Aléa 8 - Nº 549
Foto: Emanuel Messias
Descrição tumular: HRubiales
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Waldir Pereira | |
Data de nasc. | 8 de outubro de 1928 | |
Local de nasc. | Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Morto em | 12 de maio de 2001 (72 anos) | |
Local da morte | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil | |
Altura | 1,74 m | |
Pé | destro | |
Apelido | Didi Príncipe Etíope de Rancho Mr. Football Folha Seca | |
Informações profissionais | ||
Posição | treinador (ex-meia) | |
Clubes de juventude | ||
1944 1945 1945 1945–1946 1946 | São Cristóvão FC de Campos Industrial-RJ Rio Branco-RJ Goytacaz Americano | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1946 1946–1947 1947–1949 1949–1956 1956–1959 1959–1960 1960–1962 1963 1964–1965 1965–1966 1966 | Americano Lençoense Madureira Fluminense Botafogo Real Madrid Botafogo Sporting Cristal Botafogo Veracruz São Paulo | 32 (8) 298 (91) 19 (6) 60 (15) 313 (114) 29 (13) 4 (0) |
Seleção nacional | ||
1950 1952–1962 | Seleção Carioca (juvenil) Brasil | 75 (21) |
Times/clubes que treinou | ||
1962–1963 1964 1965–1966 1967–1968 1969–1970 1971 1972–1975 1975 1977 1978–1981 1981 1982 1985 1986 1986 1989–1990 – – | Sporting Cristal (jogador-treinador) Botafogo (jogador-treinador) Veracruz (jogador-treinador) Sporting Cristal Peru River Plate Fenerbahçe Fluminense Cruzeiro Al-Ahli Botafogo Cruzeiro Fortaleza São Paulo Alianza Lima Bangu Atlético Mineiro Kuwait |
Valdir Pereira, mais conhecido como Didi (Campos dos Goytacazes, 8 de outubro de 1928 — Rio de Janeiro, 12 de maio de 2001), foi um futebolista brasileiro, bicampeão mundial pela Seleção Brasileira nas Copas de 1958 e 1962, que atuava como meia.
Eleito o melhor jogador da Copa de 1958, quando a imprensa europeia o chamou de "Mr. Football" ("Senhor Futebol"), Didi foi um dos maiores e mais elegantes meio-campistas da história.
CARREIRA
"O Príncipe Etíope de Rancho" era seu apelido, dado por Nelson Rodrigues (ilustre dramaturgo e torcedor fanático do Fluminense). Com classe e categoria, foi um dos maiores médios volantes de todos os tempos, um dos líderes do Fluminense entre o final da década de 1940 e meados da década de 1950 e também do Botafogo, após isso, além de ter criado a "folha seca".
Esta técnica consistia em bater na bola, com o lado externo do pé, de modo a fazê-la girar sobre si mesma e modificar sua trajetória. Ela tem esse nome pois esse estilo de cobrar falta que dava à bola um efeito inesperado, semelhante ao de uma folha caindo. O lance ficou famoso quando Didi marcou um gol de falta nesse estilo contra a Seleção do Peru, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958.
Além da particularidade da folha seca, Didi também é conhecido como a primeira pessoa a chamar o jogo de jogo bonito.
No Fluminense, Didi jogou entre 1949 e 1956, clube pelo qual jogou mais tempo, e sem interrupções, tendo realizado 298 partidas e feito 91 gols, sendo um dos grandes responsáveis pela conquista do Campeonato Carioca de 1951 e da Copa Rio de 1952.
Também fez, em 16 de junho de 1950, o primeiro gol da história do Maracanã pela Seleção Carioca juvenil, defendendo o seu clube do coração, num jogo contra a Seleção Paulista. Liderou a Seleção Brasileira na conquista do Campeonato Pan-Americano de Futebol, disputado no Chile, na primeira conquista relevante da Seleção Brasileira no exterior, tendo jogado ao lado de Castilho, Waldo, Telê Santana, Orlando Pingo de Ouro, Altair e Pinheiro, entre outros.
Foi campeão mundial, já atuando pelo Botafogo, clube pelo qual também acabou se apaixonando. ]No alvinegro, era o maestro de um grande elenco. Jogou ao lado de Garrincha, Nílton Santos, Zagallo, Quarentinha, Gérson, Manga e Amarildo. O Botafogo foi o clube pelo qual Didi mais disputou partidas: fez 313 jogos e marcando 114 gols. Foi campeão carioca pelo clube em 1957, 1961 e 1962 e também venceu o Torneio Rio-São Paulo de 1962, mesmo ano em que venceu o Pentagonal do México e, no ano de 1963, o Torneio de Paris.
Chegou a jogar no famoso time do Real Madrid, ao lado do craque argentino Alfredo Di Stéfano e do húngaro Ferenc Puskás, mas teria sofrido um boicote na equipe, segundo se comenta, que teria partido de Di Stéfano.
Em 1964 foi transferido ao São Paulo, porém a equipe paulista não tinha grandes jogadores e estava empenhada em terminar a construção do seu principal patrimônio, o Estádio do Morumbi. Sendo assim, Didi começou a pensar na aposentadoria.
Na Copa do Mundo de 1970 seria o técnico da Seleção Peruana (classificando o país para a sua primeira Copa do Mundo desde a de 1930) na derrota para a Seleção Brasileira por 4 a 2. Didi também foi um dos técnicos do Fluminense, na fase que o time tricolor era conhecido como A Máquina Tricolor (1975/1976), pela qualidade excepcional de seus jogadores. No começo de 1981, Didi chegou a ser o técnico do Botafogo, mas foi substituído do cargo durante o ano.
MORTE
Didi morreu em decorrência de complicações provocadas por câncer, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte, a centenas de metros do Maracanã. O ex-jogador foi internado em 25 de abril de 2001, com dores na barriga, sem saber que estava com câncer. Foi submetido a uma cirurgia de emergência três dias depois, devido a um quadro de obstrução intestinal, retirando parte da vesícula e do intestino. Em estágio avançado, a doença comprometia o fígado, diafragma e colo. Não se recuperou mais. Sendo sedado, só respirava com a ajuda de aparelhos. O velório ocorreu numa tarde, na sede do Botafogo, em General Severiano (Zona Sul). O enterro foi de manhã no cemitério São João Batista. A Confederação Brasileira de Futebol ficou de arcar com os custos. Embora não fosse rico, Didi levava uma vida mais confortável do que muitos ex-jogadores. Morava com a mulher, Guiomar, na Ilha do Governador (Zona Norte).
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales
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