Carlos Roberto de Oliveira (Duque de Caxias, 13 de abril de 1954 — Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 2023), mais conhecido como Roberto Dinamite, foi um futebolista brasileiro que atuou como atacante. Considerado o maior ídolo da história do Vasco da Gama, fez história no Cruzmaltino durante as décadas de 70, 80 e 90, encerrando a carreira no mesmo time.
Morreu aos 68 anos.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Também foi presidente do clube entre 2008 e 2014. Chegou a atuar na política, sendo eleito deputado estadual do Rio de Janeiro pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) por cinco mandatos consecutivos.
É conhecido como ídolo do Vasco pelos torcedores, onde jogou 21 dos seus 22 anos como profissional, sendo o maior goleador da história do clube, com 708 gols, e o atleta com mais jogos disputados (1110 partidas), bem como o maior artilheiro do Estádio de São Januário, com 184 gols.
Foi considerado, numa votação entre 240 personalidades vascaínas pela revista Placar, como o maior jogador da história do Vasco. É também, junto com Pelé e Rogério Ceni, um dos únicos jogadores do futebol brasileiro a ter mais de mil jogos por uma equipe. Dinamite destaca-se, ainda, por ser o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro (190 gols) e do Campeonato Carioca (284 gols).
É considerado pela IFFHS o quinto maior goleador do futebol mundial em campeonatos nacionais de primeira divisão, com 470 gols em 758 jogos.
INFANCIA E CATEGORIAS DE BASE
Carlos Roberto de Oliveira nasceu em 13 de abril de 1954, às 4h25, no bairro São Bento, em Duque de Caxias. Logo cedo, Roberto (que naquela época era conhecido pelo apelido de Calu) começou a mostrar intimidade com a bola. Igual a muitas crianças apaixonadas pelo futebol, chegava a dormir com ela nos braços enquanto imaginava as jogadas que faria na próxima partida de várzea.
Aos 12 anos, o pequeno Calu já era titular do principal time do bairro, o Esporte Clube São Bento, onde se destacava como artilheiro. Nessas peladas tinha uma característica marcante: era o mais fominha e exigia de seus companheiros que as jogadas de ataque passassem pelos seus pés. Contudo, quando recebia a bola, dificilmente a devolvia.
Apesar do individualismo – era fã de Jairzinho, autor de gols em todas as partidas durante a conquista do tricampeonato mundial no México – já demonstrava toda sua habilidade e precisão nos arremates de curta e longa distâncias. Graças a isso, no ano de 1969, foi convidado a treinar nas categorias de base do Vasco por Gradim, olheiro do clube, responsável por garimpar jovens talentos nos campos de pelada espalhados pelo subúrbio do Rio de Janeiro. Um mês depois, já estava jogando na equipe juvenil dirigida por Célio de Souza. Em pouco mais de um ano no clube, já anotava mais de 46 gols.
Em um ano de clube, Roberto ganhou 15 quilos, graças a um rigoroso trabalho muscular, tornando-se um dos jovens mais promissores do clube, recebendo constantes elogios de treinadores e dirigentes. No Campeonato Carioca de Juvenis de 1970 foi o artilheiro vascaíno, com 10 gols. Já no mesmo torneio, no ano seguinte, foi mais longe: foi o artilheiro da competição, com 13 gols.
Desta maneira, despertou a atenção do técnico da equipe principal, Mário Travaglini, que o relacionou para a disputa do Brasileirão de 1971. No mesmo ano, já era apontado como a mais nova esperança de gols da equipe.
Surge o Roberto Dinamite que fez sua primeira partida profissional contra o Bahia, no dia 14 de novembro de 1971, com dezessete anos. O Bahia vencia por 1–0 e o treinador Admildo Chirol o colocou no lugar do meio campista Pastoril no intervalo da partida. Mas ainda não era hora do futuro ídolo. O Vasco acabou perdendo o jogo pelo placar de 1–0.
POLÍTICA
Entrou na política em 1992 elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em 1994 elegeu-se deputado estadual, cargo este onde se reelegeria em 1998, 2002, 2006 e 2010. Na eleição de 2002 já pertencia ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), onde permaneceu até o fim de seu mandato, não se reelegendo para o período 2015/2019.
DOENÇA E MORTE
Em janeiro de 2022, após passar por cirurgia devido a uma obstrução intestinal, Dinamite revelou ter sido diagnosticado com câncer, e que estava prestes a iniciar o tratamento de quimioterapia. Em 20 de agosto de 2022, Roberto Dinamite deixou hospital onde ficou internado por duas semanas. O ex-jogador recebeu alta após passar por cirurgia no intestino em tratamento contra o câncer.
Dinamite morreu às 10h50min do dia 8 de janeiro de 2023, no Hospital Unimed na Barra da Tijuca, em decorrência do câncer. O velório ocorreu no Estádio São Januário e seu corpo seguiu até o Cemitério Nossa Senhora de Belém, em Duque de Caxias, para o sepultamento.
Em homenagem ao ex-atacante, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, batizou o trecho da avenida em frente ao Estádio de São Januário em São Cristóvão para Avenida Roberto Dinamite.
Fonte: Wikipédia
Formatação: Helio Rubiales
Nenhum comentário:
Postar um comentário