Nice em Provença, e que vivem em Espanha, como toda a gente sabe e o sabia já».
Em 1479 Colombo desposou Filipa Moniz, residente no mosteiro feminino de Santos-o-Velho da Ordem de Santiago, desde a morte do pai, Bartolomeu Perestrelo, cavaleiro da casa do Infante D. Henrique, de ascendência presumivelmente italiana, de Placência, e um dos povoadores e primeiro capitão do donatário da ilha do Porto Santo.
Da união nasceu um filho em 1474-80, Diogo Colombo, nomeado pela Coroa Espanhola como 2º Almirante e Vice-rei das Índias.
A partir de 1485 Colombo reside em Castela. Chegando a Córdova com a corte, teve um caso amoroso, no Inverno de 1487-1488 com uma moça humilde por nome Beatriz Enríquez da qual nasceu, a 15 de agosto de 1488, Fernando Colombo. A esta moça deixa Colombo, no seu testamento, a renda anual de 10.000 maravedis, presumivelmente como compensação pelos danos causados à sua honra.
Portugal, à época, buscava uma passagem marítima para o Oriente, que lhe permitisse comerciar diretamente com a Índia, de onde eram redistribuídas as especiarias oriundas das ilhas Molucas, a par de outros produtos de luxo. Via nesse projeto uma resposta cristã à hegemonia turco-egípcia, muçulmana, sobre a rota terrestre abastecedora da Europa, particularmente das cidades de Gênova e de Veneza.
Como alternativa a esse projeto, Colombo concebeu atingir as Índias navegando para o Ocidente, contornando o planeta. As suas ideias básicas eram:
a esfericidade da Terra; e que
os mares eram formados por uma única massa.
1ª- Colombo partiu em sua primeira viagem de Palos de la Frontera (Huelva, Espanha), em 3 de agosto de1492, com três pequenas embarcações: a nau Santa Maria e as caravelas Niña e Pinta. Tocou na Grã-Canária e rumou para Sudoeste; no dia 12 de outubro de 1492, chegou a um ilhéu das Bahamas a que deu o nome de São Salvador. Continuando a navegar costeou Cuba (segundo os próprios cubanos o nome é derivado da palavra Taíno, "cubanacán", significando "um lugar central") e chegou ao Haiti a que deu o nome de Hispaniola. Dizendo ter chegado à Índia deixou lá uma pequena colônia e regressou à Europa.
Colombo sempre atribuiu as suas viagens ao desejo de converter novos povos ao Cristianismo, uma crença que se intensificou com a idade. Reivindicou ouvir vozes divinas, e procurou que se organizasse uma nova cruzada para capturar Jerusalém. Usava as vestes de franciscano, e descreveu as suas explorações ao "paraíso" como parte do plano divino de que resultaria o último julgamento e o fim do mundo.
Por outro lado, exigiu da Coroa castelhana dez por cento de todos os lucros nas terras novas de que viesse a tomar posse, conforme o acordo antecedente com os Reis Católicos. Como Colombo já não governava "as Índias", o novo monarca rejeitou estas pretensões. Os seus filhos processaram a Coroa castelhana para obter parte dos lucros do comércio com a América, mas perderam a causa cinqüenta anos mais tarde.
Razoavelmente rico devido ao ouro que os seus homens tinham acumulado em Hispaniola e particularmente honrado pelos seus filhos, Colombo faleceu em Valladolid a 20 de Maio de 1506.
Andres Bernaldez, cronista dos Reis Católicos, amigo íntimo e confidente de Colombo, atribui-lhe a idade de 70 anos à época do seu falecimento. Teria, assim, nascido em 1436-1437.
.Em 1509 os seus restos mortais foram transladados para a capela da ilha Cartuxa, em Sevilha.
Por desejo do seu filho, Diogo Colombo, as ossadas foram levadas para a Catedral de São Domingos, em 1542.
Em 2004 foi aberto o túmulo de Sevilha onde foram encontrados duzentos gramas de ossos (cerca de 15% do total), que análises feitas por arqueólogos e cientistas do DNA mitocondrial apontam que os restos mortais pertencem ao ilustre navegador.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e Pesquisa: Helio Rubiales
Nenhum comentário:
Postar um comentário