João Gilberto OMC | |
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João Gilberto em show de 1996. | |
Nome completo | João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira |
Conhecido(a) por | O Mito Joãozinho |
Nascimento | 10 de junho de 1931 Juazeiro, Bahia |
Morte | 6 de julho de 2019 (88 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Miúcha |
Filho(s) | Bebel Gilberto |
Ocupação | músico |
Carreira musical | |
Período musical | 1949–2008 |
Gênero(s) | |
Instrumento(s) | |
Gravadora(s) | |
Afiliações | |
Página oficial | |
www |
João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira OMC (Juazeiro, 10 de junho de 1931 — Rio de Janeiro, 6 de julho de 2019) foi um cantor, violonista e compositor brasileiro. Considerado um artista genial, revolucionou a música brasileira ao criar uma nova batida de violão com influências do jazz para tocar samba: a "bossa nova".
Morreu aos 88 anos.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
O jeito suave de cantar também foi visto como inovador. Para a revista Rolling Stone Brasil, foi um dos 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão e também o segundo maior artista brasileiro de todos os tempos, seguindo Tom Jobim (também músico e o compositor e arranjador dos maiores sucessos da carreira de João Gilberto).
Desde o lançamento do compacto que continha Chega de Saudade e Bim Bom, munido apenas da voz e do violão, começou uma revolução na música mundial. Dono de uma sonoridade original e moderna, João Gilberto levou a música popular brasileira ao mundo, principalmente para os Estados Unidos, Europa e Japão.
Tido como um dos músicos mais influentes no jazz americano do século XX, ganhou prêmios importantes nos Estados Unidos e na Europa, como o Grammy, em meio à beatlemania.
VIDA
Filho de Joviniano Domingos de Oliveira, um próspero comerciante, e Martinha do Prado Pereira de Oliveira, João, conhecido na época como Joãozinho da Patu, nasceu em Juazeiro, sertão da Bahia, nas margens do rio São Francisco. Lá, viveu até 1942, quando passou a estudar em Aracaju, Sergipe, sempre tocando na banda escolar.
Em 1946, voltou a Juazeiro, onde teve a oportunidade de escutar de Orlando Silva, Dorival Caymmi e Carmen Miranda a Duke Ellington, Tommy Dorsey e Charles Trenet nos alto-falantes da cidade. Teve também contato com música em casa, já que seu Joviniano tocava cavaquinho e saxofone como amador, além de incentivar financeiramente a Banda de Música 22 de Março.
Nessa época, João costumava formar conjuntos vocais com os colegas de escola. Aos sete anos, percebeu um erro na execução da organista da igreja em meio às dezenas de vozes do coro, mostrando, desde a infância, o ouvido privilegiado que possuía. Aos 14 anos, ganhou seu primeiro violão do pai. Ainda em Juazeiro, formou um conjunto vocal chamado Enamorados do Ritmo. Seu maior ídolo na época era Orlando Silva, em quem se espelhava para cantar.
Mudou-se para Salvador em 1947. Durante os três anos vividos na capital baiana, abandonou os estudos para se dedicar exclusivamente à música e iniciou, aos 18 anos, sua carreira artística no cast da Rádio Sociedade da Bahia.
A APRESENTAÇÃO DA BATIDA
Chegando ao Rio de Janeiro em 1957, João, com 26 anos, procurou mostrar sua nova técnica aos músicos e, quem sabe, conseguir gravar. Apresentou-se para vários músicos, intrigando alguns, entre eles Tito Madi e Edinho, do Trio Irakitan, mas encontrou seu caminho ao se apresentar para Roberto Menescal, em história já conhecida e consagrada. Em meio a uma grande festa, Menescal abriu a porta para um sujeito que pedia um violão. Surpreso com o pedido e diante de insistência, Roberto Menescal acabou por levar aquele que era João Gilberto para o quarto. Lá, João apresentou "Bim Bom" e encantou o jovem Menescal, que fugiu da festa dos pais e partiu para uma pequena turnê pelo Rio de Janeiro, apresentando a nova batida para gente como Ronaldo Bôscoli e em lugares como o apartamento de Nara Leão. João explicou algumas de suas novas técnicas a Menescal e Bôscoli: a mão direita tocava acordes, e não notas, produzindo harmonia e ritmo ao mesmo tempo. Além disso, utilizava-se de técnicas de respiração de ioga, o que lhe permitia alongar frases melódicas sem perder o fôlego.
Nessa época, João se apresentou na casa de Chico Pereira, que gravou a apresentação em um gravador Grundig. Essa gravação, adquirida de japoneses por um fã sueco e remasterizada por um engenheiro de som francês, caiu na internet em 2009, causando grande reboliço em blogs dedicados à música e em fãs de bossa nova. Chico ainda ajudou João a se aproximar de Tom Jobim, que trabalhava na gravadora Odeon, para gravar um disco. Ele se encantou principalmente com o violão de João, vendo ali uma oportunidade de modernização do samba, através da simplificação do ritmo e da inclusão de novas harmonias, principalmente algo mais funcional, modalismo, criando liberdade para os arranjos. Entusiasmado, Tom apresentou a João uma nova composição que fizera há um ano com o poeta Vinicius de Moraes, mas que estava encostada, chamada Chega de Saudade.
Existem registros de fitas gravadas de forma amadora também pelo cantor Luís Cláudio. João passou a ficar conhecido no meio musical carioca. Chegou a tocar junto de Severino Filho e Badeco, dos Cariocas, Chaim e João Donato, com quem compôs Minha Saudade, que logo se tornou um standard do período. João tocava regularmente na boate do hotel Plaza, que começou a ser ponto de encontro de músicos. Lá, João tocava junto de Milton Banana, que adequou sua bateria ao estilo de João, tocando baixo, com uma escova e a baqueta no aro da caixa. Tom Jobim era assíduo frequentador da boate, aonde ia para escutar João Gilberto.
MORTE
João Gilberto morreu em 6 de julho de 2019, aos 88 anos de idade, em sua casa no Rio de Janeiro. O músico vinha apresentando problemas de saúde havia alguns anos.[90] O velório aconteceu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e seu corpo foi sepultado no Cemitério Parque da Colina, em Niterói.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales
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