PROVÁVEL SEPULTURA
Sepultura fora do cemitério, especificamente: o corpo de Gaddafi foi enterrado em um local desconhecido no deserto da Líbia, junto com os de seu filho Mutassim Gaddafi e o ministro da defesa do regime, Abu-Bakr Yunis Jabr.
Coronel Muammar al-Gaddafi معمر محمد أبو منيار القذافي | |
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Líder Fraternal e Guia da Revolução da Líbia | |
Período | 1 de setembro de 1969 a 20 de outubro de 2011 |
Secretário-Geral | |
Primeiro-Ministro | |
Presidente do Conselho do Comando Revolucionário da Líbia | |
Período | 1 de setembro de 1969 a 2 de março de 1977 |
Primeiro-Ministro | |
Secretário-Geral do Congresso Geral do Povo da Líbia | |
Período | 2 de março de 1977 a 2 de março de 1979 |
Primeiro-Ministro | Abdul al-Obeidi |
Sucessor(a) | Abdul al-Obeidi |
Primeiro-Ministro da Líbia | |
Período | 16 de janeiro de 1970 a 16 de julho de 1972 |
Antecessor(a) | Mahmud al-Maghribi |
Sucessor(a) | Abdessalam Jalloud |
Dados pessoais | |
Nome completo | Muammar Mohammed Abu Minyar al-Gaddafi |
Nascimento | c. 1942 Abu Hadi, Líbia Italiana |
Morte | 20 de outubro de 2011 (69 anos) Sirte, Sirte, Líbia |
Progenitores | Mãe: Aisha Pai: Abu Meniar |
Alma mater | Universidade da Líbia Universidade Academia Militar de Benghazi |
Esposas | Fatiha al-Nuri (1969–1970) Safia Farkash (1970–2011) |
Filhos | 10 |
Partido | União Socialista Árabe (1971–1977) Independente (1977–2011) |
Religião | Islã (Sunismo) |
Assinatura | |
Serviço militar | |
Lealdade | Reino da Líbia República da Líbia Jamahiriya da Líbia |
Serviço/ramo | Exército Líbio |
Anos de serviço | 1961–2011 |
Graduação | Coronel |
Conflitos | Revolução de 1 de Setembro Guerra Líbia-Egito Conflito entre Chade e Líbia Guerra Uganda-Tanzânia Operação El Dorado Canyon Guerra Civil Líbia |
PERSONAGEM
Muammar Muhammad Abu Minyar al-Gaddafi[a] (c. 1942 – 20 October 2011), vulgarmente conhecido como Coronel Gaddafi, foi um revolucionário líbio, político e teórico político. Governou a Líbia como Presidente Revolucionário da República Árabe Líbia de 1969 a 1977 e depois como "Líder Fraternal" da Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia de 1977 a 2011. Inicialmente estava ideologicamente empenhado no nacionalismo árabe e no socialismo árabe, mas mais tarde governou conforme a sua própria Terceira Teoria Internacional.
Nascido perto de Sirte, Líbia Italiana, numa família beduína pobre, Gaddafi tornou-se um nacionalista árabe enquanto frequentava a escola em Sabha, matriculando-se mais tarde na Academia Militar Real, Benghazi. No seio das forças armadas, fundou um grupo revolucionário que depôs a monarquia Senussi, apoiada pelo Ocidente, de Idris I, num golpe de Estado em 1969. Tendo tomado o poder, Gaddafi converteu a Líbia numa república governada pelo Conselho do Comando Revolucionário. Governando por decreto, deportou a população italiana da Líbia e expulsou as bases militares ocidentais. Reforçando os laços com os governos nacionalistas árabes — especialmente o Egipto de Gamal Abdel Nasser — ele defendeu sem sucesso a união política pan-árabe. Um modernista islâmico, introduziu a xaria como base do sistema legal e promoveu o "socialismo islâmico". Nacionalizou a indústria petrolífera e utilizou as crescentes receitas estatais para reforçar os militares, financiar revolucionários estrangeiros, bem como implementar programas sociais com ênfase na construção de casas, cuidados de saúde e projetos educacionais. Em 1973, iniciou uma "Revolução Cultural" com a formação de Congressos Populares de Base, apresentados como um sistema de democracia direta, mas mantendo o controlo pessoal sobre as principais decisões. Descreveu a sua Terceira Teoria Internacional nesse ano no Livro Verde.
Gaddafi transformou a Líbia num novo estado socialista chamado Jamahiriya ("estado das massas") em 1977. Adotou oficialmente um papel simbólico na governação, mas permaneceu chefe dos comités militares e revolucionários responsáveis pelo policiamento e repressão da dissidência. Durante as décadas de 1970 e 1980, os conflitos fronteiriços mal sucedidos da Líbia com o Egipto e o Chade, o apoio aos militantes estrangeiros, e a alegada responsabilidade pelo atentado de Lockerbie na Escócia deixaram-no cada vez mais isolado na cena mundial. Uma relação particularmente hostil desenvolveu-se com os Estados Unidos, Reino Unido e Israel, resultando no bombardeamento da Líbia pelos Estados Unidos em 1986 e sanções económicas impostas pelas Nações Unidas. A partir de 1999, Gaddafi evitou o pan-arabismo e encorajou a aproximação com as nações ocidentais e o pan-africanismo; foi presidente da União Africana de 2009 a 2010. No meio da Primavera Árabe de 2011, protestos contra a corrupção e o desemprego generalizados eclodiram na Líbia Oriental. A situação levou a uma guerra civil, na qual a NATO interviu militarmente do lado do anti-Gaddafista Conselho Nacional de Transição (NTC). O governo foi derrubado e Gaddafi retirou-se para Sirte, sendo capturado e morto pelos militantes do NTC.
