“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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17 de jun. de 2022

OLGA BENÁRIO PRESTES - Arte Tumular - 1673 - DESCONHECIDO

 


Monumento em Ravenstruck

ARTE TUMULAR
Desconhecido





Olga Benário Prestes
Nome completoOlga Gutmann Benário Prestes
Nascimento12 de fevereiro de 1908
MuniqueReino da BavieraImpério Alemão
Morte23 de abril de 1942 (34 anos)
BernburgSaxônia-AnhaltAlemanha Nazista
CônjugeOtto Braun (1926–1931)
Luís Carlos Prestes (1934–1942)
Filho(a)(s)Anita Leocádia Prestes
OcupaçãoMilitante política

PERSONAGEM
Olga Gutmann Benário Prestes (Munique, 12 de fevereiro de 1908 — Bernburg, 23 de abril de 1942) foi uma militante comunista alemã de origem judaica.
Morreu aos 34 anos,

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Filha de Eugénie Gutmann Benário e Leo Benário, advogado e membro ativo do Partido Social Democrata Alemão. Com apenas quinze anos, em 1923, juntou-se à organização juvenil do Partido Comunista Alemão (KPD). 

Pouco tempo depois, mudou-se para Berlim com seu então namorado Otto Braun, devido a conflitos ideológicos com o pai. Olga ascendeu dentro do movimento comunista alemão após conflitos de rua contra milícias de extrema-direita no bairro de Kreuzberg, próximo a Neukölln. 

Casa onde viveu com seu companheiro Otto Braun

Placa de metal no piso da entrada da casa

Foi presa e acusada de alta traição à pátria, assim como seu companheiro Braun, porém foi solta pouco tempo depois, enquanto Braun não. Junto de seus companheiros de militância, planejou um assalto à prisão de Moabit para libertar Braun. Fugiram para a União Soviética, onde Olga recebeu treinamento político-militar. Separou-se de Braun em 1931. 

Olga foi enviada ao Brasil em 1934, por determinação da Internacional Comunista, para apoiar o Partido Comunista Brasileiro, junto de Luís Carlos Prestes — que logo se tornou seu cônjuge —, com o objetivo de liderar uma revolução armada com o apoio de Moscou. Em novembro de 1935, enquanto os preparativos insurrecionais eram planejados, um levante armado estourou na cidade de Natal, o que fez com que Prestes ordenasse que a insurreição fosse estendida ao resto do país. Porém, somente algumas unidades militares de Recife e do Rio de Janeiro sublevaram-se. A insurreição foi fortemente reprimida pelo governo Vargas e muitos líderes comunistas foram presos. 

O episódio ficou conhecido como Intentona Comunista. Após a Intentona, Olga e Prestes conseguiram viver na clandestinidade por mais alguns meses, mas acabaram presos em 1936. Na prisão, descobriu que estava grávida de Prestes. 

No mesmo ano foi deportada para a Alemanha nazista. Foi presa pela Gestapo ao chegar na Alemanha em 18 de outubro de 1936 e então levada para a Barnimstrasse, prisão de mulheres da Gestapo, onde teve sua filha, Anita Leocádia Prestes, que ficaria em seu poder até o fim do período de amamentação e depois, entregue à avó D. Leocádia. 

MORTE
Olga é executada em 23 de abril de 1942, com 34 anos de idade, na câmara de gás com mais 199 prisioneiras, no campo de extermínio de Bernburg.


Assim que chegou na Alemanha, Olga foi transferida para o campo de concentração de Lichtenburg nos primeiros dias de março de 1938, e em 1939 seria transferida para o campo de concentração feminino de Ravensbrück. Aqui, as prisioneiras viviam sob escravidão e eram sujeitas a experiências pelo médico Karl Gebhardt (ver: experimentos médicos nazistas). Relatos de sobreviventes contam que, durante o seu tempo em Ravensbrück, Olga organizou atividades de solidariedade e resistência, com aulas de ginástica e história.[25] Sua resistência na prisão e nos campos de concentração chegou a ser assunto de documentação interna da Gestapo, que assinalava sua falta de colaboração em interrogatórios, que lhe valeram castigos físicos, confinamento em solitária ou privação de comida, além da restrição na comunicação com parentes e amigos fora da prisão.

Com a Segunda Guerra Mundial e sem mais possibilidades de recursos à opinião pública, Olga seria um alvo óbvio para as políticas de extermínio nazistas: na Páscoa de 1942, com 34 anos de idade e quase quatro anos depois de transferida para Lichtenburg, Olga foi enviada para o campo de extermínio de Bernburg, onde foi executada na câmara de gás em 23 de abril de 1942 com mais 199 prisioneiras, dentre elas suas amigas Sarah Fidermann, Hannah Karpow, Tilde Klose, Irena Langer e Rosa Menzer. A notícia de sua morte foi feita através de um bilhete escondido na barra da saia de uma das presas.

Câmara de gás em que Olga foi executada em Bernburg.

 Sua família só soube de sua morte em julho de 1945, após o fim da guerra. Em 2015, na Rússia, arquivos da Gestapo, referentes às atividades do órgão de segurança nazista confiscados pelos russos em 1945, foram tornados públicos pelos Fundação Max Weber e o Instituto Histórico Alemão em Moscou. A mais extensa documentação sobre uma única pessoa é a referente a Olga Benário – o “Processo Benário”, composto por oito dossiês num total de mais de 2 000 folhas – considerada pela Gestapo como inimiga de Estado da Alemanha Nazista. Estes documentos mostram que a importância dada a Olga pela direção do III Reich era tal, a ponto do Reichsführer-SS Heinrich Himmler, o segundo homem na hierarquia nazista, ter recebido um extenso relatório confidencial sobre ela, classificando-a como “uma comunista perigosa e obstinada” e que “durante o interrogatório realizado não relatou nada sobre sua atividade comunista; a continuidade de sua permanência na prisão é, por isso, necessária no interesse da segurança do Estado”. Estes documentos também revelam cartas trocadas na prisão entre Olga, Luis Carlos Prestes e seus familiares, a última delas de abril de 1941, para tentar se manter informada sobre sua filha Anita, algo até desconhecido.

Fonte: Wikipedia
Formatação: Helio Rubiales

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