“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



PESQUISAR: COLOQUE O NOME DO PERSONAGEM

7 de mai. de 2022

ALEXANDRE ROMANOV II - Arte tumular - 1648 - Saint Peter and Paul Fortress Saint Petersburg, Saint Petersburg Federal City, Russia









ARTE TUMULAR 
Base tumular retangular em mármore com cerca de 1,20 cm de altura, em estilo reto. O Tampo com as laterais inclinadas no sentido superior 
Na parte central do tampo, uma cruz ortodoxa decorada com o mesmo tipo de mármore.
Todo o perímetro tumular é ladeado por um gradil de bronze escuro com destaques dourados, tendo na sua parte frontal outra placa dourada com o seu nome em russo. Ao seu lado está o túmulo de sua esposa.



Local:   Saint Peter and Paul Fortress Saint Petersburg, Saint Petersburg Federal City, Russia 
Fotos: Findasgraver
Descrição tumular: Helio Rubiales


Alexandre II da Rússia
Casa de Holsácia-Gottorp-Romanov
Ramo da Casa de Oldemburgo
29 de abril de 1818 – 13 de março de 1881
Precedido por
Nicolau I
Sred gerb ru.svg
Imperador da Rússia
2 de março de 1855 – 13 de março de 1881
Sucedido por
Alexandre III



Alexandre II
Imperador e Autocrata de Todas as Rússias
Rei da Polônia e Grão-Duque da Finlândia
Imperador da Rússia
Reinado2 de março de 1855
13 de março de 1881
Coroação7 de setembro de 1855
Antecessor(a)Nicolau I
Sucessor(a)Alexandre III
 
Nascimento29 de abril de 1818
 Kremlin de MoscouMoscouRússia
Morte13 de março de 1881 (62 anos)
 Palácio de InvernoSão PetersburgoRússia
Sepultado emCatedral de Pedro e Paulo,
São PetersburgoRússia
Nome completoAlexandre Nikolaevich Romanov
EsposasMaria de Hesse e Reno
Catarina Dolgorukov (morganática)
DescendênciaAlexandra Alexandrovna da Rússia
Nicolau Alexandrovich, Czarevich da Rússia
Alexandre III da Rússia
Vladimir Alexandrovich da Rússia
Aleixo Alexandrovich da Rússia
Maria Alexandrovna da Rússia
Sérgio Alexandrovich da Rússia
Paulo Alexandrovich da Rússia
CasaHolsácia-Gottorp-Romanov
PaiNicolau I da Rússia
MãeCarlota da Prússia
ReligiãoOrtodoxa Russa
AssinaturaAssinatura de Alexandre II

PERSONAGEM 
Alexandre II (Moscou, 29 de abril de 1818 – São Petersburgo, 13 de março de 1881), apelidado de "o Libertador" pela Reforma Emancipadora de 1861, foi o Imperador da Rússia de 1855 até seu assassinato. 
Era o filho mais velho do imperador Nicolau I e sua esposa a princesa Carlota da Prússia
morreu aos 62 anos.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
É conhecido por suas reformas liberais e modernizantes, através das quais procurou renovar a cristalizada sociedade russa. Em 19 de fevereiro de 1861,[1] decretou o fim da servidão na Rússia. Foram libertados, ao todo, 22,5 milhões de camponeses servos — preservando-se, todavia, a propriedade dos latifúndios.

PRIMEIRO ANOS
Nascido em Moscovo, Alexandre era o filho mais velho do czar Nicolau I da Rússia e da princesa Carlota da Prússia, filha do rei Frederico Guilherme III da Prússia e da princesa Luísa de Mecklemburgo-Strelitz. Os seus primeiros anos de vida não faziam prever o seu potencial. Até à altura em que subiu ao trono em 1855, com trinta e sete anos de idade, poucos imaginavam que Alexandre ficaria para a História por ter posto em prática as reformas mais difíceis na Rússia desde o reinado de Pedro, o Grande. Os reis que aparecem nesta secção estão entre os melhores que o império alguma vez viu. 

 No período da sua vida em que foi príncipe herdeiro, a atmosfera intelectual de São Petersburgo não estava receptiva a qualquer tipo de mudança: a liberdade de expressão e qualquer tipo de iniciativa privada estavam a ser reprimidos ferozmente. A censura pessoal e oficial era algo comum e criticar as autoridades era considerado uma ofensa grave. Cerca de vinte-e-seis anos depois, Alexandre teve a oportunidade de implementar mudanças, contudo acabaria por ser assassinado em público pela organização terrorista Narodnaya Volya (A Vontade do Povo).

A sua educação como futuro imperador foi levada a cabo sob a supervisão de Vasily Zhukovsky, um poeta liberal romântico e tradutor de talento e incluiu um conjunto de várias disciplinas, bem como a aprendizagem das principais línguas europeias. A sua suposta falta de interesse por assuntos militares que foi detectada por vários historiadores resultou dos efeitos que a amarga Guerra da Crimeia teve na sua família e no país inteiro. Também visitou muitos países proeminentes da Europa ocidental Enquanto czarevich, Alexandre tornou-se o primeiro herdeiro Romanov a visitar a Sibéria.

