“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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28 de abr. de 2020

GALBA ' IMPERADOR = Arte Tumular - 1513 - Mausoleum of Augustus,Rome, Lazio, Italy









Precedido por
Nero
Imperador romano
68 — 69
Sucedido por
Otão




Montagem gráfica

ARTE TUMULAR
MAUSOLÉU DE AUGUSTUS
O Mausoléu de Augustus foi um grande túmulo construído pelo imperador romano Augusto em 28 aC, no Campus Martius em Roma. O mausoléu ainda está aberto aos turistas, localizado na Piazza Augusto Imperatore, embora os estragos do tempo e descuido viraram ruínas.
O mausoléu foi um dos primeiros projetos iniciado por Augusto na cidade de Roma após a vitória de Augusto na batalha de Actium em 31 aC. O mausoléu era de formato circular sobre um plano, consistindo de vários anéis concêntricos de terra e tijolo, plantados com ciprestes e tampado por um telhado cónico e uma estátua de Augusto. Obeliscos de granito rosa ladeavam a entrada arqueada do mausoléu. A construção media 90 metros de diâmetro por 42 metros de altura.
Local: Mausoleum of Augustus,Rome, Lazio, Italy
GPS (lat/lon): 41.90611, 12.47639
Fotos: wikimedia.commons
Descrição: Helio Rubiales

Galba
Imperador Romano
Reinado9 de junho de 68
15 de janeiro de 69
PredecessorNero
SucessorOtão
EsposaEmília Lépida
Nome completoSérvio Sulpício Galba
Lúcio Lívio Ocela Sulpício Galba
Sérvio Galba César Augusto
Nascimento24 de dezembro de 3 a.C.
TerracinaItáliaImpério Romano
Morte15 de janeiro de 69 (70 anos)
RomaItáliaImpério Romano
PaiCaio Sulpício Galba
MãeMúmia Acaica

PERSONAGEM
Sérvio Sulpício Galba (em latim: Servius Sulpicius Galba (Terracina, 24 de dezembro de 3 a.C. - Roma, 15 de janeiro de 69) foi imperador romano de 8 de junho de 68 até a sua morte. Foi o primeiro dos quatro imperadores do ano de 69, conhecido como ano dos quatro imperadores.
Morreu aos 70 anos.



SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Teve uma brilhante carreira política, atingindo o consulado em 33, sendo posteriormente governador da Germânia e procônsul da África (45-60). Em 60 passou a governar a Tarraconense, onde iniciou a rebelião contra Nero incitado por Caio Júlio Víndice. Proclamado imperador, marchou sobre Roma com o apoio de Otão, obtendo o reconhecimento tanto do senado quanto dos pretorianos.

Contudo, logo perdeu os seus apoios devido à sua política de austeridade. Otão, desiludido por não ter sido nomeado como sucessor, organizou um complô contra o imperador. Após uns escassos sete meses de governo, Galba foi assassinado no Fórum, ficando o Império mergulhado na guerra civil. 

FAMÍLIA
Galba nasceu com o nome de Sérvio Sulpício Galba nas imediações de Terracina. Segundo Suetônio: 

“ O imperador Sérvio Galba nasceu sob o consulado de M. Valério Messala e de Cn. Lêntulo, o oveno dia das calendas de janeiro, numa quinta situada sobre uma colina perto de Terracina, à esquerda indo gaibapara Fondi.” 

Galba se dizia bisneto do cônsul Quinto Lutácio Cátulo Capitolino, e, quando se tornou imperador, apresentava uma árvore genealógica em que era descendente de Júpiter, pelo lado paterno, e de Pasifae, esposa de Minos, pelo lado materno. O seu avô paterno, um político modesto a quem Suetônio dedica um trecho da sua obra, predisse a sua ascensão ao poder. O seu pai era o cônsul Sérvio Sulpício Galba, homem de desagradável físico, medíocre oratória e astúcia legislativa. A sua mãe era Múmia Acaica, neta do orador Cátulo e bisneta do militar Lúcio Múmio Acaico. Frutos do primeiro matrimônio do seu pai nasceram Sérvia e Caio, que fugiu para Roma após malgastar a sua fortuna; posteriormente se suicidaria como consequência da negativa do imperador Tibério a assinar-lhe uma das províncias anuais. Após o seu matrimônio com Acaica, o seu pai casou-se com Lívia Ocelina, que o adotou. Em agradecimento, o futuro imperador adotou os seus nomes passando a chamar-se Lúcio Lívio Ocela Sérvio Sulpício Galba (em latim: Lucius Livius Ocella Servius Sulpicius Galba); somente renunciaria aos mesmos após a sua ascensão ao trono.

Apesar de proceder de uma família nobre e de grande fortuna, não era relacionado por adoção ou nascimento com os seis primeiros césares, os membros da dinastia júlio-claudiana, que ainda o levavam como apelido por direito próprio, mais que como título. Quando observaram a sua precocidade, tanto Augusto quanto Tibério auguraram-lhe que encontraria o seu lugar no cume do império.

