Precedido por Antônio Dino da Costa Bueno | Presidente de São Paulo 1927 — 1930 | Sucedido por Heitor Penteado |
Precedido por Washington Luís | Presidente do Brasil não tomou posse (1930) | Sucedido por Junta Governativa Provisória de 1930 |
ARTE TUMULAR
Tumulo em formato quadrado, em granito natural polido, composto por três níveis , dois laterais e um central que compõe o interior do jazigo. No tampo central esta esculpida, também em granito, uma cruz latina. Na cabeceira tumular (lápide) destaca-se o seu nome esculpido no granito
Local: Cemitério São João Batista, Itapetininga, São Paulo, BrasilDescrição tumular: Helio Rubiales
Júlio Prestes | |
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Presidente do Brasil | |
Período | Não tomou posse em razão da Revolução de 1930 |
Vice-presidente | Vital Soares |
Antecessor(a) | Washington Luís |
Sucessor(a) | Junta Governativa Provisória de 1930 |
13.º Governador de São Paulo | |
Período | 17 de julho de 1927 a 21 de maio de 1930 |
Antecessor(a) | Carlos de Campos |
Sucessor(a) | Heitor Penteado |
Dados pessoais | |
Nome completo | Júlio Prestes de Albuquerque |
Nascimento | 15 de março de 1882 Itapetininga, São Paulo, Império do Brasil |
Morte | 9 de fevereiro de 1946 (63 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Alice Viana Prestes |
Partido | PRP, UDN |
Profissão | Advogado e fazendeiro |
Assinatura |
PERSONAGEM
Júlio Prestes de Albuquerque (Itapetininga, 15 de março de 1882 — São Paulo, 9 de fevereiro de 1946) foi um poeta, advogado e político brasileiro. Filho do quarto presidente do estado de São Paulo, Fernando Prestes de Albuquerque, e Olímpia de Santana, foi casado com Alice Viana. Foi o último presidente do Brasil eleito durante a o período conhecido como República Velha, mas, impedido pela Revolução de 1930, não assumiu o cargo.
Morreu aos 63 anos
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Júlio Prestes foi o único político eleito presidente da república do Brasil pelo voto popular a ser impedido de tomar posse. Foi o décimo terceiro e último presidente eleito do estado de São Paulo (1927–1930), apesar de Heitor Penteado tê-lo sucedido como presidente interino devido à candidatura de Prestes à presidência da República.
Em 23 de junho de 1930 tornou-se o primeiro brasileiro a ser capa da revista Time.
INÍCIO DA CARREIRA
Graduado em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1906. Casou com Alice Viana Prestes, com quem teve 3 filhos. Iniciou sua carreira política em 1909, elegendo-se deputado estadual em São Paulo pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Reelegeu-se várias vezes até 1923, defendendo o funcionário público de São Paulo.
Apresentou, como deputado estadual, os projetos de lei que criaram o Tribunal de Contas de São Paulo e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Foi autor da lei que incorporou a Estrada de Ferro Sorocabana ao patrimônio do Estado de São Paulo.
Na Revolta paulista de 1924, combateu na Coluna Sul, junto com Ataliba Leonel e Washington Luís, expulsando os rebeldes da região da Sorocabana.
DEPUTADO FEDERAL
Em 1924, foi eleito para a Câmara dos Deputados, onde exerceu a liderança da bancada dos deputados paulistas. Posteriormente, assumiu a presidência da Comissão de Finanças e a liderança da bancada governista do presidente Washington Luís.
PRESIDENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
Seu pai, o coronel Fernando Prestes de Albuquerque, diversas vezes deputado e presidente do estado de São Paulo entre 1898 e 1900, ocupava o cargo de vice-presidente do estado na gestão de Carlos de Campos, que foi vítima de embolia cerebral e faleceu em 27 de abril de 1927. Em seguida à morte de Carlos de Campos, o coronel Fernando Prestes renunciou ao cargo de vice-presidente. Com a vacância dos cargos de presidente e vice, foram realizadas novas eleições e Júlio Prestes foi eleito presidente do estado de São Paulo.
