“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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6 de mar. de 2018

FILIPE II DA MACEDÔNIA - Arte Tumular - 1248 - Cidade de Vergina, a antiga Egas, capital da Macedônia



Filip II Macedonia.jpg



Precedido por
Pérdicas III
Rei da Macedónia
359336 a.C.
inicialmente como regente de Amintas IV
Sucedido por
Alexandre, o Grande

Entrada tumular
Larnáx

ARTE TUMULAR
Encontrou-se entre outras tumbas, um sepulcro real intacto na necrópole da cidade de Vergina, a antiga Egas, capital da Macedônia.  A tumba tem uma entrada em declive e afunilada, com paredes laterais, terminando num portal dando acesso aos túmulos dos reis macedônicos.  Os restos mortais depois de cremados seriam colocados dentro de urnas de ouro, chamadas larnáx

Local:  Cidade de Vergina, a antiga Egas, capital da Macedônia
Fotos: http://osreisdamacedonia.blogspot.com.br/2010/07/filipe-ii-359-336-ac-parte-v.html
                     pt.wikipedia.org
Descrição tumular (adaptação): Helio Rubiales


Filipe II da Macedônia


Φίλιππος Β΄
Rei da Macedônia
Filip II Macedonia.jpg
Busto de Filipe II à mostra na Gliptoteca Ny Carlsberg
Reinado359 a.C. a 336 a.C.
RainhaOlímpia
ConsorteAudata
Fila
Nicesípolis
Filina
Olímpia
Meda
Cleópatra Eurídice
Antecessor(a)Amintas IV
Sucessor(a)Alexandre, o Grande
Nome completo
Nome legal completo não-titular
Nascimento382 a.C.
Pela
Morte336 a.C. (46 anos)
EnterroVerginaMacedónia
Filho(s)Cinane
Filipe III
Alexandre, o Grande
Cleópatra
Tessalônica
PaiAmintas III
MãeEurídice

PERSONAGEM
Filipe II da Macedônia (português brasileiro) ou Macedónia (português europeu) (em grego: Φίλιππος Β΄, Pela, 382 a.C. — 336 a.C.) foi rei da Macedônia de 359 a 336 a.C.  Filipe II, apesar de seu importante papel na história da Macedônia, é mais conhecido do grande público como o pai de Alexandre o Grande.
Morreu aos 46 anos

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
 A Macedônia era rica em ouro e financiadora de um exército forte e efetivo, cuja eficácia se deveu muito aos esforços pessoais de Filipe. Era uma barreira entre a Grécia e o mundo bárbaro, mas os conflitos da Tessália e a intervenção de Tebas a introduziram no quadro grego.

 Filipe, filho de Amintas III, começou a governar a Macedônia em uma época em que o país estava dominado pelos ilírios, e libertou o reino pela força das armas e por sua habilidade como comandante militar; mas foi mostrando-se moderado em relação aos derrotados que ele se tornou o maior poder na Europa. Aqueles que haviam lutado contra ele pela liderança, por causa da sua clemência, entregaram-lhe a autoridade sobre a Grécia; mas ele também sabia usar o medo como instrumento de dominação, como quando ele arrasou uma cidade populosa, Olinto.


FAMILIA
Seu pai foi Amintas III, rei da Macedônia. Sua mãe foi Eurídice, ela era neta de Arrabeu, rei de Lincéstida e da família dos baquíadas.

FILIPE ASSUME O PODER
Filipe assumiu o controle em 359 a.C., não como rei, mas como guardião de seu sobrinho, Amintas IV, um jovem menino. Seu país estava à beira do colapso, tendo perdido quatro mil homens em batalha, enquanto as forças vitoriosas de Bardílis ocupavam cidades na Pelagônia e Linco e ameaçavam invadir a própria Macedônia em 358 a.C..

Filipe empenhou-se em seu exército, reunindo assembleia após assembleia, rearmando e treinando sua infantaria e inspirando-os com seu próprio espírito indômito. Na primavera de 358 a.C., ele convenceu a assembleia dos homens do rei de que deveriam tomar a ofensiva. Em uma batalha decisiva, com números quase iguais, ele infligiu uma derrota danosa sobre Bardílis, estabeleceu a margem leste do lago Líctinis (Ócrida) como sua fronteira e confirmou o tratado de paz com Bardílis casando com sua filha, Audata.