Suetônio afirma que cultivou a ciência da jurisprudência com considerável assiduidade. Casou com Lépida, com quem teve dois filhos; porém, após a morte de todos eles tornaria-se célibe. Enquanto viveu Lívia, Galba gozou do seu favor. À sua morte, a esposa de Augusto mencionou-o no seu testamento, porém não pôde receber nada como consequência da intervenção de Tibério.

ASCENSÃO
Ascensão Enquanto estava em Clúnia (que receberia o apelativo de Sulpícia n em sua honra), na Primavera de 68, recebeu informações que afirmavam que o imperador enviara cartas com ordens de assassiná-lo; isto pode tê-lo levado a unir-se à rebelião de Víndice quando este solicitou a sua ajuda.[18] Antes de caír Víndice, Galba recrutou uma legião de provinciais, a VII Galbiana, que, convertida em Gemina, seria posteriormente a única da Península, com sede na atual cidade de Leão. A ela somava-se a única legião naquele tempo presente na Hispânia, a VI Vitoriosa. Além disso, criou uma espécie de senado com caráter consultivo, bem como um corpo de novos cavaleiros, os evocados (evocati), que deviam emprestar serviços militares.

Galba concedeu à cidade de Clúnia a categoria de colônia romana e o epíteto de Sulpícia, pois fora proclamado imperador nela. Também foi o responsável pela criação da VII Legião Galbiana, que seria durante séculos a única legião romana acantonada na Península Ibérica.

Apesar de todos estes preparativos, quando faleceu Víndice, esteve à beira do suicídio; no entanto, renunciou a isso após a chegada de notícias da capital que informavam da morte de Nero. Após isso acrescentou ao seu nome o título de César e, depois da derrota dos seus possíveis rivais ao trono, o prefeito do pretório Ninfídio Sabino e os legados Fonteio Capitão (Germânia) e Clódio Macer (África).

IMPERADOR
Durante a sua marcha e à sua chegada à capital imperial, tomou uma reputação de avaro e ambicioso, devido às impopulares medidas que aprovou com o fim de restaurar os fundos estatais, esgotados pela generosidade de Nero e as despesas das campanhas na Armênia e Judeia. Assim, apesar de ser extraordinariamente rico, recusou pagar à Guarda Pretoriana a recompensa prometida no seu nome.Galba era velho e fraco, a sua avançada idade minguara as suas energias, deixando-o totalmente nas mãos dos seus homens de confiança. Três de eles - o senador Tito Vínio, com o que compartilhou o seu segundo consulado, o comandante pretoriano Cornélio Laco, e o seu liberto Icelo Marciano - eram conhecidos como os "três pedagogos" como consequência da influência que exerciam sobre o imperador.

A chegada de Galba a Roma foi lenta e sangrenta: foram mortos o cônsul designado Cingônio Varrão e o ex-cônsul Públio Petrônio Turpiliano; o primeiro por ter sido cúmplice de Ninfídio, o segundo por ser um dos generais de Nero. Eles foram mortos sem que ninguém soubesse, e sem direito à defesa, e o povo acreditou que eles eram inocentes.

As suas políticas, bem como a impunidade com a que permitia agir aos seus agentes, valiou-lhe o ódio do povo e o exército.[ O minguado intelecto do imperador inclinou-se por acreditar que esta hostilidade era devida à ausência de um herdeiro, pelo qual adotou Lúcio Calpúrnio Pisão Frúgio Liciano; isto decidiu Otão a iniciar a sua marcha sobre a capital.

QUEDA
A 1 de janeiro de 69, duas legiões da Germânia Superior recusaram renovar o juramento de lealdade que os vinculava com Galba, derribaram as suas estátuas e exigiram a escolha de um novo imperador. Ao dia seguinte as legiões da Germânia Inferior nomearam imperador o seu comandante, Vitélio. Esta rebelião fez ao imperador compreender a dimensão da sua impopularidade e do descontente do povo. Por outro lado, os pretorianos eram cada vez mais nervosos ao não ver perto os seus donativa habituais.

Marco Sálvio Otão, que naquele tempo se encontrava à frente da província da Lusitânia, fora sempre um dos seus mais fiéis adeptos. Apesar disso, Otão estava indignado com Galba quando ficou a saber que não o nomeara herdeiro; esta situação impulsou-o a iniciar contato com os descontentes membros da Guarda Pretoriana, que decidiram nomeá-lo imperador.

MORTE
Galba foi assassinado no Fórum Romano na manhã de 15 de janeiro de 69, quando contava com 72 anos de idade. O seu sucessor seria assassinado poucos dias depois. Plutarco afirma que o imperador ofereceu o pescoço aos seus assassinos exclamando:

“ Matai-me, se disso depender o bem de Roma. ” 
Esperando serem recompensados e ansiosos por obter o favor de Otão, cerca de 120 pessoas declararam-se autoras do crime, com cujos nomes se confeccionou uma listagem. Quando este escrito caiu nas mãos de Vitélio, este ordenou executar todos os que figuravam nela.

Fonte- pt.wikipedia.org
Formatação- Helio Rubiales

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