Precedido por José Vieira Couto de Magalhães | Junta governativa paulista 1889 | Sucedido por Prudente de Morais |
Precedido por Junta governativa paulista de 1889 | Presidente de São Paulo 1889 — 1890 | Sucedido por Jorge Tibiriçá Piratininga |
Precedido por Floriano Peixoto | 3º. Presidente do Brasil 1894 — 1898 | Sucedido por Campos Sales |
Descrição tumular: Helio Rubiales
Prudente José de Moraes e Barros (Itu, 4 de outubro de 1841 — Piracicaba, 3 de dezembro de 1902) foi um advogado e político brasileiro. Foi presidente do estado de São Paulo (cargo equivalente ao de governador), senador, presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891 e terceiro presidente do Brasil, tendo sido o primeiro civil a assumir o cargo e o primeiro presidente por eleição direta.
Morreu aos 61 anos.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Prudente de Moraes representava a ascensão da oligarquia cafeicultora e dos políticos civis ao poder nacional, após um período de domínio do poder executivo por parte dos militares, no qual essa oligarquia mantinha-se dominando apenas o poder Legislativo.
CARREIRA
Prudente de Moraes nasceu nos arredores da cidade paulista de Itu em 4 de outubro de 1841, sendo descendente dos primeiros colonizadores de São Paulo. Seus pais eram José Marcelino de Barros e Catarina Maria de Morais. Em 1846, com cerca de cinco anos de idade, Prudente perdeu o pai, que era tropeiro que fazia a rota Santos-Itu, assassinado por um escravo. Sua mãe casou-se com o viúvo Caetano José Gomes Carneiro.
Prudente graduou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1863, e, no mesmo ano, transferiu-se para Piracicaba, onde exerceu advocacia durante dois anos.
Em 28 de maio de 1866, Prudente casou-se com Adelaide Benvinda Gordo na residência dos pais dela, em Santos. Após o casamento, fixaram-se em Piracicaba, e na atualidade, a residência onde viveram tornou-se o Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes.
Prudente teve nove filhos com Adelaide, sendo que dois faleceram na menoridade, Maria Thereza e Maria Jovita, falecidas, respectivamente, aos onze e a um ano de idade. Além desses nove filhos, Prudente teve um filho fora do casamento na época em que era estudante de Direito, chamado José.
No Império, pertenceu ao Partido Liberal (PL), monarquista. Elegeu-se vereador, sendo o mais votado, com 420 votos em 1864, presidindo a Câmara Municipal de Piracicaba. Em 1877, no exercício de vereador, Prudente conseguiu mudar o nome da cidade, que na época chamava-se Vila Nova da Constituição, e passou a se denominar Piracicaba, nome indígena da região, que quer dizer "lugar onde os peixes moram".
Em 1873, transferiu-se para o Partido Republicano Paulista (PRP), declarando-se republicano, tendência que representou na Assembleia Provincial. Foi deputado provincial em São Paulo e deputado à Assembleia Geral do Império, defendendo, além da forma republicana de governo, o abolicionismo e o federalismo. Como deputado provincial trabalhou na complexa questão das divisas de São Paulo com Minas Gerais, tema no qual era especialista
GOVERNO DE SÃO PAULO
No início da recem Proclamada a República, foi nomeado, por Deodoro da Fonseca, chefe da junta governativa que governou São Paulo de 16 de novembro a 14 de dezembro de 1889, nomeado em seguida governador, permanecendo no cargo até 18 de outubro de 1890, quando renunciou para assumir uma cadeira no Senado.
No governo de São Paulo, reorganizou e modernizou a administração, especialmente o Tesouro e o Arquivo do Tesouro, ampliou a Força Pública, sendo que a transição para a república em São Paulo, com a nomeação de novos administradores, secretários e intendentes municipais ocorreu em tranquilidade.
Reorganizou a Escola Normal, que deu origem à Escola Normal Caetano de Campos. Chegou a ser vice-presidente do Senado, e presidiu a Assembleia Constituinte de 1890-1891. Elaborada a Constituição, disputou com Deodoro da Fonseca a presidência da República, sendo, porém, derrotado. Após a derrota para Deodoro, eleito indiretamente com 129 votos contra 97, Prudente de Moraes tornou-se presidente do Senado até o final do seu mandato.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Na disputa pela sucessão de Floriano Peixoto, que chegara à presidência devido ao golpe de 23 de novembro de 1891, candidatou-se pelo Partido Republicano Federal (PRF), fundado pelo paulista Francisco Glicério em 1893. Venceu as eleições presidenciais de 1º de março de 1894 e tomou posse no dia 15 de novembro daquele ano, tornando-se o primeiro presidente do Brasil a ser eleito pelo voto direto e o primeiro presidente civil do Brasil.
Prudente teve 276.583 votos contra 38.291 de seu principal competidor Afonso Pena, em uma eleição que teve mais 29 políticos que foram votados.[5] Seu vice-presidente foi o médico Manuel Vitorino Pereira. A sua eleição marcou a chegada ao poder da oligarquia cafeeira paulista em substituição aos setores militares. Os quatro anos de governo de Prudente de Moraes foram agitados, tanto por problemas político-partidários (a perda do apoio do Partido Republicano Federal) como pela oposição dos setores florianistas e pela continuação, no Rio Grande do Sul, da Revolta Federalista (1893-1895).
Prudente de Moraes desfrutava de grande popularidade ao fim do mandato, em 15 de novembro de 1898, quando passou o cargo de Presidente da República a Campos Sales e retirou-se para Piracicaba, onde exerceria a advocacia por alguns anos.
MORTE
Faleceu devido a uma tuberculose em 3 ou 13 de dezembro de 1902. Prudente de Moraes está enterrado no "Cemitério da Saudade", localizado na cidade de Piracicaba.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales
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