Uma figura altamente polarizante, Gaddafi dominou a política da Líbia durante quatro décadas e foi objeto de um culto de personalidade generalizado. Foi condecorado com vários prémios e elogiado pela sua postura anti-imperialista, apoio à unidade árabe e depois africana, bem como por melhorias significativas que o seu governo trouxe à qualidade de vida do povo líbio. Pelo contrário, muitos líbios opuseram-se fortemente às suas reformas sociais e económicas; e foi acusado postumamente de abuso sexual. Também foi condenado pelos opositores como um ditador cuja administração autoritária violava sistematicamente os direitos humanos e financiava o terrorismo global
MORTE
Em 20 de outubro de 2011, após a queda de Sirte, o último grande reduto das forças de Gaddafi, o Conselho Nacional de Transição informou oficialmente à Al Jazeera que Gaddafi havia sido capturado. De acordo com algumas fontes, Gaddafi teria sido ferido nas pernas ou levado dois tiros no peito, Segundo as primeiras informações, ele teria morrido em consequência desses ferimentos. Imagens de um vídeo amador mostram o corpo ensanguentado de Gaddafi, ainda vivo, sendo carregado como um troféu em Sirte.
O primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mahmoud Jibril, confirmou a morte do ex-líder Muammar Kadhafi, durante os confrontos pela tomada da cidade de Sirte. "Esperávamos havia muito tempo por este momento. Muammar Kadhafi foi morto", afirmou à Associated Press. Segundo Jibril, a autópsia determinou que o líder deposto foi morto por um ferimento de bala na cabeça, após sua captura. Jibril afirmou, durante entrevista coletiva, que Gaddafi estava em boa saúde e armado, quando foi encontrado. Enquanto era levado até uma caminhonete, levou um tiro no braço ou na mão direita. Posteriormente, levou um tiro na cabeça sob circunstâncias não claras.
O corpo de Gaddafi foi levado para uma câmara fria e ficou exposto para visitação pública, juntamente com o corpo de seu filho Mo'tassim e do chefe militar do regime Abu-Bakr Yunis Jabr, durante 4 dias. Posteriormente foram enterrados em um local secreto, numa simples e respeitosa cerimônia, de acordo com o governo líbio. De acordo com o jornal francês Le Figaro, o corpo de Muammar Gaddafi foi enterrado no meio do deserto em um local não especificado para evitar que o túmulo se torne um local de peregrinação de seus partidários. Em seu testamento político divulgado pouco depois da sua morte, Gaddafi exortou o seu povo a continuar lutando e resistindo de todas as formas contra o novo governo e deixou instruções sobre como ele gostaria de ser enterrado, a maneira muçulmana.
A notícia de seu falecimento gerou comoção entre os líderes africanos subsaarianos, que foram favorecidos por políticas sociais em seus países que tinham uma boa imagem do líder morte devido ao apoio dado pelo Regime Deposto ao Congresso Nacional Africano (CNA) em sua luta contra o Apartheid. Um senador nigeriano disse a imprensa local de seu país que "Gaddafi foi um dos grandes líderes africanos" e fez menção ao papel político dele na região. Em Uganda, 30 mil pessoas compareceram numa celebração religiosa para demonstrar luto pela morte do ex-líder líbio.
Os oponentes do seu regime, contudo, comemoraram sua morte. Mahmoud Jibril, na época um dos principais líderes da oposição líbia, afirmou que agora o país poderia iniciar sua transição para uma democracia plena. Mustafa Abdul Jalil, considerado líder político da revolta, declarou a "libertação" do país, três dias após a morte de Gaddafi. Líderes de nações ocidentais também receberam bem a notícia afirmando que agora a Líbia poderia seguir em frente. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos (país que mais participou do conflito), afirmou que a morte de Muammar al-Gaddafi "marca o fim de um longo e doloroso capítulo para o povo líbio".
Em entrevista concedida em 15 de dezembro de 2011, o então primeiro-ministro russo, e candidato à presidência daquela país, Vladimir Putin, acusou forças especiais dos Estados Unidos de estarem envolvidas no assassinato de Gaddafi. Por sua vez, os militares norte-americanos ridicularizaram a acusação.
Em 16 de dezembro de 2011, o procurador do Tribunal Penal Internacional, Luís Moreno OCampo, afirmou que a morte do antigo líder líbio poderá ser considerada um crime de guerra, a declaração ocorreu um dia após a divulgação de uma carta na qual Aisha Gaddafi solicitou a abertura de um inquérito para investigar a morte de seu pai e de seu irmão. Estima-se que pelo menos 30 mil pessoas tenham morrido no conflito.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales
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