LOCAL: Quadra 82, Terrenos de 6 a 12
Fotos: commons.wikimedia.org
Descrição tumular: Helio Rubiales
Francesco Antonio Maria Matarazzo (Castellabate, 9 de março de 1854 — São Paulo, 10 de dezembro de 1937), também chamado de Francisco Matarazzo, foi um conde e empresário ítalo-brasileiro, criador do maior complexo industrial da América Latina do início do século XX.
Sua importância para o cenário econômico do Brasil só é comparável à que teve o Visconde de Mauá no século anterior, tendo sido um dos marcos da modernização do país.
BIOGRAFIA
Nascido em uma pequena vila do Sul da Itália, numa família antiga e tradicional da região, Francesco, aos 27 anos emigra para o Brasil em 1881 em busca de melhores condições de vida. No porto de Santos, perde parte da carga que trazia e, com o dinheiro que lhe sobra, estabelece na cidade de Sorocaba uma empresa de produção e comércio de banha de porco.
Em 1890, muda-se para São Paulo e funda, com os irmãos Giuseppe e Luigi , a empresa Matarazzo & Irmãos. Diversifica seus negócios e começa a importar farinha de trigo dos Estados Unidos. Giuseppe participava da empresa com uma fábrica de banha estabelecida em Porto Alegre e Luigi com um depósito-armazém estabelecido na cidade de São Paulo.
No ano seguinte, a empresa foi dissolvida e constituiu-se em seu lugar a Companhia Matarazzo S.A. que já conta com 43 acionistas minoritários. Essa sociedade anônima passa a controlar também as fábricas de Sorocaba e Porto Alegre
Em 1900, a guerra entre a Espanha e os países centro-americanos dificulta a compra do produto e ele consegue crédito do London and Brazilian Bank para construir um moinho na capital. A partir daí, seu império se expande rapidamente, chegando a reunir 365 fábricas por todo o Brasil. A renda bruta do conglomerado é a quarta maior do país, e 6% da população paulistana depende de suas fábricas, que, em 1911, passam a se chamar Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM), uma sociedade anônima.
Sua estratégia de crescimento segue o lema "uma coisa puxa a outra". Para embalar o trigo, monta uma tecelagem. Para aproveitar o algodão usado na produção do tecido, instala uma refinaria de óleo, e assim por diante.
Em reconhecimento à ajuda que envia à Itália durante a Primeira Guerra Mundial, em 1917 recebe do Rei Vítor Emanuel III o título de conde.
Em 1928 participa da fundação do Centro das Indústrias de São Paulo (atual FIESP).
TÍTULOS E COMENDAS
Conde - Decreto Real de 25 de junho de 1917, extensivo aos filhos varões em 2 de dezembro de 1926 (Itália);
Cavaliere Magistrale del Sovrano Militare Ordine di Malta (Malta);
Cavaliere di Gran Croce del Gran Crodone dell’Ordine della Corona d'Italia (Itália);
Cavaliere del Lavoro (Itália);
Croce al Mertio Ungherese (Itália);
Cavaleiro Oficial (Primeira Classe) da Ordem do Cruzeiro do Sul (Brasil).
Morre na capital paulista após uma crise de uremia.
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