25 de abr. de 2020

MARIA II - PORTUGAL - Arte Tumular - 1511 - Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.



 







Maria II de Portugal
Casa de Bragança
Ramo da Casa de Avis
4 de abril de 1819 – 15 de novembro de 1853
Precedida por
Pedro IV
Coat of Arms of the Kingdom of Portugal 1640-1910 (3).svg
Rainha de Portugal e Algarves
2 de maio de 1826 – 11 de julho de 1828
Sucedida por
Miguel I
Precedida por
Miguel I
Coat of Arms of the Kingdom of Portugal 1640-1910 (3).svg
Rainha de Portugal e Algarves
26 de maio de 1834 – 15 de novembro de 1853
com Fernando II (1837–1853)
Sucedida por
Pedro V
Título criadoCOA Imperial Prince of Brazil (alternative).svg
Princesa Imperial do Brasil
12 de outubro de 1822 – 2 de dezembro de 1825
Sucedida por
Pedro II
Precedida por
Pedro II
COA Imperial Prince of Brazil (alternative).svg
Princesa Imperial do Brasil
7 de abril de 1831 – 30 de outubro de 1835
Sucedida por

Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.


ARTE TUMULAR
Cripta em mármore branco de formato retangular com um tampo frontal com destaque para o seu nome e datas, bem como uma coroa dourada., simbolizando a realeza.

Local: Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Fotos: Internet
Descrição tumular: Helio Rubiales

Maria II
A Educadora, A Boa Mãe
Retrato por John Simpson, c. 1837
Rainha de Portugal e Algarves
Reinado2 de maio de 1826
11 de julho de 1828
Antecessor(a)Pedro I & IV
Sucessor(a)Miguel I
Regentes
2.º Reinado26 de maio de 1834
15 de novembro de 1853
PredecessorMiguel I
SucessorPedro V
MaridosAugusto de Beauharnais (1835–1835)
Fernando II de Portugal (1836–1853)
DescendênciaPedro V de Portugal
Luís I de Portugal
João, Duque de Beja
Maria Ana de Portugal
Antônia de Portugal
Fernando de Portugal
Augusto, Duque de Coimbra
CasaBragança
Nome completoMaria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga
Nascimento4 de abril de 1819
Paço de São CristóvãoRio de JaneiroBrasil
Morte15 de novembro de 1853 (34 anos)
Palácio das NecessidadesLisboaPortugal
EnterroPanteão da Dinastia de BragançaIgreja de São Vicente de ForaLisboaPortugal
PaiPedro I do Brasil & IV de Portugal
MãeMaria Leopoldina da Áustria
ReligiãoCatolicismo
AssinaturaAssinatura de Maria II

PERSONAGEM
Maria II (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1819 – Lisboa, 15 de novembro de 1853), apelidada de "a Educadora" e "a Boa Mãe", foi a Rainha de Portugal e dos Algarves em dois períodos diferentes: primeiro de 1826 a 1828, quando foi deposta por seu tio Miguel, e depois de 1834 até à sua morte em 1853. Era a filha mais velha do imperador Pedro I do Brasil, que também reinou em Portugal brevemente como Pedro IV, e da sua primeira esposa, a imperatriz consorte do Brasil, Rainha Consorte de Portugal e dos Algarves e Arquiduquesa da Áustria, Maria Leopoldina da Áustria.
Morreu aos 34 anos



SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Dona Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga nasceu em 4 de abril de 1819 no Paço de São Cristóvão, cidade do Rio de Janeiro, Reino do Brasil, sob o título de Princesa da Beira e posteriormente Princesa Imperial do Brasil. Era a filha mais velha do então imperador Pedro I do Brasil e da sua primeira esposa, a arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria. Maria da Glória foi a única monarca da Europa a nascer fora de terras europeias.

INÍCIO DO REINADO
Pedro ascendeu ao trono português em março de 1826 como Pedro IV, porém, rapidamente abdicou em favor da sua filha mais velha, que se tornou Rainha de Portugal e dos Algarves como Maria II, então, com apenas sete anos de idade. A rainha Maria II deixou o Rio de Janeiro a 5 de julho de 1828, acompanhada por Felisberto Caldeira Brant, Marquês de Barbacena, que fora escolhido pelo próprio Pedro para acompanhá-la.

O infante Miguel, seu tio paterno, chegara a Lisboa em 9 de fevereiro de 1828 e desembarcara no dia 22, recebendo das mãos de sua irmã mais velha, a infanta Isabel Maria, a regência, ratificando em 26 de fevereiro o juramento que prestara à carta constitucional perante as cortes que Isabel Maria havia convocado, mas não tardou a mudar de resolução. Miguel dissolveu as cortes em 13 de março, convocando a 3 de maio o conselho dos três Estados para decidir a quem pertencia a coroa, segundo a antiga forma das cortes do país, quando se tratava de graves pontos de direito.

O conselho reuniu-se em 21 de junho e Miguel foi proclamado rei quatro dias depois em precipitada resolução, em vista do ato de reconhecimento do herdeiro da coroa prestado pela regência e real câmara dos pares, instituída pela carta constitucional, acerca da sucessão da Casa de Bragança nas duas coroas de Portugal e Brasil, e particularmente na de Portugal, já indicada nas conferências realizadas em Londres em agosto de 1823.

É também nos preliminares do tratado de 25 de agosto de 1823, que reconheceu a Independência do Brasil, onde a tal respeito foi apresentado na conferência de 9 de agosto o seguinte Artigo Secreto: "Como por causa da aceitação da renúncia pessoal do imperador do Brasil, Pedro, à Coroa de Portugal, as Cortes de Portugal devem determinar qual dos filhos do imperador será chamado à sucessão daquela coroa por morte do presente rei: entende-se que as ditas cortes podem chamar à sucessão o filho mais velho do dito imperador do Brasil, ou a filha mais velha, na falta de descendência masculina."

Miguel residia em Viena, para onde fora mandado, por carta régia de 12 de maio de 1824, depois da revolta de 30 de abril ou Abrilada. Os brasileiros não aceitaram que o imperador cingisse a coroa portuguesa, o que resultaria na unidade da antiga monarquia, da qual se haviam libertado.

Pedro, depois de proclamado Rei de Portugal, resolveu abdicar da coroa portuguesa na filha mais velha, Maria da Glória, a 3 de maio, tendo a 29 de abril outorgado aos portugueses uma constituição livre, a carta constitucional. A abdicação era condicional: a princesa casaria com seu tio, Miguel, e enquanto se não realizasse o consórcio, e o novo regime não dominasse em Portugal, continuaria a regência de Isabel Maria em nome de Pedro IV.

A 31 de julho de 1826 foi jurada a constituição em Portugal. Miguel, em Viena, também a jurou em 4 de outubro, pronto a obedecer às vontades do irmão Pedro, e efetuou, por procuração, seus esponsais com a sobrinha perante a corte de Viena, a 29 de outubro. Foi dispensado o impedimento de consanguinidade por breve do papa Leão XII, estando a rainha representada no ato, em virtude do alvará que para tal fim fora conferido em 28 de abril de 1826, pelo "barão de Vila Seca", enviado extraordinário e ministro plenipotenciário do Império do Brasil junto à corte do imperador Francisco I, como participado às cortes pela infanta regente.

Em vista do procedimento do infante Miguel no ato de jurar a carta constitucional, quando tempos depois, no meio da agitação dos partidos que se gladiavam, dos tumultos e das revoltas, Isabel Maria adoeceu, Pedro não hesitou em nomear, em nome da rainha Maria II, Miguel seu lugar-tenente e regente do reino, por decreto de 3 de setembro de 1827, resolvendo enviar a filha para Viena a completar a educação na corte do seu avô.

Após a revolução liberal, na sequência da reforma administrativa de 1836, a rainha Maria II entregou o foral de concelho ao Seixal, no dia 6 de novembro.

CASAMENTOS
-Com dispensa papal, por procuração, em 29 de outubro de 1826 casou com o seu tio, o infante Miguel (1802-66). O casamento foi dissolvido ou declarado nulo em 1 de dezembro de 1834.

-Casou em Munique por procuração em 1 de Dezembro de 1834 e em pessoa em Lisboa em 26 de janeiro de 1835 com o príncipe Augusto de Beauharnais. Baptizado Augusto Carlos Eugênio Napoleão de Beauharnais, que nascera em Milão 9 de Dezembro de 1810 e morreria em 28 de março de 1835 de difteria, no Paço Real das Necessidades, em Lisboa. Segundo duque de Leuchtenberg, Príncipe de Eichstadt, feito príncipe de Portugal pelo casamento, 1.° duque de Santa Cruz no Brasil, feito em 5 de novembro de 1829 por seu sogro e cunhado Pedro I do Brasil. Era filho de Eugénio de Beauharnais e da princesa Augusta da Baviera, e irmão mais velho da imperatriz Amélia, madrasta de Maria II.

Havia necessidade de um segundo marido. Apareceram candidatos de França, Nápoles, Alemanha e Sardenha e foi escolhido o sobrinho do rei Leopoldo I dos belgas:

-Casou com o príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, baptizado Fernando Augusto Francisco António de Saxe-Coburgo-Gotha, nascido em Viena em 29 de outubro de 1816 e falecido em Lisboa a 15 de dezembro de 1885 no Paço Real das Necessidades, estando sepultado no mosteiro de São Vicente de Fora. O contrato foi assinado no fim de 1835. Meses depois, chegou o marido. Haviam casado em Coburgo por procuração em 1 de janeiro de 1836 e, em Lisboa, em pessoa, na Sé patriarcal em 9 de abril de 1836. Este passou a Rei Consorte, como Fernando II, em 16 de setembro de 1837, após o nascimento de um filho varão. Regente do reino durante a menoridade do filho Pedro V e, depois da morte deste, até à chegada a Portugal do filho Luís I. Tiveram 11 filhos. Era filho de Fernando Jorge Augusto (Coburgo 1785-1851 Viena) príncipe de Saxe-Coburgo-Gotha e de Maria Antonia Gabriela (Viena 1797-1862 Viena), princesa herdeira de Kohary de Csabrag e Szitna. Viúvo, Fernando casaria de novo em 1869 com sua companheira de longa data, a cantora Elisa Hensler, feita condessa de Edla.

MORTE
Desde a sua primeira gravidez, aos dezoito anos de idade, Maria II enfrentou problemas para dar à luz, com trabalhos de parto prolongados e extremamente difíceis. Exemplo disso foi a sua terceira gestação, cujo trabalho de parto durou 32 horas, findas as quais, foi retirada a fórceps uma menina, baptizada in articulo mortis com o nome de Maria (1840). Aos 25 anos de idade e na sua quinta gestação, a soberana tornou-se obesa e os seus partos tornaram-se ainda mais complicados. Em 1847 o sofrimento fetal que precedeu o nascimento de seu oitavo filho – o infante D. Augusto de Bragança – trouxe ao mundo uma criança "bastante arroxada e com pouca respiração". A perigosa rotina de gestações sucessivas, somada à obesidade (que terminou por causar-lhe problemas cardíacos) e à frequência de partos distócicos (preocupante, especialmente por tratar-se de uma multípara) levaram os médicos a alertarem a rainha sobre os sérios riscos que corria. Indiferente aos avisos, Dona Maria II limitava-se a retrucar: "Se morrer, morro no meu posto". Em 15 de novembro de 1853, treze horas após o início do trabalho de parto do natimorto infante Dom Eugénio, seu 11.º filho, Dona Maria II morreu, aos 34 anos de idade. O anúncio da morte foi publicada no Diário do Governo de 16 de novembro de 1853.

Jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Fonte:pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

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