“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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22 de jul. de 2022

AFONSO ARINOS DE MELO FRANCO (Sobrinho) - 1703 - Cemitério São João Batista, Mausoléu da ABL, Rio de Janeiro, Brasil






Precedido por
José Lins do Rego
Lorbeerkranz.png ABL - quinto acadêmico da cadeira 25
1958 — 1990
Sucedido por
Alberto Venancio Filho
Precedido por
Horácio Lafer
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
1961
Sucedido por
San Tiago Dantas
Precedido por
San Tiago Dantas
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
1962
Sucedido por
Hermes Lima
Precedido por
Candido Motta Filho
Jabuti 01.jpg Prêmio Jabuti - Biografia e/ou Memórias
1969
Sucedido por
Raimundo Magalhães Júnior
Precedido por
Paulo Duarte
Jabuti 01.jpg Prêmio Jabuti - Biografia e/ou Memórias
1977
Sucedido por
Paulo Duarte
Precedido por
Ernâni do Amaral Peixoto
Senador pelo Rio de Janeiro
1987 — 1990
Sucedido por
Hydekel de Freitas Lima

ARTE TUMULAR

Foi sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras

Local: Cemitério São João Batista , Rio de Janeiro, Brasil

Afonso Arinos de Melo Franco ABL logo.svg
Afonso Arinos de Melo Franco
Senador pelo Rio de Janeiro
Período1 de fevereiro de 1987
27 de agosto de 1990
Antecessor(a)Ernâni do Amaral Peixoto
Sucessor(a)Hydekel de Freitas Lima
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
Período12 de julho de 1962
18 de dezembro de 1962
1º MinistroFrancisco Brochado da Rocha
Antecessor(a)San Tiago Dantas
Sucessor(a)Hermes Lima
Período31 de janeiro de 1961
25 de agosto de 1961
PresidenteJânio Quadros
Antecessor(a)Horácio Lafer
Sucessor(a)San Tiago Dantas
Senador pela Guanabara
Período14 de abril de 1960
1 de fevereiro de 1967
Senador pelo Distrito Federal
Período1 de fevereiro de 1959
14 de abril de 1960
Deputado Federal por Minas Gerais
Período24 de fevereiro de 1947
1 de fevereiro de 1959
Dados pessoais
Nascimento27 de novembro de 1905
Belo Horizonte (MG)
Morte27 de agosto de 1990 (84 anos)
Rio de Janeiro (RJ)
Nacionalidadebrasileiro
ProgenitoresMãe: Sílvia Alvim de Melo Franco
Pai: Afrânio de Melo Franco
Alma materFaculdade Nacional de Direito
Prémio(s)Prêmio Jabuti (1969 e 1977)
Prêmio Juca Pato (1973)
CônjugeAna Guilhermina Rodrigues Alves Pereira
FilhosAffonso Arinos de Mello Franco Filho
PartidoUDNPFLPSDB
ProfissãoJuristapolíticohistoriadorprofessor, ensaísta e crítico

PERSONAGEM

Afonso Arinos de Melo Franco GCC (Belo Horizonte, 27 de novembro de 1905 — Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1990) foi um jurista, político, historiador, professor, ensaísta e crítico brasileiro. Destaca-se pela autoria da Lei Afonso Arinos contra a discriminação racial em 1951. Ocupou a Cadeira 25 da Academia Brasileira de Letras, onde foi eleito em 23 de janeiro de 1958. 

SINOPSEBIBLIOGRÁFICA

Filho de Afrânio de Melo Franco e de Sílvia Alvim de Melo Franco e sobrinho do escritor Afonso Arinos, casou-se com Ana Guilhermina Rodrigues Alves Pereira (neta do Presidente Rodrigues Alves), com quem teve dois filhos. Era ainda irmão de Virgílio Alvim de Melo Franco. 

Formou-se em 1927 na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro), começando a carreira como promotor de justiça da Comarca de Belo Horizonte. Viajou para Genebra, a fim de aperfeiçoar seus estudos. De retorno ao Brasil em 1936, iniciou a carreira de professor na antiga Universidade do Distrito Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro ministrando aulas de História do Brasil. Atuou ainda como professor no exterior, ministrando cursos de História Econômica do Brasil na Universidade de Montevidéu em 1938; curso na Sorbonne, em Paris, sobre cultura brasileira em 1939 e cursos de literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Buenos Aires, em 1944. 

Em 1946 foi nomeado professor de História do Brasil do Instituto Rio Branco, instituto este responsável pela formação e aperfeiçoamento profissional dos diplomatas de carreira do governo brasileiro. Foi catedrático de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e na Universidade do Brasil.

