“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



PESQUISAR: COLOQUE O NOME DO PERSONAGEM

25 de jun. de 2022

BARÃO DO RIO BRANCO - José Maria da Silva Paranhos Júnior - Arte Tumular - 1677 - Cemitério São Francisco Xavier, Caju, Rio de Janeiro, Brasil

 







Precedido por
João Manuel Pereira da Silva
(fundador)
Lorbeerkranz.png ABL - segundo acadêmico da cadeira 34
1898 — 1912
Sucedido por
Lauro Müller
Precedido por
Olinto de Magalhães
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
1902 — 1912
Sucedido por
Lauro Müller





ARTE TUMULAR
Monumento construído em granito e estatuária em bronze, composto por vário brocos de granito que sustentam uma escultura em bronze de uma figura feminina segurando um ramo de louros representando a gloria. Logo abaixo um relevo do Barão envolvido por uma guirlanda. Na parte central o seu nome nome e datas com letras em bronze. Do lado o seu  brasão nobiliárquicos .
Local: Cemitério São Francisco Xavier,  Caju, Rio de Janeiro, Brasil
Fotos: Internet
Descrição tumular: Helio Rubiales

José Maria da Silva Paranhos Júnior
José Maria da Silva Paranhos Júnior
Ministro das Relações Exteriores
Período3 de dezembro de 1902
10 de fevereiro de 1912
PresidenteRodrigues Alves
Afonso Pena
Nilo Peçanha
Hermes da Fonseca
Antecessor(a)Olinto de Magalhães
Sucessor(a)Lauro Müller
Embaixador do Brasil na Alemanha
Período16 de abril de 1901
10 de novembro de 1902
Nomeação porCampos Sales
Antecessor(a)Cyro de Azevedo
Sucessor(a)José Pereira da Costa Motta
Cônsul Geral do Brasil em Liverpool
Período1876 a 1893
Deputado Geral por Mato Grosso
Período11 de maio de 1869
10 de outubro de 1875
Dados pessoais
Nome completoJosé Maria da Silva Paranhos Júnior
Nascimento20 de abril de 1845
Rio de Janeiro (Município Neutro)
Império do Brasil
Morte10 de fevereiro de 1912 (66 anos)
Rio de JaneiroDistrito Federal
Brasil
ProgenitoresMãe: Teresa de Figueiredo Faria
Pai: José Maria da Silva Paranhos
Alma materFaculdade de Direito do Recife
CônjugeMarie Philomène Stevens
FilhosPaulo do Rio Branco
PartidoConservador
ProfissãoDiplomatacônsul, político, advogado, geógrafo e historiador
AssinaturaAssinatura de José Maria da Silva Paranhos Júnior
Títulos nobiliárquicos
Barão do Rio Branco30 de maio de 1888
COA Baron of Rio Branco.svg
PERSONAGEM
José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco (Rio de Janeiro, 20 de abril de 1845 — Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1912), foi um advogado, diplomata, geógrafo, professor, jornalista e historiador brasileiro. 
Morreu aos 66 anos.

SINOPSE
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, o Barão do Rio Branco ingressou nos estudos jurídicos ainda em 1862, na Faculdade de Direito de São Paulo, porém transferiu-se no último ano para a instituição pernambucana. Filho de José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco, Rio Branco é o patrono da diplomacia brasileira e uma das figuras mais importantes da história do Brasil. Foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 1911. 

BIOGRAFIA
Iniciou-se nas letras em 1863, nas páginas da revista Popular, com uma biografia sobre Luís Barroso Pereira, comandante da fragata Imperatriz. Posteriormente, em 1866, na revista l'Illustration, desenhou e escreveu sobre a guerra do Paraguai, defendendo o ponto de vista do Brasil. 

Em 1868, substituiu por três meses Joaquim Manuel de Macedo como professor na cadeira de corografia e história do Brasil, no Colégio Pedro II. 

A DIPLOMACIA 
Iniciou-se na carreira política como promotor público na comarca de Nova Friburgo (1868) e deputado geral pelo Partido Conservador representando a província de Mato Grosso (1869), ainda no Império. Em 1872 foi um dos fundadores e redator do periódico A Nação, tendo colaborado, a partir de 1891, no Jornal do Brasil. 

Cônsul-geral em Liverpool a partir de 1876, foi comissário do Brasil na Exposição Internacional de São Petersburgo em 1884, superintendente em Paris dos serviços de imigração para o Brasil em 1889 e ministro plenipotenciário em Berlim em 1900, assumindo o Ministério das Relações Exteriores de 3 de dezembro de 1902 até sua morte, em 1912. Ocupou o cargo ao longo do mandato de quatro presidentes da república — governos de Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca — configurando-se uma unanimidade nacional em sua época. 

Recebeu o título de barão do Rio Branco às vésperas do fim do período imperial, mas continuou a utilizar o título "Rio Branco" em sua assinatura mesmo após a proclamação da república, em 1889. Isso se deu por ser um monarquista convicto e para homenagear seu falecido pai, o senador e diplomata José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco. 

QUESTÕES INTERNACIONAIS 
Sua maior contribuição ao país foi a consolidação das fronteiras brasileiras, em especial por meio de processos de arbitramento ou de negociações bilaterais, conseguindo incorporar definitivamente ao Brasil 900 mil quilômetros quadrados, destacando-se três questões de fronteiras: 

AMAPÁ
A Intrusão Francesa no Amapá, em Maio de 1895, resultou em um massacre . Após o incidente, o Barão obteve uma vitória sobre a França sobre a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa. A causa foi ganha pelo Brasil em 1900, numa arbitragem conduzida pelo presidente da Suíça, Walter Hauser. A fronteira foi definida no rio Oiapoque. 
PALMAS
Em 1895, havia já conseguido assegurar para o Brasil boa parte do território dos estados de Santa Catarina e Paraná, em litígio contra a Argentina no que ficou conhecido como a questão de Palmas. Essa primeira arbitragem foi decidida pelo presidente norte-americano Grover Cleveland, e teve como opositor pelo lado da Argentina Estanislau Zeballos, que mais tarde se tornou ministro do exterior argentino e durante muito tempo acusou Rio Branco de perseguir uma política imperialista. 
ACRE 
Foi o prestígio obtido nesses dois casos que fez com que Rodrigues Alves escolhesse Paranhos para o posto máximo da diplomacia em 1902, quando o Brasil estava justamente envolvido em uma questão de fronteiras, desta vez com a Bolívia. 

Esta tentava arrendar uma parte do seu território a um consórcio empresarial anglo - americano. A terra não era reclamada pelo Brasil, mas era ocupada quase que integralmente por colonos brasileiros, que liderados por Plácido de Castro resistiam às tentativas bolivianas de expulsá-los, episódio que ficou conhecido como "Revolução Acriana". 

Em 1903, assinou com a Bolívia o tratado de Petrópolis, pondo fim ao conflito dos dois países em relação ao território do Acre, que passou a pertencer ao Brasil mediante compensação econômica e pequenas concessões territoriais. Esta é a mais conhecida obra diplomática de Rio Branco, cujo nome foi dado à capital daquele território (hoje estado). Em 1909, após 6 anos de negociação e tensões com o governo do Peru, assina o Tratado Velarde-Rio Branco, consolidando a posse brasileira do Acre perante o Peru. 

OUTROS SUCESSOS
Negociou com o Uruguai o condomínio sobre o Rio Jaguarão e a Lagoa Mirim, essencialmente uma concessão voluntária do Brasil a um vizinho que necessitava daqueles canais. Por essa razão, foi homenageado pelo governo do Uruguai, sendo conferido seu nome à antiga Pueblo Artigas, hoje cidade de Rio Branco, no departamento de Cerro Largo, vizinha da brasileira Jaguarão. 

O município de Paranhos, no Mato Grosso do Sul, localizado na fronteira com o Paraguai foi batizado em sua homenagem. 

Em 1905, sugeriu ao então ministro da guerra, Hermes da Fonseca, o envio de militares brasileiros ao Império Alemão com o objetivo de estes receberem treinamento militar avançado. Tal sugestão foi aceita pelo ministro e, de volta ao Brasil, estes militares passaram a ser conhecidos como os "Jovens Turcos". 

Em 1908, então no Rio de Janeiro, convidou o engenheiro Augusto Ferreira Ramos a projetar um sistema teleférico que facilitasse o acesso ao cume do Morro da Urca, conhecido mundialmente como o Bondinho do Pão de Açúcar. 

Em 1909, seu nome foi sugerido para a sucessão presidencial do ano seguinte. Rio Branco preferiu declinar de qualquer candidatura que não fosse de unanimidade nacional. 

Foi presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1907 - 1912) e escreveu dois livros. 

Seu filho, Paulo do Rio Branco, foi um proeminente jogador de rugby do Brasil na França. 

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E HOMENAGENS
Foi o segundo ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito em 1 de outubro de 1898, na sucessão de João Manuel Pereira da Silva. 

Atualmente, também há referência a seu famoso título de nobreza no nome do notório Instituto Rio Branco (instituição de ensino superior subordinada ao MRE que forma diplomatas de carreira). Fundado em 1945 como parte da comemoração do centenário de nascimento do Barão do Rio Branco, o IRBr localiza-se em Brasília atrás do Palácio do Itamaraty.

MORTE 
Sofrendo de problemas renais, pediu demissão de seu cargo, o que foi negado pelo presidente Hermes da Fonseca. 

Em seus últimos instantes de vida, lamentou o bombardeio da capital baiana, Salvador, motivado por uma crise política e ocorrido em 10 de janeiro de 1912. 

Sua morte, durante o carnaval de 1912, alterou o calendário da festa popular naquele ano, dado o luto oficial e as intensas homenagens que lhe renderam na cidade do Rio de Janeiro. 

Seu corpo foi sepultado no jazigo de seu pai, no Cemitério do Caju. 
Fonte: Wiukipédia
Formatação: Helio Rubiales



Nenhum comentário: