“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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21 de fev. de 2012

LEILA DINIZ - Arte Tumular - 730 - Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, Brasil


















ARTE TUMULAR
Túmulo em formato retangular em granito natural polido a cerca de 80 cm do solo com um tampo central. Na cabeceira tumular uma placa do mesmo tipo de granito de formato curvo na parte superior com o nome de família gravado que não corresponde a da atriz. Apenas uma foto em cerâmica representando uma "formanda" , talvez seja dela, não há registro


Local: Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, Brasil
Jazigo: 19886
Coordenadas GPS: clique para ver o local: [22°57'32.18"S / 43°11'16.92"W]
Foto: https://www.youtube.com/watch?v=fmBk9XathO0
Descrição tumular: HRubiales

 

Leila Diniz
Leila Diniz em 1971
Nome completoLeila Roque Diniz
Nascimento25 de março de 1945
NiteróiRJ
Nacionalidadebrasileira
Morte14 de junho de 1972 (27 anos)
Nova DélhiÍndia
Causa da morteacidente aéreo
OcupaçãoAtriz
Atividade1962–1972
CônjugeDomingos de Oliveira (c. 1962–65)
Ruy Guerra (c. 1965–71)

PERSONAGEM
Leila Roque Diniz (Niterói, 25 de março de 1945 — Nova Délhi, 14 de junho de 1972) foi uma atriz brasileira. 
Morreu aos 27 anos.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Formou-se em magistério e foi ser professora do jardim de infância em Ipanema. Aos dezessete anos, conheceu seu primeiro marido, o cineasta Domingos de Oliveira e casou-se com ele. O relacionamento durou apenas três anos. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz. Primeiro estreou no teatro em 1962 e logo depois passou a trabalhar na TV Globo, atuando em telenovelas. Mais tarde, casou-se com o cineasta moçambicano Ruy Guerra, com quem teve uma filha, Janaína. Participou, ao todo, de quatorze filmes, doze telenovelas (7 na Globo, 3 na Excelsior, 1 na Record e 1 na Tupi) e várias peças teatrais. Foi protagonista da primeira novela produzida pela Globo, "Ilusões Perdidas", em 1965.

Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquíni na praia, para a câmera do fotógrafo Joel Maia na ilha de Paquetá, para a revista Cláudia. Também chocou o país inteiro ao proferir a frase: Transo de manhã, de tarde e de noite. Considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções, Leila foi invejada e criticada pela sociedade conservadora das décadas de 1960 e 1970 e por grupos feministas que consideravam que ela estava a serviço dos homens.

Leila falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento. Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a entrevista que deu ao jornal O Pasquim em 20 de novembro de 1969. Nessa entrevista, ela, a cada trecho, falava palavrões (ao todo 72) que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo. O exemplar foi o terceiro mais vendido da história do jornal, com 117 mil exemplares. E foi também depois dessa publicação que foi instaurada a censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz.

Em janeiro de 1971, dois policiais compareceram aos estúdios da TV Tupi, no antigo Cassino da Urca, para cumprir a determinação judicial. Para evitar a prisão de sua jurada, o apresentador Flávio Cavalcanti aconselhou Leila a ir ao banheiro assim que o programa voltasse do intervalo comercial. Nos bastidores, Leila trocou de vestido com Laudelina Maria Alves, a Nenê, sua secretária, e fugiu. Perseguida pela polícia e Política Social, Leila se esconde em Petrópolis no sítio de Flávio Cavalcanti, no momento em que é acusada de ter ajudado militantes de esquerda. Depois, a ordem de prisão foi revogada, mas ela teve que assinar um termo de responsabilidade dizendo que não falaria mais palavrões, negando sua personalidade.

Alegando razões morais, a TV Globo do Rio de Janeiro não renova o contrato com a atriz. De acordo com a emissora, não haveria papel de prostituta nas próximas telenovelas.

Meses depois, Leila reabilita o teatro de revista, e começa uma curta e bem-sucedida carreira de vedete. Estrela a peça tropicalista Tem banana na banda, improvisando a partir dos textos escritos por Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho. Recebe de Virgínia Lane o título de Rainha das Vedetes. No carnaval de 1971, Leila foi eleita Rainha da Banda de Ipanema por Albino Pinheiro e seus companheiros. 

MORTE
Morreu num acidente aéreo, no voo 471, da Japan Airlines, no dia 14 de junho de 1972, aos 27 anos, no auge da fama, quando voltava de uma viagem à Austrália. Suas cinzas foram sepultadas no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio. 

Após o falecimento de Leila, sua filha Janaína foi criada pelo cantor Chico Buarque e sua então esposa, a atriz Marieta Severo. 

Marcelo Cerqueira, um cunhado advogado se dirigiu a Nova Délhi, na Índia, local do desastre, para tratar dos restos mortais da atriz. Acabou encontrando um diário que continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente estava se referindo ao acidente: Está acontecendo alguma coisa muito es.... 
Leila Diniz, A Mulher de Ipanema, defensora do amor livre e do prazer sexual, é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina que rompeu conceitos e tabus com suas ideias e atitudes. 
 “ "Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão." ”
 —  Carlos Drummond de Andrade

HOMENAGENS PÓSTUMAS
Leila Diniz ganhou, post-mortem, o prêmio de melhor atriz no Festival de Adelaide. 

Por sua carreira, sua história e seu legado, entrou para a lista das 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.

Fonte: Wikipédia
Formatação: hrubiales