CARREIRA POLÍTICA

Em 1943, Afonso Arinos foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros, documento que circulou como carta aberta à população brasileira, pedindo a restauração da democracia e o fim do Estado Novo. A carreira política de Afonso Arinos começou em 1947, quando foi eleito deputado federal por Minas Gerais em três legislaturas (de 1947 a 1958). Foi líder da União Democrática Nacional até 1956, e depois líder do bloco da oposição ao Governo Kubitschek até 1958. Dois fatos, sobretudo, marcaram fortemente a sua presença na Câmara dos Deputados: a autoria da lei contra a discriminação racial, que tomou o seu nome (Lei n. 1 390, de 3 de julho de 1951) e o célebre discurso, pronunciado em 9 de agosto de 1954, pedindo a renúncia do Presidente Getúlio Vargas. Quinze dias depois o presidente suicidou-se no Palácio do Catete. 

Em 1958 foi eleito senador pelo antigo Distrito Federal, hoje Estado do Rio de Janeiro. Permaneceu no Senado até 1966, mas afastou-se duas vezes do cargo para assumir o Ministério das Relações Exteriores, no Governo Jânio Quadros, no qual implementou a Política Externa Independente (PEI) e no regime parlamentarista do primeiro-ministro Francisco Brochado da Rocha (1963). 

Foi o primeiro chanceler brasileiro a visitar a África, estando no Senegal do então Presidente Léopold Sédar Senghor (1961). Chefiou a delegação do Brasil nas Nações Unidas, durante as Assembleias Gerais de 1961 e 1962. Foi embaixador extraordinário, participando do Concílio Vaticano II (1962), terminando com a Chefia da delegação brasileira à Conferência do Desarmamento, em Genebra (1963). Durante o golpe de Estado de 1964, foi nomeado Secretário sem Pasta do governador de Minas Gerais José de Magalhães Pinto. Nessa função, representaria no exterior a sublevação em curso no estado, sendo o "primeiro chanceler da República fora do Itamarati". Desse posto, conseguiria o reconhecimento internacional do estado de beligerância no Brasil, o que permitiria o apoio logístico estrangeiro aos revoltosos. Esse papel foi admitido pessoalmente, com a promessa de que iria a fundo no terceiro volume de suas memórias, o que não chegou a fazer. Para o historiador Carlos Fico, esse seria um tópico constrangedor, ainda mais pela possibilidade de que o autor assumiu a responsabilidade sem saber que o apoio externo já estava previamente negociado. 

Ainda durante o golpe, recebeu um telefonema de seu amigo San Tiago Dantas, integrante do círculo do presidente João Goulart, que buscava uma saída negociada para a crise. Dantas foi então informado que os Estados Unidos dariam reconhecimento a um governo paralelo formado pelos sublevados. Essa informação foi repassada ao presidente e influenciou na sua decisão de deixar o Rio de Janeiro.

É de sua autoria o capítulo sobre declaração de direitos que consta da Constituição de 1967. Em 5 de abril de 1975 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.

Foi nomeado pelo presidente José Sarney, presidente da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais (denominada Comissão Afonso Arinos), criada pelo Decreto n. 91 450 de 18 de julho de 1985, com o objetivo de preparar um anteprojeto que deveria servir de texto básico para a elaboração da nova Constituição. E, em 1986, aos 81 anos, elegeu-se senador pelo Partido da Frente Liberal. Enquanto membro do Congresso Nacional, integrou a Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988, sendo o constituinte mais idoso. Em 5 de outubro de 1988, proferiu, como representante dos constituintes, o primeiro dos três discursos que marcaram a solenidade de promulgação da atual Constituição do Brasil. 

Foi membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, membro do Conselho Federal de Cultura (nomeado em 1967, quando da sua criação, e reconduzido em 1973) e também ocupou a cadeira número 34 da Academia Mineira de Letras. Foi também Professor Titular de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 

MORTE

Morreu em pleno exercício do mandato de senador, em 1990. À época encontrava-se filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), por defender este em seu programa partidário a implantação do parlamentarismo no país. 

  PREMIOS E  TÍTULOS

 *Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro; 

*Intelectual do Ano em 1973 (Prêmio Juca Pato, da Sociedade Paulista de Escritores); 

*Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Clube do Brasil, pela sua biografia de Rodrigues Alves. 

*Prêmio Jabuti : Recebeu o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por duas vezes, quando da publicação de dois dos seus volumes de memórias: em 1969, por Planalto, e 1977, por Alto-mar- maralto. 

Academia Brasileira de Letras 

Em 19 de julho de 1958 tomou posse da cadeira 25 da Academia Brasileira de Letras, recebido pelo acadêmico Manuel Bandeira.;

Fonte: Wikipédia

Formatação: Helio Rubiales

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