Artur, Príncipe de Gales Casa de Tudor 20 de setembro de 1486 – 2 de abril de 1502 | ||
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Precedido por Eduardo de Middleham | Príncipe de Gales 29 de novembro de 1489 – 2 de abril de 1502 | Sucedido por Henrique VIII |
Local: Worcester Cathedral Worcester, City of Worcester, Worcestershire, England
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PLOT Chantry of Prince Arthur in the quire opposite King John
Fotos: Findagrave
Descrição tumular: Helio Rubiales
Artur | |
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Príncipe de Gales | |
Esposa | Catarina de Aragão |
Casa | Tudor |
Nascimento | 20 de setembro de 1486 |
Priorado de Saint Swithun, Winchester, Hampshire, Inglaterra | |
Morte | 2 de abril de 1502 (15 anos) |
Castelo de Ludlow, Ludlow, Shropshire, Inglaterra | |
Enterro | Catedral de Worcester, Worcester, Worcestershire |
25 de abril de 1502 | |
Pai | Henrique VII de Inglaterra |
Mãe | Isabel de Iorque |
Artur Tudor (Winchester, 20 de setembro de 1486 – Ludlow, 2 de abril de 1502) foi Príncipe de Gales, Duque da Cornualha e Conde de Chester como filho mais velho e herdeiro aparente de Henrique VII de Inglaterra e sua esposa Isabel de Iorque.
Morreu aos 15 anos.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Ele foi o primeiro filho do casal, tendo nascido alguns meses depois do casamento. Artur foi visto por seus contemporâneos como a grande esperança da Casa de Tudor, já que seu nascimento foi um símbolo do fim da Guerra das Rosas que depôs seu tio-avô Ricardo III.
O planejamento do casamento de Artur começou antes de seu aniversário de três anos; ele foi investido Príncipe de Gales dois anos depois. Ele cresceu muito próximo de seus irmãos Margarida e Henrique, Duque de Iorque, com o último partilhando alguns de seus tutores.
Aos onze anos, Artur foi formalmente prometido a Catarina de Aragão, filha dos poderosos monarcas católicos da Espanha, na esperança de reforçar uma aliança anglo-espanhola contra a França. Artur era bem educado e teve boa saúde por grande parte da vida, contrário a crença moderna.
Pouco depois de se casar com Catarina em 1501, os dois foram morar no Castelo de Ludlow, Shropshire, onde Artur morreu seis meses depois de uma doença desconhecida. Catarina posteriormente afirmaria veementemente que o casamento nunca foi consumado. Um ano após a morte do filho, Henrique VII renovou seus esforços para uma aliança matrimonial com a Espanha ao prometer Catarina ao irmão mais novo de Artur, Henrique, que já havia se tornado o novo Príncipe de Gales. A morte de Artur acabou selando o caminho para a ascensão de seu irmão em 1509 como Henrique VIII e seu subsequente reinado de 37 anos, que abrangeu a separação da Igreja Anglicana da Igreja Católica e sua busca por um herdeiro masculino através de seis casamento
CASAMENTO
Henrique planejava casar Artur com uma das filhas dos monarcas católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela para poder forjar uma aliança anglo-espanhola contra a França. Foi sugerido que seria apropriado que o príncipe se casasse com Catarina, a filha mais nova de Fernando e Isabel. O Tratado de Medina del Campo de 27 de março de 1489 dizia que Artur e Catarina se casariam assim que completassem a idade canônica; também foi estabelecido que o dote de Catarina seria de duzentas mil coroas (equivalente a sete milhões de libras esterlinas em 2007). Uma dispensa papal permitindo o casamento foi emitida em fevereiro de 1497 e os dois foram prometidos por procuração em 25 de agosto de 1497. Um casamento por procuração ocorreu dois anos depois na Mansão Tickenhill de Artur em Bewdley, perto de Worcester; o príncipe afirmou a Rodrigo de Puebla, representante de Catarina, que "ele muito se alegrou ao contrair o casamento por causa de seu profundo e sincero amor pela Princesa".
