Catarina II da Rússia Casa de Ascânia 2 de maio de 1729 – 6 de novembro de 1796 | ||
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Precedida por Pedro III | Imperatriz da Rússia 9 de julho de 1762 – 6 de novembro de 1796 | Sucedida por Paulo I |
Precedida por Marta Helena Skavronska | Imperatriz Consorte da Rússia 5 de janeiro de 1762 – 9 de julho de 1762 | Sucedida por Sofia Doroteia de Württemberg |
St. Petersburg, Russian Federation
Nota: A Fortaleza de Pedro e Paulo, foi uma antiga prisão czarista. No seu interior está a catedral do mesmo nome, com os túmulos da Dinastia dos Romanov.
Catarina II (russo:Екатерина II Великая, Yekaterina II Velikaya), chamada a Grande(nascida com o nome de Sofia Augusta Frederica de Anhalt-Zerbst (alemão Sophie Friederike Auguste von Anhalt-Zerbst) a 2 de Maio de 1729 em Stettin, Prússia - falecida em 6 de Novembro 1796 em Tsarkoie Selo, próximo a São Petersburgo) foi imperatriz da Rússia de 1762 a 1796. Era prima de Gustavo III da Suécia e de Carlos XIII da Suécia.
Morreu aos 66 anos de idade,
Catarina II | |
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Imperatriz e Autocrata de Todas as Rússias | |
Imperatriz da Rússia | |
Reinado | 9 de julho de 1762 a 17 de novembro de 1796 |
Coroação | 12 de setembro de 1762 |
Antecessor(a) | Pedro III |
Sucessor(a) | Paulo I |
Imperatriz Consorte da Rússia | |
Reinado | 25 de dezembro de 1761 a 9 de julho de 1762 |
Predecessora | Marta Helena Skavronska |
Sucessora | Sofia Doroteia de Württemberg |
Marido | Pedro III da Rússia |
Descendência | Paulo I da Rússia Ana Petrovna da Rússia Alexei Grygoriovich Bobrinsky Isabel Grigoryevna Temkina |
Casa | Anhalt-Zerbst (nascimento) Holsácia-Gottorp-Romanov (casamento) |
Nome completo | Sofia Frederica Augusta |
Nascimento | 2 de maio de 1729 |
Estetino, Pomerânia, Prússia | |
Morte | 17 de novembro de 1796 (67 anos) |
Palácio de Inverno, São Petersburgo, Rússia | |
Enterro | Catedral de Pedro e Paulo, São Petersburgo, Rússia |
Pai | Cristiano Augusto, Príncipe de Anhalt-Zerbst |
Mãe | Joana Isabel de Holsácia-Gottorp |
Religião | Ortodoxa Russa (anteriormente luteranismo) |
Assinatura |
BIOGRAFIA
Debaixo da sua orientação o Império Russo expandiu-se, melhorou a sua administração e continuou a modernizar-se. O reinado de Catarina revitalizou a Rússia, que cresceu com ainda mais força e tornou-se conhecida como uma das maiores potências europeias. Os seus sucessos dentro da complexa política externa e as suas represálias por vezes brutas em resposta aos movimentos revolucionários (mais notavelmente na Rebelião Pugachev) complementaram a sua caótica vida privada. Ela causava escândalo frequentemente, dada a sua tendência para relações que espalhavam rumores por todas as Cortes Europeias.
Catarina subiu ao poder após uma conspiração que depôs o seu marido, o czar Pedro III (1728 – 1762), e o seu reinado foi o ponto alto da Nobreza Russa. Pedro III, sob pressão da mesma nobreza, tinha já aumentado a autoridade dos grandes proprietários de terra nos seus mujique e servos. Apesar dos deveres impostos nos nobres pelo primeiro modernizador proeminente da Rússia, o czar Pedro I (1672 – 1725), e apesar das amizades de Catarina com os intelectuais do Iluminismo na Europa Ocidental (em particular Denis Diderot, Voltaire e Montesquieu), a Imperatriz não achava prático melhorar as condições de vida dos seus súbditos mais pobres que continuavam a sofrer (por exemplo) de conscrição militar. As distinções entre os direitos dos camponeses nos estados votchine e pomestie, desapareceram virtualmente na lei e na prática durante o seu reinado.
Em 1785, Catarina conferiu à nobreza a Carta da Nobreza, aumentando ainda mais o poder dos senhores de terra. Nobres em cada distrito elegiam um Marechal da Nobreza que falava em seu nome à monarca sobre problemas que os afectavam. Especialmente económicos.
REINADO DE PEDRO III E GOLPE DE ESTADO
Após a morte da Imperatriz Isabel a 5 de Janeiro de 1762, Pedro, o Grão-duque de Holstein-Gottorp, sucedeu ao trono como Pedro III da Rússia. Catarina, que antes detinha o título de Grã-duquesa, tornou-se Imperatriz-consorte da Rússia. O casal imperial mudou-se para o novo Palácio de Inverno em São Petersburgo.
As excentricidades e políticas do novo czar, incluindo a sua grande admiração pelo rei Frederico II da Prússia, enfureceram alguns grupos que a própria Catarina tinha cultivado. Além disso, Pedro interveio numa disputa entre o seu ducado de Holstein e a Dinamarca.
O apoio insistente de Pedro a Frederico II, que tinha visto Berlim ocupada pelas tropas russas em 1760, mas agora sugeria repartir os territórios polacos com a Rússia, fê-lo perder muito do apoio por parte da nobreza. (A Rússia e a Prússia tinham lutado uma contra a outra durante a Guerra dos Sete Anos que durou até Pedro subir ao trono.)
Em Julho de 1762, pouco depois de estar seis meses no trono, o Czar Pedro cometeu o erro político de se retirar com os seus amigos e familiares de Holstein para o palácio de Oranienbaum, deixado a sua esposa sozinha em São Petersburgo. Nos dias 13 e 14 de Junho, a Guarda Leib revoltou-se, depôs Pedro e proclamou Catarina como governante da Rússia. O golpe sem sangue teve sucesso.
Três dias depois, a 17 de Julho de 1762, apenas seis meses após a sua ascensão ao trono, Pedro III morreu em Ripsha, às mãos de Alexei Orlov, irmão mais novo de Gregório Orlov, o amante de Catarina
REINADO DE CATARINA
Durante o seu reinado, Catarina expandiu as fronteiras do Império Russo para sul e para o Ocidente, absorvendo a Nova Rússia, Crimeia,Ucrânia, Bielorrússia, Lituânia e Curlândia, ao custo de maioritariamente duas potências – o Império Otomano e a República das Duas Nações. Ao todo ela acrescentou cerca de 518,000 quilómetros ao território russo.
GUERRAS RUSSO-TURCAS
Enquanto que Pedro, o Grande apenas teve sucesso em conquistar parte do Mar Negro nas campanhas de Azov, Catarina completou a conquista do Sul que ele tinha iniciado. Catarina fez da Rússia a potência dominante do sudoeste europeu após a sua primeira Guerra Russo-Turca contra o Império Otomano (1768-1774), que provocou algumas das piores derrotas turcas da História, incluindo a Batalha de Chesma (5 a 7 de Julho de 1770) e a Batalha de Kagul (21 de Julho de 1770).
VIDA PESSOAL
Durante o seu reinado, Catarina teve inúmeros amantes que frequentemente elevava a altas posições do governo enquanto se interessava por eles, enviando-os para longe com grandes propriedades, pensões e servos quando a paixão se apagava. Após a sua ligação romântica com o seu amante e conselheiro Gregório Alexandrovich Potemkin ter acabado em 1776, ele alegadamente seleccionava candidatos para ela que tinham tanto beleza física como inteligência para satisfazer os interesses da Imperatriz. Alguns destes homens amavam-na e ela sempre mostrou uma grande generosidade para com os seus amantes, mesmo após o final do romance. Um dos seus amantes, Zavadovsky, recebeu 50,000 rublos mais uma pensão de 5,000 rublos anuais e 4,000 servos na Ucrânia depois de ser dispensado. O último dos seus amantes, o Príncipe Zubov, 40 anos mais novo, provou ser o mais caprichoso e extravagante de todos.
Nas suas memórias, Catarina indicou que o seu primeiro amante, Sergei Saltykov, era o verdadeiro pai do seu filho Paulo, no entanto este parecia-se fisicamente com o Imperador Pedro III e as suas palavras podem ter sido apenas uma vingança perante o tratamento frio que recebia por parte do filho. Catarina mantinha em Tula, longe da Corte, o seu filho ilegítimo com Gregório Orlov, Alexis Bobrinskoy (mais tarde foi-lhe concedido o título de Conde pelo seu meio-irmão Paulo.)
MORTE
Catarina sofreu um ataque cardíaco a 16 de Novembro de 1796 e morreu na sua cama às 21:20 na noite seguinte sem ter recuperado a consciência.
Encontra-se enterrada na Catedral da Fortaleza Pedro e Paulo em São Petersburgo.
Formatação e pesquisa:HRubiales
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