REINADO
Alexandre II subiu ao trono após a morte do seu pai em 1855. O primeiro ano do seu reinado foi dedicado à continuação da Guerra da Crimeia e, após a queda de Sebastopol, às negociações de paz lideradas pelo seu conselheiro de confiança, o príncipe Gorchakov. O país estava exausto e tinha sido humilhado pela guerra.[8] Havia subornos, roubos e corrupção por todo o lado.[9] Encorajado pela opinião pública, o czar deu início a um período de reformas radicais que incluíram uma tentativa de fazer com que a aristocracia que possuía terras não controlasse tanto os pobres, uma atitude que tinha como objetivo desenvolver os recursos naturais russos e reformar todos os sectores da administração. Em 1867, Alexandre vendeu a província do Alasca aos Estados Unidos por sete milhões de dólares (o equivalente a cerca de 200 milhões de dólares nos dias de hoje) depois de ter reconhecido a dificuldade que tinha em defendê-la da Grã-Bretanha e do Canadá. 

ASSASSINATO 
Após a última tentativa de assassinato em fevereiro de 1880, o conde Loris-Melikov foi nomeado chefe da Comissão Executiva Suprema e recebeu mais poderes para combater os revolucionários. As propostas de Loris-Melikov iriam incluir a criação de uma espécie de parlamento e o imperador pareceu concordar com ele, contudo estes planos nunca foram concretizados. 

 A 13 de março de 1881, Alexandre foi vitima de uma conspiração para o assassinar em São Petersburgo. 

 Como se sabia, todos os domingos, durante vários anos, o imperador ia visitar o Mikhailovsky Manège para assistir à chamada militar. Viajava para e regressava do Manège numa carruagem fechada acompanhada de seis cossacos e mais um sentado ao lado do cocheiro. A carruagem do imperador era seguida por dois trenós que levavam, entre outros, o chefe da polícia e o chefe dos guardas do imperador. A viagem, como sempre, fez-se pelo Canal de Catarina e por cima da Ponte Pevchesky. A estrada era apertada e tinha passeios para os peões de ambos os lados. Um jovem membro da Vontade do Povo, Nikolai Rysakov carregava uma pequena embalagem branca embrulhada num lenço de pano. 

 “ Após um momento de hesitação, atirei a bomba. Atirei-a para debaixo dos cascos dos cavalos pensando que iria explodir debaixo da carruagem (…) A explosão atirou-me contra a cerca. ” 

Embora a explosão tenha matado um dos cossacos e ferido o condutor e pessoas que passavam na rua com gravidade, apenas conseguiu provocar danos na carruagem à prova de bala, um presente do imperador Napoleão III de França. O imperador saiu abalado, mas ileso. Rysakov foi capturado quase de seguida. O chefe da polícia, ouviu Rysakov a gritar para outra pessoa que estava no meio da multidão. Os guardas e os cossacos imploram ao imperador que deixasse imediatamente o local em vez de ir ver o local da explosão. 

 Apesar de tudo, um segundo membro jovem da organização terrorista, Ignaty Grinevitsky que estava perto da cerca do canal, ergueu ambos os braços e atirou algo para os pés do imperador. Alegadamente, Alexandre terá gritado: Ainda é cedo demais para agradecer a Deus. Dvorzhitsky escreveu mais tarde: 

 “ Fiquei surdo após a segunda explosão, queimado, ferido e fui atirado para o chão. De repente, por entre o fumo e o nevoeiro da neve, ouvi a voz de Sua Majestade a gritar: 'Ajuda!' Juntando todas as forças que tinha, levantei-me e corri até ao imperador. Sua Majestade estava meio deitado, meio sentado, apoiado no seu braço direito. Pensando que ele estava apenas gravemente ferido, tentou levantá-lo, mas as pernas do czar estavam destruídas e o sangue escorria delas. Vinte pessoas, feridas de várias maneiras, estavam estendidas no passeio e na rua. Algumas conseguiam levantar-se, outras rastejavam, outras ainda tentavam sair debaixo de corpos que tinham caído em cima delas. Espalhados pela neve estavam detritos e sangue e podiam ver-se fragmentos de roupas, dragonas, sabres e pedaços sangrentos de carne humana. ” 

Mais tarde descobriu-se que havia um terceiro bombista na multidão. Ivan Emelyanov estava pronto agarrando uma mala de mão que tinha uma bomba que seria usada se as outras duas tivessem falhado. 

 Alexandre foi levado de trenó até ao Palácio de Inverno e depois para o seu escritório onde, ironicamente, quase exatamente vinte anos antes, tinha assinado o documento que tinha libertado os servos. Alexandre estava a perder muito sangue, tinha as pernas destruídas, o estômago aberto e o rosto mutilado. Vários membros da família real apressaram-se para o local. 

 O imperador recebeu a comunhão e a extrema unção. Quando perguntaram ao médico que estava de serviço, Sergey Botkin, quanto tempo de vida lhe restava, ele respondeu: No máximo, quinze minutos. Às três e meia da tarde a bandeira pessoal de Alexandre II foi baixada pela última vez.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

Nenhum comentário: