“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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1 de jan. de 2009

LOUIS XVI - Arte Tumular - 75 - Basílica de Saint Denis, Paris, França






Luís XVI de França
Casa de Bourbon
Ramo da Casa de Capeto
23 de agosto de 1754 – 21 de janeiro de 1793
Precedido por
Luís XV
Grand Royal Coat of Arms of France & Navarre.svg
Rei da França e Navarra
10 de maio de 1774 – 21 de setembro de 1792
Monarquia abolida
Convenção Nacional
Precedido por
Luís
Coat of Arms of the Dauphin of France.svg
Delfim de França
20 de dezembro de 1765 – 10 de maio de 1774
Sucedido por
Luís José





ARTE TUMULAR

TUMULO ATUAL
CENOTÁFIO
Magnífico complexo escultórico em estilo gótico, todo em mármore, representando os soberanos um ao lado do outro, o rei Louiz XVI e a rainha Maria Antonieta. Do lado direito, desrtca-se o rei com as vestes reais e coroado, ajoelhado num genuflexório ricamente decorado, tendo na parte frontal em relevo o brasão heráldico realeza francesa. Com os dois braços apoiados sobre uma bíblia, mantem as mãos juntas como se orasse. Com a cabeça ligeiramente elevada de um soberano e o olhar no infinito, como se quizesse manter a soberba da realeza perdida no seu reinado. Note que a rainha está na mesma posição, porém num genuflexório menor, respeitando a hierarquia real. (O seu túmulo é descrito em outro tópico).


Vista frontal
Luiz XVI e Maria Antonieta

Vista lateral

Detalhe

Detalhe


Basílica de Saint Benis
TÚMULOS-CRIPTA
Todo esse conjunto tumular visível na Basílica de Saint Denis exposto ao público, trata-se de um cenotáfio, isto é, é um monumento eregido à memória do morto, mas que não lhe encerra o corpo.
Os seus restos mortais estão sepultados logo abaixo, na mesma posição do monumento, no sub-solo, na cripta real, restrito à visitação. Na cripta em estilo gótico estão os seus restos mortais cobertos por uma base tumular (lápide) em mármore negro, com o seu nome e datas gravados em dourado.
Local:Saint Denis Basilique, Saint-Denis, Ile-de-France Region, France
Foto: pt.wikipedia.org


Detalhe da lápide


Lápide

Interior da cripta no sub-solo
TUMULO ANTIGO
Durante 21 anos ficou sepultado nesse local.  Desde a sua morte  na guilhotina na Praça de la Concorde, o seu corpo foi levado  para o Cemitério de Madelein e sepultado numa vala comum e coberto com cal virgem, na chamada Capela Expiatória (Capela de desejo e recuperação) até ser reabilitada a sua condição de rei, quando foi transferido para a Caredral de Saint Denis, juntamente com a sua esposa.

Tampo de bronze identificatório

Quadro indicativo na porta
Capelle Expiatoire

Entrada do Cemitério Madelein
Local: Chapelle Expiatória, Paris, Ile-de-France, França
Fotos: Gay Thelen
Descrição Tumular:HRubiales


PERSONAGEM
Luís XVI de Bourbon, nascido em 23 de agosto de 1754 em Versalhes e executado em 21 de Janeiro de 1793 em Paris, foi rei da França (1774-1791), depois rei dos Franceses (1791-1792).
Morreu aos 39 anos de idade.
Era filho do delfim Luís e de Maria Josefa de Saxônia e esposo de Maria Antonieta da Áustria (com quem se casou com 16 anos).

Quando subiu ao trono em 1774 ,quando estava com 20 anos, as finanças reais não se encontravam numa situação favorável, e assim permaneceram até ao eclodir da Revolução Francesa, altura em que Luís XVI foi deposto. Aconselhado por Maurepas, escolheu para seus ministros homens de talento como Turgot e Malesherbes. Reconvocou o Parlamento, mas este voltou a fazer-lhe oposição. O rei teve de abandonar seus ministros reformistas (1776), substituindo-os por Necker, também destituído depois de ter publicado a Prestação de contas ao rei sobre o estado das finanças (1781).
Não pôde nem evitar a Revolução, apoiando as reformas econômicas e sociais propostas por Turgot e Necker, nem tornar-se líder popular, por não compreender as aspirações do povo.

A política externa praticada por Vergennes e o Tratado de Versalhes restauraram o prestígio da França. Mas, no interior do país, a oposição cresceu; Calonne, seguido de Loménie de Brienne, tentou em vão resolver a crise financeira. Convocou a altamente aristocrática Assembléia dos Notáveis (1787) e nada conseguiu. Luís XVI teve de chamar de volta Necker (1788) e prometer a convocação dos Estados Gerais, que estavam à margem do governo havia 175 anos. Os Estados Gerais, que se reuniram em Versalhes em 1789, são a reunião das três ordens da sociedade desde a Idade Média: o nobre que luta (1º estado), o clero que reza (2º estado) e o camponês que trabalha (3° estado). Estes fatos marcaram o início da Revolução.

Os deputados do Terceiro Estado constituíram a Assembléia Nacional e depois Assembléia Constituinte. A família real foi trazida à força de Versalhes para Paris (outubro de 1789) e sua tentativa de fugir do país foi frustrada em Varennes (20 de junho de 1791), quando foi feita prisioneira da Comuna insurrecional (10 de agosto). A monarquia foi abolida em 21 de Setembro de 1792. Luís XVI, desmoralizado por sua tentativa de fuga e por suas negociações com o estrangeiro, perdeu completamente a popularidade. Encerrado no Templo e acusado de traição, foi julgado pela Convenção (julgamento iniciado em 11 de dezembro de 1792) e condenado à morte

DESCENDÊNCIA
Do seu casamento com Maria Antonieta, arquiduquesa da Áustria, teve os seguintes filhos:
 Maria Teresa Carlota (1778-1851), Madame Royale, casou em 1799 com Luís António de Artois, Duque de Angoulême;
 Luís José Xavier Francisco (1781-1789), 1º Delfim de França;
 Luís Carlos (1785-1795) Duque da Normandia, 2ª Delfim de França e futuro Luís XVII;
 Sofia Beatriz (1786-1787).

MORTE.
Foi guilhotinado em 21 de janeiro de 1793. A rainha consorte Maria Antonieta foi executada seis meses depois. A sua morte provocou a união dos soberanos europeus contra a França revolucionária.
Pensa-se que as chamas da Revolução em parte, foram atiçadas pelas mentiras que rodearam o famoso escândalo do colar, pelo fato do rei dar ouvidos à sua esposa, imprudentemente, sobre assuntos políticos e ainda o ódio que muitos membros da nobreza e clero tinham contra Maria Antonieta, da linhagem dos Casa de Habsburgos, eternos rivais dos Casa de Bourbon e pela sua frivolidade e gosto pelo luxo.

Execução de Louiz XVI
Fonte:pt.wikipedia.org
travelwithterry.blogspot.com/2008/09/chapelle-expiatoire.htm
Formatação e pesquisa:Helio Rubiales

2 comentários:

RPR disse...

Lapso novamente...a figura no quadro é a de Luis XIV e não a de Luis XVI...

Cumprimentos

Rodolfo Pulido Dos Reis

hrubiales disse...

Caro amigo Rodolfo
Agradeço a observação, a foto já foi removida e logo será substituida.