“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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19 de jul. de 2022

ARMANDO ALVARES PENTEADO - Arte Tumular - 1696 - Cemitério da Consolação, São Paulo, Brasil

 






ARTE TUMULAR 
Magnifico complexo tumular em forma de capela feita com mármore importado da França, com a particularidade de ser muito rico em mica, por isso torna-se brilhante, destacando a beleza das nuanças negras e marrom claro. O monumento é sustentado por 8 pilares apresentando a cor marrom e negra, dando uma certa transparência ao local. No terço médio superior uma viga intercepta os pilares em todos os lados. Logo acima, pilares menores representam janelas, que suportam a cobertura. Pela saliência de dois pilares paralelos na parte frontal da coberta representa a chaminé de uma lareira. Deste modo, o túmulo possui o mesmo aspecto que lembra a casa onde ele viveu. No centro, dentro do mausoléu, uma base tumular retangular com cerca de 80 cm. de altura, representando um esquife, suportando com um grande vaso de bronze vazio, que significa acolhimento e a separação do corpo da alma. 

Local: Cemitério da Consolação, São Paulo, Brasil
Jazigo: Rua 37, Terreno 10A 
Fotos: erbras75 (flickr.com.photo/sall) 
Descrição tumular: Helio Rubiales 

Armando Álvares Penteado
Nascimento31 de outubro de 1884
Morte27 de janeiro de 1947
CidadaniaBrasil
Brasão dos Paes de Barros Penteados.jpg
PERSONAGEM 
Armando Álvares Penteado (Santa Cruz das Palmeiras, 31 de outubro de 1884 — São Paulo, 27 de janeiro de 1947) foi um grande cafeicultor, empresário e mecenas brasileiro. Deu parte de sua fortuna para a formação da fundação que leva o seu nome. 
Morreu aos 63 anos de idade 

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA 
Filho de Antônio Álvares Leite Penteado e de Ana Franco de Lacerda (filha dos Barões de Araras), descendia por seu pai de João Correia Penteado *1666 +1739 e Isabel Pais de Barros *1673 +1753. Foi casado com Annie Alwis, natural de Nice, na França, porem o casal não deixou descendência. 

Doou parte de sua fortuna para a formação da Fundação Armando Álvares Penteado, que leva o seu nome, FAAP. 

 O seu pai. Conde por outorga papal, Antônio Álvares Penteado era um empreendedor inquieto, vanguardista para o século XIX. Um dos primeiros fazendeiros a substituir a mão-de-obra escrava por colonos europeus, Penteado também foi o primeiro a adotar máquinas agrícolas em sua propriedade e, ao perceber as mudanças econômicas na cena mundial, a montar uma indústria têxtil. 

 Além de bem sucedidos no campo econômico, os Álvares Penteado também eram investidores no âmbito cultural. Construído pelo Conde, o Teatro Santana, na rua Boa Vista, tornou-se referência obrigatória da música e das artes cênicas no período anterior à construção do Teatro Municipal. Penteado também ergueu um teatro na sua fábrica, onde levava espetáculos para seus operários. Baseado na premissa de que a hora do ensino profissionalizante era chegada, criou a Escola de Comércio Álvares Penteado, até hoje no Largo São Francisco. 

GOSTO PELA ARTE 
Armando Álvares Penteado conjugava ao espírito empreendedor um inequívoco gosto e vocação para as artes. Pintava, desenhava, esculpia, pesquisava fonografia e dedicava-se à arquitetura, cursada em São Paulo na Escola Politécnica. Com a morte do Conde em 1912, Armando trata de consolidar o patrimônio imobiliário e divide-se entre São Paulo e Paris, onde levada uma vida de contato com artistas, estúdios, exposições, livrarias. Enquanto isso, Silvio, seu irmão geria os negócios da família. 

DOAÇÕES 
Os Álvares Penteado moravam, no início do século XX, na mais bela casa de Higienópolis, a legendária Vila Penteado. Um dos últimos remanescentes do estilo art nouveau, tão caro à elite paulista ligada ao café e aos pioneiros da industrialização, a Vila Penteado, foi doada por Armando Álvares Penteado para a Universidade de São Paulo. A partir de então, a Vila passa a abrigar as instalações da FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. 


 

Vila Penteado 
Sem herdeiros, cresceu nele a ideia de direcionar seus bens para a realização dessa meta. Assim surgiu a ideia de uma fundação, que abrigaria uma "Eschola de Bellas Artes". Nela deveriam ser administrados cursos de Pintura, Escultura, Decoração e Arquitetura. Seu edifício deveria, inclusive, abrigar uma Pinacoteca. Armando faleceu em 1947 e a realidade tratou de complicar mas também de engrandecer os sonhos deste mecenas e amante das artes. 

MORTE
Faleceu prematuramente aos 63 anos, em 27 de janeiro de 1947.

Fonte: Wikipédia
Formatação: Helio Rubiales

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