Sua vitória libertou a Pelagônia, Linco e os outros estados tribais da Macedônia ocidental, chamada então "Macedônia superior", da invasão e ocupação dos dardânios. Convidou então os povos desses estados a abolir suas monarquias e entrar para o reino macedônico com direitos iguais aos dos macedônicos. O convite foi aceito e Filipe mostrou seu respeito por seus novos súditos casando-se com Fila, membro da família real Elimeota.

 Por meio desse ato, que Filipe deve ter realizado com o acordo da assembleia dos macedônicos, ele dobrou os recursos e a força humana do reino. Era importante subir o padrão da vida na Macedônia superior para igualá-lo ao da Macedônia inferior e, com esse intuito, ele fundou ali novas cidades, nas quais os jovens recebiam treinamento educacional e militar. Conforme se graduavam, ele recrutava os melhores para o exército do rei e para tornar-se membros da assembleia como "macedônicos". Suas inovações foram tão bem-sucedidas que o número de seus cavalarianos acompanhantes passou de 600, em 358 a.C., para 2.800 em 336 a.C., e o número de acompanhantes de infantaria passou de 10 mil em 358 a.C. para 27 mil em 336 a.C.. Alexandre herdaria o mais formidável exército da Europa.

O CASAMENTO DE FILIPE
A campanha planejada na Ásia arriscaria tanto sua vida quanto à de Alexandre, e o único outro filho sobrevivente, Arrideu, não era capaz de governar. Filipe não era o único a desejar que um de seus filhos o sucedesse, uma vez que os macedônicos acreditavam que o favor divino passava de pai para filho na casa real. Em 341 a.C., ele se casou com Meda, a filha de um rei dos getas. Nessa época, as quatro esposas dos primeiros anos, 358 a.C.-356 a.C., estavam passando ou já haviam passado da idade de ter filhos, e ele esperava, sem dúvida, que Meda lhe desse um filho varão. Em 339 a.C., ele pode ter se casado com uma princesa cita, cuja mão lhe fora oferecida pelo rei em Dobruja, Atéas.

Foi provavelmente antes, em 337 a.C., que Filipe tomou em casamento não um membro de sua própria casa real nem uma princesa de outra casa real, mas uma jovem macedônica do povo, Cleópatra. Ela era tutelada de Átalo, um Guarda-Costas do rei; este fora escolhido para comandar a infantaria macedônica que estava prestes a invadir a Ásia. Esse casamento não estava na tradição macedônica, pois uma família do povo estava sendo introduzida no círculo real. Um escritor posterior, Sátiro, declarou que Filipe, já com mais de 40 anos, havia se apaixonado perdidamente pela jovem e fez aquele que provaria ser um casamento desastroso.

O ASSASSINATO DE FILIPE
Após o término da procissão, alguns dos amigos de Filipe, encabeçados por Alexandre como sucessor escolhido e pelo outro Alexandre, rei de Molóssia, entraram pelo parados e tomaram seus assentos designados na fileira da frente. Vieram em seguida os guardas da infantaria, que se colocaram no canto da orquestra. Filipe entrou sozinho, usando um manto branco, e ficou no centro da orquestra, recebendo as aclamações dos espectadores. Os sete guarda-costas, que haviam entrado atrás dele, ficaram a alguma distância. Repentinamente, um deles, Pausânias de Oréstide, correu para a frente, apunhalou o rei e fugiu pelo parado.

Três guarda-costas correram para o lado do rei. Três outros — chamados Leonato, Pérdicas e Atalo — correram atrás de Pausânias, que tropeçou e caiu. Eles o mataram com suas lanças. Na orquestra, o rei jazia morto. O motivo pessoal de Pausânias logo foi estabelecido. Começara com um caso homossexual entre ele e um pajem real. Essas relações eram tão aceitáveis quanto as heterossexuais (de fato, frequentemente concorriam com elas), e faziam parte de uma tradição militar que naquela época, por exemplo, louvava os tebanos do batalhão sagrado como "casais de amantes". Quando o relacionamento terminou, Pausânias insultou o menino, que confidenciou a Átalo sua intenção de cometer suicídio, coisa que fez na batalha contra Plêurias, no verão de 337 a.C.. Átalo vingou o menino convidando Pausânias para jantar, embebedando-o e fazendo com que um grupo de homens abusasse sexualmente dele.