Júlio Prestes assumiu o governo do estado de São Paulo em 14 de julho de 1927.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Em 1929, Júlio Prestes foi indicado, depois de uma consulta a todos os 20 governadores de estado, por Washington Luís como candidato do governo à sucessão presidencial, contando com o apoio do oficialismo, ou seja, os governadores de dezessete estados. Negaram apoio a Júlio Prestes apenas os Governos de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba. Júlio Prestes passou o governo de São Paulo ao seu vice, Heitor Penteado, e candidatou-se à Presidência da República, tendo como candidato a vice Vital Soares, então presidente da Bahia. Essa indicação, porém, desagradou o Partido Republicano de Minas Gerais (PRM), especialmente os partidários do governador Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, que esperava que fosse mantida a tradição de revezamento entre mineiros e paulistas na Presidência da República, regra não escrita que garantira a estabilidade da República Velha.
O vice-presidente da República Melo Viana, mineiro, e seus partidários mantiveram o apoio a Washington Luís e Júlio Prestes. O PRM, então, articulou a Aliança Liberal, integrada pelos oficialismos de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, a que se somaram forças opositoras de diversos estados. Os candidatos da Aliança Liberal foram o presidente do Rio Grande do Sul Getúlio Vargas, para a Presidência da República, e o presidente da Paraíba, João Pessoa, para vice. Após uma campanha acirrada, em 1 de março de 1930, realizaram-se as eleições. Pela contagem oficial finalizada pelo Congresso Nacional em maio de 1930, o candidato Júlio Prestes, chamado de "Candidato Nacional", obteve 1.091.709 votos contra 742.794 votos recebidos por Getúlio Vargas, chamado "Candidato Liberal". Em São Paulo, Júlio Prestes teve 91% dos votos. Como era hábito nos pleitos da República Velha, o resultado oficial foi recebido com descrédito pelos candidatos derrotados e por boa parte da opinião pública, havendo acusações de fraude também contra a Aliança Liberal.
Após a divulgação dos resultados oficiais, Júlio Prestes passou o governo do estado em definitivo para o seu vice-presidente Heitor Penteado, em maio de 1930, e viajou para o exterior, sendo recebido como presidente eleito em Washington, Paris e Londres. Discursando em Washington, Júlio Prestes afirmou que o Brasil nunca seria uma ditadura. Júlio Prestes só retornou a São Paulo em 6 de agosto, sendo recebido por uma multidão de adeptos, na Estação da Luz. No Brasil, a situação tornava-se tensa com as denúncias de fraude veiculadas pela Aliança Liberal e, sobretudo, pelo assassinato do candidato à Vice-Presidência pela coligação, João Pessoa. Nesse ambiente, começou a gestar-se uma revolução que visava a depor o presidente Washington Luís antes da transmissão do mando a Júlio Prestes.
A Revolução de 1930 teve início em 3 de outubro de 1930. Enquanto as forças revolucionárias colhiam sucessos em sua campanha que avançava do Rio Grande do Sul rumo ao Rio de Janeiro, em 24 do mesmo mês, Washington Luís foi deposto por um golpe militar gestado na Capital Federal. Instalou-se no poder uma junta militar que, no dia 3 de novembro de 1930, entregou o poder a Getúlio Vargas, líder das forças revolucionárias. A Revolução de 1932.
EXÍLIO E MORTE
Após a deposição de Washington Luís, Júlio Prestes, já de regresso ao Brasil, pediu asilo ao Consulado britânico. Viveu no exílio até 1934, quando retornou ao Brasil após a reconstitucionalização do país, passando a dedicar-se ao cultivo do algodão em sua Itapetininga natal, na fazenda Araras, de seu pai, o Coronel Fernando Prestes.
MORTE
Morreu em São Paulo.
Fonte:pt.wikipedia.org
Formataçao: Helio Rubiales
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