O casal trocou cartas em latim até o aniversário de quinze anos de Artur, quando ele foi considerado velho o bastante para se casar. Em uma carta de outubro de 1499, Artur chama Catarina de "minha querida esposa" e escreveu que "Não te posso dizer o quão sinceramente desejo ver vossa Alteza, e como vexatória para mim é essa procrastinação sobre sua vinda. [Que] seja apressada, [que] o amor concebido entre nós e os desejos de alegria possam colher seus frutos adequados". Catarina desembarcou na Inglaterra em Plymouth no dia 2 de outubro de 1501. Os dois se encontraram pela primeira vez em Dogmersfield, Hampshire, no dia 4 de novembro. Artur escreveu a Fernando e Isabel afirmando que seria um "marido amável e verdadeiro"; os dois logo descobriram que tinham aprendido pronúncias diferentes do latim e não conseguiam se comunicar. Catarina chegou a Londres em 9 de novembro.
A cerimônia ocorreu em 14 de setembro na Catedral de São Paulo; os noivos usaram cetim branco. O casamento foi realizado por Henrique Deane, o Arcebispo da Cantuária, com a ajuda de Guilherme Warham, Bispo de Londres. Depois da cerimônia, Artur e Catarina foram para o Castelo de Baynard, onde foram entretidos pelas "crianças com as melhores vozes da capela do Rei, que cantaram muito docemente em harmonia singular". O que se seguiu foi uma cerimônia para levar o casal para a cama por Margarida Beaufort: a cama foi borrifada com água benta e em seguida Catarina foi conduzida para fora do banquete por suas damas de companhia. Ela foi despida, vendada e "reverentemente" colocada na cama, enquanto Artur "em sua camisa, com uma camisola vestida sobre ele", foi levado por seus cavalheiros até o quarto ao mesmo tempo que violas e tamborins eram tocados. O bispo Warham abençoou a cama e rezou para que o casamento fosse frutífero, após o qual o casal foi deixado sozinho. Essa é a única cerimônia pública para levar um casal real para a cama na Grã-Bretanha no século XVI.
Depois de ficarem na Mansão Tickenhill por um mês, Artur e Catarina deixaram Londres e foram para as Bordas Galesas onde estabeleceram sua criadagem no Castelo de Ludlow. O príncipe estava ficando cada vez mais fraco depois do casamento, e mesmo a princesa estando relutante em acompanhá-lo, o rei ordenou que ela se juntasse ao marido. Artur achou fácil governar Gales, já que as fronteiras haviam ficado mais calmas depois de séculos de confrontos. Artur e Catarina sofreram de uma doença desconhecida em março de 1502, "um vapor maligno que procedeu a partir do ar". Apesar de Catarina ter se recuperado, Artur morreu em 2 de abril de 1502 seis meses antes de seu aniversário de dezesseis anos.
As notícias da morte de Artur chegaram na corte de Henrique em 4 de abril. O rei foi acordado no meio da noite por seu confessor, que citou Jó ao perguntar: "Se recebemos boas coisas da mão de Deus, por isso não podemos suportar coisas malignas?" Ele contou que seu "querido filho partiu para Deus", com Henrique caindo às lágrimas. "Tomado pela dor e emocionado", ele pediu para que sua esposa fosse trazida para seus aposentos, a fim de "receberam as dolorosas notícias juntos". Isabel lembrou Henrique que Deus havia lhe ajudado a conquistar o trono e "sempre o preservou", complementando que eles ainda tinham "um belo príncipe e duas belas princesas e que Deus está onde ele estava, e que [os dois] ainda eram jovens". Isabel caiu no chão e chorou logo após deixar os aposentos de Henrique, enquanto suas damas de companhia rapidamente chamaram o rei que "a consolou".
Um cortejo geral pela salvação da alma de Artur ocorreu em 8 de abril. Naquela noite, um hino fúnebre foi cantado na Catedral de São Paulo e em todas as paróquias de Londres. O corpo do príncipe foi embalsamado e em 23 de abril foi borrifado com água benta, enrolado em um dossel e carregado do castelo até a Igreja Paroquial de Ludlow por vários nobres e cavaleiros. O corpo de Artur foi levado para a Catedral de Worcester no dia 25 através do rio Severn em uma "carroça especial forrada de preto e puxada por seis cavalos, também vestidos de preto". Como era costume, Catarina não compareceu ao funeral. Tomás Howard foi o pranteador chefe. Ao final, sir Guilherme Uvedale, sir Ricardo Croft e os arrumadores da criadagem de Artur quebraram seus bastões de serviço e os jogaram na sepultura. O brasão de Artur foi mostrado durante o funeral junto com as de Cadwaladr ap Gruffydd e Bruto de Tróia. Uma chantria foi erguida sobre sua sepultura em 1504.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales
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