Pausânias queixou-se a Filipe, que lhe deu presentes e uma promoção, mas não tomou qualquer medida contra Átalo. Para vingar-se, Pausânias assassinou Filipe. Embora os detalhes possam ser questionáveis, a substância está correta, pois Aristóteles, que naquela época estava na corte, escreveu que "Pausânias atacou Filipe porque este não fez nada ao saber que Pausânias havia sido violentado pelos homens de Átalo". Mas o motivo pessoal de Pausânias não excluía uma conspiração, da qual ele seria apenas uma peça.

 Quando Filipe foi assassinado, suspeitaram tratar-se de uma conspiração, pois, ao tentar escapar, Pausânias não correu para um cavalo, mas "para os cavalos na entrada, que haviam sido preparados para a fuga". Esses cavalos deveriam ser para uso de mais de um assassino. Aparentemente, Pausânias agiu sozinho por impulso e esse outro assassino ou assassinos haviam sido frustrados. Quem seria a outra vítima, ou vítimas? Alexandre certamente teria sido uma delas. Pois, se Filipe e Alexandre, sentados um ao lado do outro, houvessem sido mortos, o reino seria lançado em completa confusão. As provas circunstanciais apontavam uma conspiração com esse projeto. O julgamento dos suspeitos que foram identificados por Alexandre e seus ajudantes foi feito diante da Assembléia dos Macedônicos. Uma descrição fragmentária desses julgamentos sobreviveu em uma história helenística.

Pode ser traduzido como segue:
"Os que estavam com ele no teatro e aqueles que o ajudavam [ou seja, os macedônicos] foram absolvidos, e também aqueles ao redor do trono. X [provavelmente o homem morto], ele entregou aos macedônicos para ser punido, e eles o crucificaram. O corpo de Filipe, ele entregou aos cortesões para ser enterrado." "Ele" era Alexandre. Os cadáveres de Pausânias e de Filipe estavam ali durante o julgamento. Na parte precedente do texto, outros veredictos sem dúvida eram contados, pois sabemos, por outras fontes, que dois filhos de Aéropo foram executados "no túmulo" em que Filipe foi enterrado. Um terceiro filho de Aéropo, chamado Alexandre Lincestes, foi absolvido por intervenção de Alexandre. Os três filhos de Pausânias foram executados, de acordo com o costume macedônico. A cerimônia do funeral após o julgamento foi uma ocasião militar. Os homens do rei desfilaram em armas e o cadáver do rei foi acompanhado por suas armas e suas armaduras.

Uma grande pilha de madeira havia sido preparada. Ao lado dela, os cavalos para os quais Pausânias correra e os dois filhos de Aéropo foram mortos. Alguns dos arneses e as espadas dos dois homens, junto com a arma usada no assassinato, foram colocados na pista junto com o cadáver de Filipe e o de uma de suas viúvas. Após a cremação, os ossos do rei e da rainha foram colocados em cofres de ouro separados. A grande tumba ainda estava em construção, mas a câmara principal estava quase completa. A urna do rei, suas armas e armaduras e muitos outros objetos foram colocados na câmara principal, que foi em seguida fechada. Objetos que estavam na pira foram mais tarde recolhidos e colocados sob o telhado abobadado da câmara.

A antecâmara, na qual a urna da rainha foi colocada, e a fachada, foram completadas com mais calma. O cadáver de Pausânias, crucificado em uma tábua, foi pendurado no alto da fachada como aviso às pessoas, e um belo afresco foi pintado sob a cornija. Quando tudo estava pronto, o cadáver de Pausânias foi queimado e o lugar em que ele fora pendurado foi purificado pelo fogo. Um grande túmulo de terra vermelha, trazida de outro lugar, foi erguido sobre a tumba, de forma que uma das extremidades do túmulo cobria a tumba de Amintas e a outra estava disponível para enterros posteriores. Os cadáveres dos filhos de Aéropo foram colocados na terra. Fizeram-se sacrifícios aos reis mortos, Amintas e Filipe, no santuário que ficava ao lado do túmulo.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

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